SPORT CLUB DO RECIFE

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Títulos Campeão Brasileiro de Futebol da 1a Divisão - 1987. Campeão da Copa do Brasil de 2008. Campeão Brasileiro de Futebol da 2a Divisão - 1990. Tri-campeão de Futebol Profissional da Copa Nordeste - 1994, 2000 e 2014. Campeão do Torneio Norte e Nordeste - 1968.Estaduais 40 vezes Campeão Pernambucano de Futebol Profissional 1916, 1917, 1920, 1923, 1924, 1925, 1928, 1938, 1941, 1942, 1943, 1948, 1949, 1953, 1955, 1956, 1958, 1961, 1962, 1975, 1977, 1980, 1981, 1982, 1988, 1991, 1992, 1994, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2003, 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010, 2014 4 vezes Campeão Invicto - 1917, 1941, 1998 e 2009. 1 Supercampeonato - 1981 5 vezes Bicampeão - 1916-17, 1948-49, 1955-56, 1961-62, 1991-92 3 vezes Tricampeão - 1923-25, 1941-43, 1980-82 2 Pentacampeonatos - 2000 e 2010Estaduais O maior campeão do século XX. O que mais ganhou títulos em uma década.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Espanha fura bloqueio defensivo de Portugal e vence duelo ibérico

Espanha comemoração gol Villa
Montanha de alegria: jogadores comemoram juntos o gol de Villa sobre os portugueses

No duelo ibérico mais importante da história, a criatividade prevaleceu sobre a eficiência defensiva nas oitavas de final. A Espanha dominou Portugal durante todo o jogo na Cidade do Cabo e, se venceu por apenas 1 a 0 nesta terça-feira, foi porque o goleiro Eduardo evitou um resultado mais amplo. David Villa marcou o gol da classificação, seu quarto na Copa do Mundo, e se juntou ao argentino Higuaín e ao eslovaco Vittek como artilheiros da Copa do Mundo.

Após um início ruim na competição, com derrota para a Suíça, a Espanha teve um desempenho mais compatível com seu status de campeã europeia. Agora vai enfrentar o Paraguai nas quartas de final, em partida às 15h30m (de Brasília) de sábado, no estádio Ellis Park, em Joanesburgo. Portugal, que sempre contou com grande torcida na Cidade do Cabo, despede-se da África do Sul após sofrer um único gol em quatro partidas. Xavi foi eleito o craque do jogo, em votação popular no site da Fifa. Do outro lado, Cristiano Ronaldo foi prejudicado pela falta de ousadia do time e teve atuação decepcionante.

Blitz espanhola no início

Cristiano Ronaldo Portugal Espanha
Cristiano Ronaldo pouco fez, foi bem marcado e se irritou com a arbitragem de Hector Baldassi

Diante do ótimo desempenho defensivo de Portugal neste Mundial, os espanhóis entraram em campo dispostos a não dar tempo para o adversário respirar e se arrumar em campo. Foi uma blitz. Em 12 minutos, tiveram 70% de posse de bola e concluíram quatro vezes a gol, em três delas obrigando Eduardo a espalmar a bola. A defesa lusa cometia erros bobos de marcação, permitindo até que Torres recebesse passe rasteiro numa cobrança de escanteio e virasse para chutar sem dominar a bola.

Até então apagado na competição, o atacante do Liverpool ainda sofreu um pênalti não marcado, numa das vezes em que ficou mano a mano com Coentrão na ponta. O placar eletrônico no estádio quase exibiu o replay, mas alguém deve ter se lembrado da recomendação da Fifa, de não repetir lances polêmicos, e cortou em cima da hora. Os 12 minutos iniciais foram um resumo da Espanha na Copa, com muita presença ofensiva e pouca eficiência na finalização. Portugal se segurou e ajustou sua marcação, não passando por outro susto até o intervalo. A Espanha virava a bola de um lado para o outro, buscava acionar Villa e Torres nas pontas, mas falhava no passe que acionaria os atacantes pelo meio.

Portugal demorou a acertar sua saída de bola, o que levou até Pepe a discutir com Eduardo, pedindo que o goleiro não desse mais chutões para frente. O meio-campo pouco criava, e no ataque Cristiano Ronaldo era bem marcado, irritando-se com a arbitragem de Hector Baldassi, que deixava o jogo correr. Seus companheiros tampouco ajudavam: Simão foi uma figura nula, e Hugo Almeida mais trapalhou do que ajudou.

