Mesmo com uma Ilha do Retiro lotada, Leão é derrotado por 2 a 0; Muriqui e Diego Tardelli marcaram os gols do Galo
O Sport voltou a perder para o Atlético-MG e acabou dando adeus à Copa do Brasil, nesta quarta-feira (21). O Leão foi derrotado por 2 a 0 dentro de uma Ilha do Retiro com mais de 28 mil torcedores. No jogo de ida, o placar foi de 1 a 0 para o Galo, no Mineirão. Os gols que decretaram a eliminação da equipe rubro-negra foram marcados ainda no primeiro tempo, com Muriqui e Diego Tardelli.
Com a eliminação, o Sport agora se volta totalmente para o Campeonato Pernambucano. Neste domingo (25) o Leão faz o primeiro jogo da fase semifinal contra o Central, no Estádio Luiz Lacerda, em Caruaru. Já o Atlético-MG segue na briga e vai enfrentar o Santos, que eliminou o Guarani, na fase de quartas de final da Copa do Brasil.
O JOGO Precisando do resultado, o Sport começou o jogo de forma afobada, procurando o primeiro gol de qualquer forma. Logo no primeiro minuto, Eduardo Ramos cobrou uma falta para a área e o goleiro Aranha fez a defesa de soco. Na sequência, numa falta na intermediária, Eduardo Ramos cobrou direto e isolou a bola.
A ansiedade era tamanha que, aos 4 minutos, Zé ntônio também tentou o chute de muito longe e a bola ficou na zaga mineira. Dois minutos depois, Ciro fez uma falta desnecessária na intermediária e tomou o cartão amarelo.
Apesar de desorganizado, o Sport sufocou o Atlético-MG, que só conseguiu botar a bola no chão e trocar passes aos 15 minutos. E quatro minutos depois, veio o gol mineiro. Fabiano recebeu um lançamento na área e bateu com força, cruzado. Magrão não conseguiu segurar e a bola sobrou para Muriqui, dentro da pequena área, só empurrar para o gol.
Precisando agora de três gols o Leão se mandou todo para o ataque. Aos 24 minutos, Eduardo Ramos toca para Ciro. O atacante rubro-negro recebe, faz o giro na zaga, mas acaba desarmado no momento do chute.
Com o Sport todo no ataque, o Atlético adotou a postura de explorar os contra-ataques. E foi num lance como estes que aos 39 minutos Diego Tardelli ampliou a vantagem para o Galo. Ele recebeu pela esquerda, invadiu a área e tocou na saída de Magrão para fazer 2 a 0.
Para tentar correr atrás do placar, o Leão voltou para o segundo tempo com duas mudanças. Ricardinho entrou no lugar do zagueiro César e Pedro Júnior na vaga de Dairo. E logo no primeiro minuto Júlio César soltou a bomba e obrigou o goleiro Aranha a fazer uma grande defesa.
Mas a equipe rubro-negra continuou cometendo os mesmos erros do primeiro tempo, abusando de chutes de longe. Aos 5 minutos, Dutra arriscou de fora da área e a bola foi para fora. Dez minutos depois, Ricardinho bateu do meio da rua e o chute saiu muito torto.
Com o Sport desorganizado e praticamente batido, o Atlético chegou com perigo aos 19 minutos. Muriqui foi lançado na área e obrigou Magrão a fazer uma grande defesa, evitando o terceiro gol mineiro. Aos 33 minutos, Renan Oliveira bateu de fora da área e a bola passou perto do ângulo do goleiro rubro-negro.
E o Galo continuou no ataque. Aos 37 minutos Ricardinho deixou Zé Luis de frente para o gol. Mas o volante atleticano mandou a bomba por cima do gol rubro-negro. Aos 44 minutos, Renan Oliveira recebeu livre na área, mas errou na finalização e tocou nas mãos de Magrão. O Sport não conseguiu criar mais nenhum lance de perigo e se despediu da Copa do Brasil com a derrota por 2 a 0, na Ilha do Retiro.
FICHA DO JOGO
SPORT Magrão, Igor, César (Ricardinho) e Tobi; Júlio César (Eduardo Ratinho), Daniel Paulista, Zé Antônio, Eduardo Ramos e Dutra; Ciro e Dairo (Pedro Júnior) Técnico: Givanildo Oliveira.
ATLÉTICO-MG Aranha, Werley, Benítez e Jairo Campos; Carlos Alberto, Correa (Ricardinho), Zé Luís, Fabiano (Jonilson) e Júnior; Diego Tardelli (Renan Oliveira) e Muriqui Técnico: Vanderley Luxemburgo
Local: Ilha do Retiro
Público: 28.002
Árbitro: Djalma José Beltrami Teixeira (RJ) Assistentes: Hilton Moutinho Rodrigues (RJ) e Thiago Gomes Brígido (CE)
Entorpecido por um “vão otimismo” o torcedor rubro-negro reviveu a Ilha suas inesquecíveis “quartas mágicas” da Copa do Brasil de 2008. O caldeirão ferveu, mais de 28 mil lá estiveram, a festa estava montada, mas o desejo do bicampeonato da competição virou uma quimera, ficou pra depois.
Jogando um futebol mixuruca, acéfalo, o Sport caiu dentro de seu – até então – inviolado estádio. Um time desorganizado taticamente, afobado, sofrível num esquema com três zagueiros, que se dividem entre frágil, fraco e fraquíssimo (Igor, Tobi e César, respectivamente) onde só um ala apóia (Dutra), em que existe apenas um em condições de criar (Eduardo Ramos) e que o ataque é mais previsível que engarrafamento às 18h.
Uma equipe que vinha invicta na temporada, sustentada por enganadora sobra em um Estadual de qualidade cretina, agora administra três derrotas consecutivas.
O Sport não está vivendo uma má fase. Está, sim, mostrando o que realmente é capaz de fazer quando acossado por um adversário de melhor nível técnico.
O Atlético/MG está longe de ser um grande time, mas botou o Leãozinho na roda, porque lhe sobra qualidade (com a exceção no gol) em tudo em relação ao adversário.