Ilha do Retiro reformada
É de conhecimento público a comoção que, já há mais de ano, vem se formando em torno das condições do gramado do estádio Adelmar Costa Carvalho, a Ilha do Retiro. Nos últimos meses, inclusive, um clamor uníssono, aliando torcedores, sócios e os próprios profissionais de futebol do SPORT CLUB DO RECIFE tomou corpo e contagiou, também, a nós, que conduzimos o Projeto Sport Monumental, formado por
conselheiros que, tem tomado a iniciativa de algumas empreitadas em benefício do clube(ajuda na construção do mastro,reforma da fachada do estádio e nas categorias de base,com apoio logístico e administrativo além da construção de uma clínica médico-odontológica). E,em nome desse grupo de conselheiros,vimos,por meio desta carta,prestar alguns esclarecimentos.
Como se sabe, o Conselho Deliberativo, dentro da estrutura organizacional do clube, é um órgão eminentemente legislativo e de fiscalização. Não obstante, para nós, seria inconcebível não ajudar o clube naquilo que estiver ao nosso alcance. Foi assim que,movidos por este sentimento em comum dos sócios,da torcida e de muitos que compõem o atual conselho, em meados do mês de abril próximo passado, tomamos a
iniciativa de procurar o presidente Sílvio Guimarães e conseguimos sua autorização para criar um grupo de estudos visando encontrar possíveis soluções técnicas para a recuperação do gramado da ilha. Vários contatos foram realizados, sendo procurados agrônomos, geólogos, engenheiros e empresas com reconhecida expertise em construção e recuperação de gramados esportivos.
Após examinarem solo, grama, drenagem e irrigação, concluiu-se que seria necessário trocar parte do solo e fazer o plantio de um novo gramado.Fora isso, apenas algumas melhorias nos sistemas de drenagem e irrigação, que se encontram em bom estado de funcionamento.Segundo apuramos nas tratativas com as diversas empresas e profissionais contatados, para a reconstrução, seriam retirados cerca de 10 (dez) a 20 (vinte) centímetros do solo atual, substituindo-o por um novo composto orgânico-mineral, onde seria plantada a nova grama do tipo bermuda (a mais apropriada para gramados esportivos e usado nos melhores estádios do mundo) em rolos, que é considerada a melhor para a prática do futebol, em face da sua rápida recomposição e melhor adaptação ao nosso clima.
Finalizados os estudos, encaminhamos para a Presidência Executiva e Vice Presidência de Patrimônio projetos e orçamentos de 02 (duas) das empresas consultadas.
A idéia inicial deste grupo de Conselheiros era aproveitar o período entre o término do Campeonato Pernambucano e o final da Copa do Mundo para realizar a obra, pois trabalhando num ritmo acelerado, levaríamos 90 (noventa) dias, sendo 60 (sessenta) dias para retirada do solo existente e plantio e mais 30 (trinta) dias para consolidação, manutenção e primeiro corte do novo gramado. Isto faria com que o Sport tivesse que fazer cerca 04 (quatro) partidas como mandante na série B em outro estádio.
Apesar de receber as referidas propostas de forma positiva, a presidência refutou a realização da obra no meio do ano, alegando que não poderia correr o risco de mandar jogos fora da Ilha, pois isto poderia ameaçar a campanha do clube.
Persistentes, contatamos, novamente, as empresas, frisando nosso desejo de fazer a reforma na parada da Copa do Mundo. Apuramos se seria possível acelerar o serviço para que não necessitássemos deslocar nosso mando de campo. Foi quando fomos informados de uma dificuldade logística: a grama do tipo bermuda está em falta nos
fornecedores de grama do Norte e Nordeste. Para a utilizarmos, precisaríamos utilizar sementes (o que alargaria ainda mais o período das obras) ou trazê-la de outras regiões, alternativa patentemente inviável, posto que exorbitaria nossos custos. Foi então, que a inviabilidade política tornou-se, igualmente, uma inviabilidade logística.
Já que a troca do gramado, agora, não seria possível, propusemos um contrato casado com a empresa que fosse escolhida: ela aprontaria os reparos emergenciais do meio do ano (com a pouca grama bermuda disponível nos fornecedores, isso seria possível) e se encarregaria de, também, a partir do final de novembro/início de dezembro, realizar
a obra definitiva. A alternativa apresentada pelo grupo, que conseguiu barganhar com a empresa, infelizmente, também não foi acatada pela presidência, que optou por realizar o serviço emergencial com a própria equipe de funcionários do sport sendo supervisionados pela Diretoria de Patrimônio. O trabalho consiste em uma reforma paliativa e emergencial com nivelamento, adubação e replantio em áreas críticas.
Apesar de nossa tristeza por não ter sido possível realizar, neste momento, esse desejo de todos rubro-negros, conseguimos o compromisso da presidência de que a reforma completa seria realizada a partir do final de novembro/início de dezembro,quando do término da série B.
Não obstante nossa defesa incansável de uma solução imediata (que, no final, mostrou-se inviável, igualmente, do ponto de vista logístico), respeitamos a decisão da diretoria executiva e compreendemos suas preocupações com o custo e o tempo necessário para
realização da obra.
Queremos deixar claro para a grande nação rubro negra que exige há muito tempo, um gramado de qualidade para o nosso clube, que a resolução técnica encontrada e apresentada pelas empresas, é perfeitamente executável e manifestar, desde já, nossa confiança de que o executivo possa honrar esse compromisso e, no final da temporada, executar essa obra tão esperada por todos,colocando-nos, desde já, à disposição do clube para todo auxílio que estiver ao nosso alcance.
Se Deus quiser, ao final do ano, além de podermos comemorar a volta à 1ª Divisão do Futebol Brasileiro, o nosso Glorioso Sport Club do Recife, ganhará um novo palco digno da sua grandiosidade e em nível de excelência para a prática futebolística.
Recife, 1º de julho de 2010
Projeto Sport Monumental-Grupo de conselheiros do Sport Clube do Recife
Nenhum comentário:
Postar um comentário