Não por acaso, Liedson e Danny começaram no banco de reservas o aquecimento por volta dos 30 minutos. A essa altura, eles já haviam visto o time testar a insegurança de Casillas por duas vezes, em chute de Tiago e numa cobrança de falta de Cristiano Ronaldo. Outra boa possibilidade de ataque que surgiu, já no fim da primeira etapa, foi o cruzamento da esquerda para a área. Hugo Almeida não cabeceou em cheio no primeiro lance, e Tiago concluiu para fora no segundo.

Villa marca ao estilo da Fúria

O início da segunda etapa teve uma Espanha com sua tradicional paciência, trocando passes em busca de uma situação clara de ataque. Mais preocupado em defender, Portugal conseguiu apenas uma jogada isolada aos seis minutos, em que Puyol desviou de joelho um passe de Hugo Almeida e quase marcou contra.

Os dois técnicos resolveram mexer em seus times ao mesmo tempo, aos 13 minutos. Vicente del Bosque trocou Torres por Llorente, e Carlos Queiroz substituiu Hugo Almeida por Danny. A Espanha passou a ser mais contundente a partir daí. Logo aos 15, o próprio Llorente perdeu boa chance, numa jogada pouco comum da Espanha - um cruzamento de Sergio Ramos da intermediária. Em seguida, Villa arriscou de fora da área, com estilo, e quase marcou.

As chances se sucediam, e aos 17 minutos veio o gol. E bem ao estilo espanhol: uma rápida troca de passes, com Xavi usando o calcanhar para deixar Villa na cara de Eduardo. Também ao estilo espanhol foi a conclusão, sofrida: o atacante (em impedimento quase imperceptível) precisou chutar duas vezes para encontrar a rede, marcando pela quarta vez na Copa. Foi também a primeira bola que Eduardo buscou em sua meta, acabando com a invencibilidade da defesa de Portugal.

Em desvantagem no placar, os lusos pouco fizeram até o fim da partida para buscar o empate. Foi a Espanha, na verdade, que esteve mais perto de um gol. E só não fez o segundo porque esbarrou em Eduardo, que fez difícil defesa em chute cruzado de Sergio Ramos e espalmou com plasticidade uma bomba de Villa. Especialistas em manter a posse de bola, os espanhóis praticamente colocaram na roda o adversário, que não encontrou forças para uma marcação mais eficiente. E os portugueses ainda tiveram Ricardo Costa expulso no fim, por um lance na área com Capdevilla.

Espanha 1 x 0 PORTUGAL
Casillas, Sergio Ramos, Puyol, Piqué e Capdevila; Busquets, Xabi Alonso (Marchena), Xavi e Iniesta; Torres (Llorente) e Villa (Pedro). Eduardo, Ricardo Costa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Coentrão; Pepe (Pedro Mendes), Tiago e Raul Meireles; Simão (Liedson), Hugo Almeida (Danny) e Cristiano Ronaldo.
Técnico: Vicente del Bosque. Técnico: Carlos Queiroz.
Gols: Villa, aos 17 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Xabi Alonso (Espanha); Tiago (Portugal). Cartão vermelho: Ricardo Costa (Portugal).
Estádio: Green Point (Cidade do Cabo). Data: 29/06/2010. Árbitro: Hectos Baldassi (ARG). Assistentes: Ricardo Casas (ARG) e Hernán Maidana (ARG). Público: 62.955.

Nos pênaltis, Paraguai vence guerra contra Japão e alcança feito inédito

cardozo penalti paraguai x japão
Momento histórico para o Paraguai: Cardozo converte pênalti e comemora a vaga nas quartas

O sonho era comum: classificar o país pela primeira vez para a fase de quartas de final de uma Copa do Mundo. Com o mesmo objetivo, Paraguai e Japão se igualaram no tempo normal e na prorrogação do duelo desta terça-feira, no estádio Loftus Versfeld, em Pretória. E após mais de 120 minutos em que o 0 a 0 resistiu em um jogo sem grandes emoções, que chegou a fazer o presidente da Uefa, Michel Platini, cochilar na tribuna de honra, os paraguaios foram mais eficientes na disputa de pênaltis. A equipe converteu suas cinco penalidades e contou com o erro de Komano, que mandou a bola no travessão, para vencer a batalha por 5 a 3 e entrar para a história da nação.

