Assessoria afirma que banco só aguarda documento para liberação. CBF nega pendência e diz que atraso acontece devido à restauração do troféu
A Caixa Econômica Federal garante que a Taça de Bolinhas ainda está em um cofre de penhor do banco no Centro do Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira, o colunista Ancelmo Gois, do jornal "O Globo", publicou que a CBF desconfiava do desparecimento do troféu, considerando inclusive a hipótese de derretimento, repetindo o que aconteceu com a Taça Jules Rimet em 1983. Segundo a assessoria de imprensa da Caixa, o banco aguarda um termo de custódia emitido pela CBF para que a taça seja liberada ao São Paulo, destino decidido pela confederação em abril deste ano. O Flamengo tenta mudar a decisão judicialmente.
Segundo a nota de Ancelmo Gois, a CBF tenta repetidamente a liberação da Taça, sem sucesso. A assessoria de imprensa da Caixa nega o fato. Oficialmente, a CBF também diz que não existe qualquer desconfiança sobre o sumiço do troféu. Rodrigo Paiva, diretor de comunicação da entidade, diz que não há pendência de documentação. Em sua versão, a CBF aguarda apenas a restauração do troféu por parte da Caixa. A entidade pediu mais rapidez no caso.
A taça está de posse da Caixa Econômica Federal desde 1992, ano em que o Flamengo foi campeão brasileiro. O clube considera aquele seu quinto título nacional, mas a CBF não reconhece o título da Copa União de 1987. A polêmica voltou à tona em 2007, ano em que o São Paulo conquistou o Brasileiro pela quinta vez. Em 2010, Ricardo Teixeira bateu o martelo: com base em avaliação de uma comissão jurídica, decidiu que o São Paulo era mesmo o primeiro clube a conquistar oficialmente o penta brasileiro.
A desconfiança do derretimento da Taça remete ao desaparecimento da Jules Rimet. Por ter conquistado as Copas de 1958, 1962 e 1970, o Brasil passou a ter o troféu em definitivo. Depois de anos exposta na antiga sede da CBF, no nono andar de um prédio na Rua da Alfândega, no Centro do Rio, a Jules Rimet foi roubada e derretida em dezembro de 1983.
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