A coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira nos Aflitos foi tensa. Em dois momentos, o técnico Alexandre Gallo respondeu a repórteres utilizando a palavra "covarde", demonstrando insatisfação com a cobertura que está sendo feita com relação ao time alvirrubro.
Em um primeiro momento, disse que era covarde uma pergunta feita pelo repórter Leonardo Boris, da Rádio JC/CBN, que questionava se o atraso salarial teria interferido no desempenho da equipe contra o Paraná, no jogo do último sábado, em que a equipe alvirrubra perdeu por 4 a 0.
"Primeiro, eu acho uma pergunta extremamente covarde e de uma invasão de privacidade. Isso é uma responsabildiade nossa, individual, da intimidade de cada um. Então isso aí não se deve falar, sobre a questão de salário", começou a dizer o treinador.
"Segundo, você está jogando por terra todo um trabalho que é muito bem feito aqui no Náutico. Você está jogando uma situação que dá a entender que nós somos todos mercenários. Dá a entender que nós só jogamos mediante uma situação dessa. E nossa situação na tabela jamais fala sobre isso. A verdade é que fala que é um time que trabalha, que alguns momentos vai oscilar, como oscilou no sábado. E nós temos muitas dúvidas, mas só uma certeza: isso vai acontecer novamente", declarou Alexandre Gallo.
"E quem fala esse tipo de situação são pessoas que querem prejudicar bastante o Náutico. A gente sabe quem é. De onde que vem essa situação. Nós estamos todos com a diretoria, entendendo qual é o momento do clube, respeitando o momento do clube e conversando as coisas muito claras aqui no Náutico. Deixa isso para lá, isso é uma coisa nossa", concluiu.
Confira a entrevista no link abaixo:
Depois, Gallo afirmou que um repórter de um jornal de Pernambuco presente no local foi "extremamente covarde" ao escrever ontem uma matéria que, nas palavras do treinador, causou um burburinho desnecessário.
O repórter havia perguntado, na mesma coletiva, se o treinador trabalha com os jogadores para evitar declarações que possam inflamar o adversário.
A matéria continha algumas frases de Zé Carlos, as quais o treinador entendeu que foram exploradas de forma equivocada e polêmica, algo que não teria sido a intenção do jogador. Na visão Gallo, o atleta foi sucinto e respeitoso com o adversário.
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Perguntar se o atraso atrapalhou a atuação não significa dizer que os atletas teriam feito corpo mole ou são mercenários. Mesmo sem intenção, o jogador pode estar desconcentrado, pois geralmente existe uma preocupação com relação a contas a pagar.
"A minha intenção com a pergunta foi a de dar oportunidade ao treinador para esclarecer bem o comportamento dos atletas em campo", disse ao Blog do Torcedor o repórter Leonardo Bóris.
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