Os paraguaios vão decidir uma vaga nas semifinais da Copa do Mundo no próximo sábado, às 15h30m (de Brasília), em Joanesburgo, contra o ganhador do confronto entre Espanha e Portugal, que se enfrentam nesta terça.

O triunfo guarani também permitiu uma marca histórica para o futebol sul-americano. Pela primeira vez, a região terá mais representantes que a Europa entre os oito melhores do Mundial (quatro a três). Além do Paraguai, Uruguai, Argentina e Brasil também seguem na Copa 2010. Alemanha, Holanda e Espanha/Portugal representam o velho continente. Já a Ásia, com a eliminação japonesa, está fora do Mundial. A África segue com a seleção de Gana.

Para o duelo contra os japoneses, o treinador Gerardo Martino decidiu abandonar o esquema com três atacantes, procurando reforçar o meio-campo. Haedo Valdez perdeu o lugar no time, e Benitez ganhou a chance de iniciar a partida. Já Takeshi Okada, satisfeito com a atuação da equipe diante da Dinamarca, manteve os 11 que iniciaram o jogo que classificou o time para as oitavas.

E foram os orientais que mostraram mais atenção e iniciativa nos dez minutos iniciais. Logo após o pontapé inicial, Okubo roubou uma bola no campo ofensivo e arriscou a gol. Mandou a bola longe do alvo, mas mostrou aos paraguaios a disposição dos samurais azuis. Aos três, Komano também decidiu arriscar de longe. Acertou a meta, mas Villar defendeu com facilidade.

Facilidade que o Paraguai não encontrava para armar jogadas ofensivas. Nos 12 primeiros minutos, a seleção guarani teve 67% de posse de bola, mas errou 47% dos passes. E só marcou presença na área adversária em um lance atrapalhado. Após cruzamento na área, Benitez e Riveros se chocaram e ficaram estendidos no gramado. O Japão também abusava de errar passes. Mais da metade dos tentados no primeiro terço do jogo (51%). As falhas resultaram uma partida feia, com chutões de ambos os lados.

Com 20 minutos, a partida ganhou um pouco de emoção. Em dois lances em sequência, um para cada lado. Lucas Barrios tabelou com Vera, se livrou de Abe com um belo toque, mas concluiu fraco diante de Kawashima. O goleiro salvou com o joelho direito. O lance acordou o Japão, que foi ataque e acertou o travessão com um belo chute de fora da área de Mitsui (no vídeo acima).

A armação de jogadas seguiu como um problema grave para ambos os lados. E foi necessária uma bola parada para que uma chance de gol surgisse. Aos 28, Morel Rodriguez cobrou escanteio, e a bola sobrou diante de Roque Santa Cruz. O mais famoso atacante paraguaio encheu o pé, mas chutou à esquerda do gol, perdendo oportunidade de ouro para tirar o zero do placar e fazer o Japão afrouxar o seu disciplinado sistema defensivo. O mesmo ocorreu com o principal jogador japonês. Honda recebeu de Matsui aos 39 e, de frente para a gol, concluiu para fora.

Com o fim do primeiro tempo, os jogadores paraguaios se reuniram no círculo central. Bonet e Da Silva falaram com os companheiros, tentando incentivá-los para a segunda etapa. O mesmo fizeram os japoneses ao retornarem ao campo.

As 'rodinhas' serviram para os times voltarem mais ligados. Mas nos primeiros dez minutos, quem defendia prevalecia sobre os que atacavam. Túlio Tanaka e Nakazawa impediram conclusões de Ortigoza e Benitez. Do outro lado, Villar defendeu um chute de Nagatomo que desviou na defesa.

O Paraguai conseguiu superar os zagueiros adversários aos 14. Melhor opção ofensiva guarani, Morel Rodriguez cruzou da esquerda e encontrou Riveros na área. Mas o meia não passou pelo goleiro Kawashima, que defendeu firme, na segunda conclusão a gol da equipe sul-americana em todo o jogo.

Após o lance, Gerardo Martino decidiu retomar a formação tradicional do Paraguai, com Valdez no lugar de Benitez. E Takeshi Okada também procurou reforçar o ataque nipônico, com o atacante Okazaki no lugar do meia Matsui. Mas as dificuldades seguiram. O jogo praticamente ficou resumido a lançamentos longos e cruzamentos sobre a área. Uma partida tão desinteressante que fez Platini dar uma cochilada no estádio.

A partir dos 35 minutos, os asiáticos demonstraram mais interesse em evitar a prorrogação, chegaram a ensaiar uma pressão, mas os sul-americanos souberam se defender. O que melhor fizeram na Copa até agora (apenas um gol sofrido em quatro partidas).

Com a prorrogação, o nível da partida melhorou. O Paraguai foi mais incisivo, mostrando que não desejava levar a decisão da vaga para os pênaltis, assustando mais o adversário em dez minutos do que em todo o tempo normal. Foram três boas chances, em cabeçada de Barrios e conclusões de Valdez e Barreto. A última foi por cima do gol e as duas primeiras foram defendidas por Kawashima. Do outro lado, Villar também precisou trabalhar, espalmando uma falta cobrada por Honda.

Na segunda etapa do tempo extra, as oportunidade de gols diminuíram. As únicas foram em cabeçadas de Valdez e Túlio Tanaka. Uma defendida por Kawashima. A outra, para fora.

komano perde penalti japão paraguai
O erro japonês: Komano cobra pênalti e acerta o travessão

Nos pênaltis, a famosa concentração oriental foi superada. Barreto, Lucas Barrios e Riveros marcaram para o Paraguai. Após Endo e Hasebe balançarem a rede, Komano perdeu a terceira cobrança japonesa, carimbando o travessão guarani. Valdez e Honda acertaram, e coube a Cardozo, que substituiu Santa Cruz na prorrogação, selar o triunfo paraguaio e levar o país pela primeira vez para o seleto grupo dos oitos melhores de um Mundial.

PARAGUAI 0 (5) X (3) 0 Japão
Villar; Bonet, Da Silva, Alcaraz e Morel Rodriguez; Ortigoza (Barreto), Vera, Riveros e Benitez (Valdez); Lucas Barrios e Santa Cruz (Cardozo).
Kawashima, Komano, Nakazawa, Túlio Tanaka e Nagatomo; Abe (Nakamura), Matsui (Okazaki), Endo, Hasebe; Okubo (Tamada) e Honda.
Técnico: Gerardo Martino. Técnico: Takeshi Okada.
Gols (pênaltis): Barreto, Endo, Lucas Barrios, Hasebe, Riveros, Valdez, Honda e Cardozo
Cartões amarelos: Mitsui, Nagatomo, Honda, Endo (JAP) e Riveros (PAR)
Estádio: Loftus Versfeld, Pretória (AFS). Data: 29/06/2010. Árbitro: Jerome Bleeckere (BEL). Assistentes: Peter Hermans (BEL) e Walter Vromans (BEL).

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Brasil segue roteiro, vence o freguês Chile por 3 a 0 e avança às quartas

Freguesia é coisa para ser respeitada, e o Brasil manteve sua tradição diante do Chile na noite desta segunda-feira no estádio Ellis Park, em Joanesburgo. Mesmo desfalcado de Felipe Melo e Elano, machucados, a seleção venceu pela sexta vez seguida o rival, o maior freguês desde que Dunga assumiu o cargo, em 2006. Os 3 a 0 sobre a equipe do argentino Marcelo Bielsa garantiram os brasileiros nas quartas de final da Copa da África do Sul.

Robinho Brasil x Chile
Robinho desencanta na Copa do Mundo e fecha o placar no Ellis Park: 3 a 0 para o Brasil

A receita verde-amarela para ganhar foi bem conhecida: bola parada na cabeçada de Juan, contra-ataque mortal para Luis Fabiano marcar e, para completar, gol de Robinho após roubada de bola de Ramires. Foi a oitava vez que o atacante do Santos balançou as redes chilenas, igualando-se a ninguém menos que Pelé como maior carrasco do adversário. Ele foi eleito o melhor em campo em votação no site da Fifa.

O terceiro triunfo sobre o Chile em jogos decisivos de Copa (os outros foram na semifinal em 1962 e nas oitavas em 1998) pôs a equipe de Dunga frente a frente a outro rival conhecido, a Holanda. A quarta partida entre os países em Mundiais será na sexta-feira, às 11h (de Brasília), em Porto Elizabeth, no estádio Nelson Mandela Bay.

Quatro minutos de susto. E só

Os primeiros quatro minutos de jogo deram a impressão de que o Chile colocaria na prática a formação ofensiva que apresentou no papel - com Beausejour, Alexis Sánchez, Mark González e Suazo. Foi o período do jogo em que o Brasil esperou em seu campo defensivo, viu o adversário tocar a bola e teve apenas 27% de posse de bola. Um contra-ataque mal aproveitado por Luis Fabiano, com um chute fraco e para fora, mudou o panorama.

A partir de então, o Brasil tomou para si a iniciativa do jogo e teve pela frente um adversário que se limitou a defender. Com boa movimentação no meio-campo, o time de Dunga encontrou espaços com facilidade, mas falhou nas tabelas, interrompidas por erros de passe. Os chutes de fora da área, que em princípio pareciam uma opção a mais, transformaram-se na principal arma ofensiva nos primeiros 30 minutos. Gilberto Silva e Ramires arriscaram, colocando Bravo para trabalhar um pouco.

Juan Luis Fabiano Brasil x Chile
Juan comemora com Luis Fabiano o primeiro gol brasileiro diante do Chile

Na defesa, no entanto, os volantes pouco ajudavam na saída de bola, obrigando Julio Cesar e os zagueiros a apelarem para chutões para frente. O Brasil reclamou de um pênalti em Lúcio, mas conseguiu abrir o placar quando tentou consertar um dos seus erros, a pouca iniciativa pelas pontas. Numa rara jogada de linha de fundo, Maicon conseguiu escanteio que ele mesmo cobrou. Protegido por Lúcio e Luis Fabiano, Juan saltou e cabeceou, vendo a bola passar sobre a mão do baixinho Bravo (de 1,83m) e fazendo 1 a 0 aos 34 minutos. Foi seu sétimo gol pela seleção, o quarto sobre o Chile.

A seleção aproveitou a vantagem e se manteve no ataque, chegando ao segundo gol três minutos depois. Se abriu 1 a 0 em um lance de bola parada, fez 2 a 0 em outra especialidade desse time: o contra-ataque. Robinho correu pela esquerda e encontrou Kaká no meio, na entrada da área. Com apenas um toque, típico do camisa 10, ele deixou Luis Fabiano na cara do goleiro. O atacante, que um minuto antes se atrapalhara sozinho em um toque de calcanhar, driblou Bravo com estilo e fez seu terceiro gol nesta Copa. O jogo, complicado até os 34 minutos, chegou ao intervalo com boa vantagem no placar para a seleção.

Ramires ajuda no gol, mas leva amarelo

O Chile fez duas alterações para a segunda etapa, entrando Tello e Valdivia nos lugares de Contreras e González. Mas a postura continuou a mesma, de excessivo respeito. O time de Marcelo Bielsa não se jogou ao ataque e sofreu com erros de passe no meio-campo, problema compartilhado pelo Brasil, que com isso teve dificuldade para aproveitar os espaços fartos. Kaká, que não esteve numa noite inspirada, apesar da assistência, errou passe fácil aos sete minutos, o que deixaria Robinho na cara do gol.

Se não estava tão fácil construir jogadas, o melhor jeito de chegar ao gol foi destruindo. Ramires roubou bola no meio-campo e acelerou em direção à área, livrando-se de dois marcadores e desviando a bola do terceiro, dando passe para Robinho. O atacante chutou e tirou a bola do alcance do goleiro, fazendo 3 a 0 aos 14 minutos. Desencantou no Mundial na África do Sul, marcando seu primeiro gol.

Gol Robinho comemoração Brasil
Robinho se ajoelha e comemora com Kaká, Ramires e Luis Fabiano

Com uma vantagem tranquila no placar, diante de um adversário que não ameaçava, o Brasil tinha a preocupação principal de não ter um jogador suspenso para as quartas de final. Fracassou nessa missão. Ramires fez falta dura e desnecessária e recebeu seu segundo cartão amarelo na competição. Quatro minutos depois, Dunga resolveu mexer no time pela primeira vez, trocando Luis Fabiano - outro pendurado - por Nilmar.

Num jogo morno nos últimos 20 minutos, o Brasil ainda teve boa chance de marcar o quarto gol, mas Bravo fez defesa em chute cruzado de Robinho. E Julio Cesar enfim entrou em ação, aos 29 minutos, em jogada individual do isolado Suazo, que em outro lance chutou uma bola que quicou no travessão. Sem muito com o que se preocupar, Dunga promoveu a estreia de dois jogadores, Kleberson e Gilberto, que substituíram Kaká e Robinho, respectivamente.

Ficha técnica:

BRASIL 3 x 0 chile
Julio Cesar, Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto SIlva, Ramires, Daniel Alves e Kaká (Kleberson); Robinho (Gilberto) e Luis Fabiano (Nilmar). Bravo, Isla (Millar), Contreras (Rodrigo Tello), Jara e Fuentes; Carmona, Vidal e Beausejour; Sánchez, Suazo e Mark González (Valdivia).
Técnico: Dunga. Técnico: Marcelo Bielsa.
Gols: Juan, aos 34, e Luis Fabiano, aos 37 minutos do primeiro tempo; Robinho, aos 14 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Kaká, Ramires (Brasil); Vidal, Fuentes, Millar (Chile).
Estádio: Ellis Park (em Joanesburgo). Data: 28/06/2010. Árbitro: Howard Webb (ING). Assistentes: Darren Cann (ING) e Michael Mullarkey (ING).

Ramires leva o segundo amarelo e é novo desfalque

Substituto do lesionado Felipe Melo na partida contra o Chile, nesta segunda, o volante Ramires levou o seu segundo cartão amarelo na Copa do Mundo e perdeu a chance de emplacar uma sequência como titular no meio de campo da Seleção Brasileira.

Após o Brasil estar vencendo por 3 a 0, o camisa 18 cometeu falta dura no chileno Sanchez e recebeu o amarelo do árbitro Howard Webb. Caso Felipe Melo não se recupere da entorse no tornozelo direito, Josué deve iniciar a partida contra a Holanda, na próxima sexta-feira.

Outra opção do técnico Dunga é o flamenguista Kleberson. Campeão do Mundo pela Seleção Brasileira em 2002, sob o comando de Felipão, o volante ainda não havia estreado Mundial de 2010. Aos 35 minutos do segundo tempo, inclusive, o comandante brasileiro já deu indícios de que Kleberson pode ser, realmente, o substituto de Ramires. O camisa entrou na vaga de Kaká e fez a sua estreia na Copa.

O atacante Luis Fabiano, que também estava pendurado com um cartão amarelo, conseguiu sair de campo ileso - já que foi substituído por Nilmar durante o segundo tempo-, e está apto a atuar no jogo das quartas de final.

Com Robben e contra-ataques, Holanda espanta zebra e vai às quartas de final

Com Robben e contra-ataques, Holanda espanta zebra e vai às quartas de final

por ESPN.com.br

A seleção holandesa mais uma vez demonstrou nesta segunda-feira que pode entrar na disputa pelo título da Copa do Mundo da África do Sul. Com a volta de Robben no time titular, os holandeses dominaram o jogo e se aproveitaram dos contra-ataques rápidos para vencer a Eslováquia por 2 a 1.

O resultado coloca a Holanda nas quartas de final do Mundial, em que enfrentarão justamente o vencedor do jogo entre Brasil e Chile, desta segunda.

A vitória sobre os eslovacos também mantém uma invencibilidade de 23 partidas da Holanda, desde as Eliminatórias para a Copa do Mundo. Foram 18 vitórias e cinco empates, incluindo as quatro vitórias na África do Sul.

O jogo

Robben e Jendrisek disputam bola

Com duas formações parecidas, Holanda e Eslováquia começaram a partida tentando muito os tiros de longe. Logo no primeiro minuto, Stoch recebeu de fora da área e chutou. Aos quatro, foi a vez de Sneijder arriscar, mas sem levar perigo ao gol de Mucha.

Com o passar do tempo, os holandeses passaram a controlar o jogo, com maior domínio da posse de bola. Aos 6 minutos, Kuyt cruzou, e Van Persie cabeceou, mas a zaga mandou para escanteio. Na sequência, foi a vez de Sneijder receber na ponta esquerda. Livre, o meia chutou fraco, em cima do goleiro.

O gol da seleção da Holanda saiu aos 17 minutos. Após recuperação de bola ainda no campo de defesa, Sneijder fez um lançamento longo para Robben. O holandês recebeu na ponta direita, cortou para o meio e bateu no canto esquerdo de Mucha para fazer 1 a 0.

Depois do gol, o ímpeto holandês diminuiu. Donos da partida, saíam pouco para o ataque. Somente aos 40, a seleção da Holanda voltou a assustar. Em saída errada da Eslováquia, Van Bommel ajeitou para Van Persie, que avançou pelo meio e arriscou de longe, mas novamente sem problemas para a defesa de Mucha.

Aos 43, o ataque holandês conseguiu envolver a defesa eslovaca. Van Bommel apareceu livre pela direita e cruzou. Van Persie antecipou a defesa, porém mandou longe do gol.

Robben comemora seu primeiro gol no Mundial da África do Sul
Robben comemora seu primeiro gol no Mundial da África do Sul
Crédito da imagem: AFP

Na volta do segundo tempo, o panorama não mudou. Aos 4 minutos, Robben mais uma vez teve a bola pela direita, cortou pelo meio e chutou, mas Mucha salvou. Na sequência, novamente Robben, pela ponta direita, cruzou e Mathijsen chutou em cima do goleiro eslovaco.

Com maior volume de jogo na segunda etapa, a Holanda voltou a assustar aos 13 minutos. Van Persie bateu falta direto para gol, obrigando Mucha a fazer nova defesa.

Aos 21, a Eslováquia finalmente levou perigo. Stoch pegou a bola na ponta esquerda, cortou para o meio e chutou forte para Stekelenburg fazer grande defesa. Na sequência, Vittek recebeu livre cara a cara com o goleiro, e Stlekelenburg fez novo milagre para o time holandês.

Depois do susto, a seleção da Holanda voltou a pressionar. Mesmo com saída de Robben para a entrada de Elia, Mucha voltou a trabalhar aos 27 minutos, em chute de fora da área de Kuyt.

Aos 38 da segunda etapa, veio o golpe final. Kuyt ganhou do goleiro Mucha em lançamento longo, cruzou para o meio e Sneijder só completou para gol.

A Eslováquia ainda teve temo para diminuir nos acréscimos. Vittek, de pênalti, chutou rasteiro no canto direito do goleiro holandês.

FICHA TÉCNICA
HOLANDA 2 X 1 ESLOVÁQUIA

Local: Estádio Moses Mabida, em Durban (África do Sul)
Data: 28 de junho de 2010 (Segunda-feira)
Horário: 11h (de Brasília)
Árbitro: Alberto Undiano (ESP)
Assistentes: Fermin Martinez e Juan Carlos Yuste Jimenez (ambos da Espanha)
Cartões Amarelos: Robben e Stekenlenburg (Holanda) e Kucka e Skrtel (Eslováquia)
Gols: Robben, aos 17 do primeiro tempo, e Sneijder, aos 38 do segundo, para a Holanda. E Vittek, aos 49 da segunda etapa, para a Eslováquia.

Holanda: Stekelenburg; Van der Wiel, Heitinga, Mathijsen, Van Bronckhorst; Van Bommel, De Jong; Robben (Elia), Sneijder (Afellay), Kuyt; Van Persie (Huntelaar). Técnico: Van Marwijk.

Eslováquia: Mucha; Pekarik, Skrtel, Durica, Zabavnik (Jakubko); Kucka; Stoch, Hamsik (Sapara) e Weiss; Jendrisek (Kopunek), Vittek. Técnico: Wladimir Weiss

Cerezo quer mais um jogo-treino ou amistoso

Na última quinta-feira (24) o Sport realizou um jogo-treino contra a Universidade de Pernambuco (UPE) e venceu por 1x0, com gol do atacante Ciro. O trabalho serviu como um dos desafios da inter-temporada e foi bem “visto” pelo técnico Toninho Cerezo.

E na próxima quinta-feira (01) o elenco Rubro-negro vai encerrar a inter-temporada, mas após esse período o treinador do Leão ainda quer avaliar os seus jogadores diante de uma equipe de futebol profissional, por isso já solicitou a diretoria Rubro-negra a marcação de um amistoso ou de outra partida-treino.

Este novo confronto do Sport pode acontecer no próximo final de semana, na Ilha do Retiro, que está com o seu gramado praticamente recuperado durante a sua reforma (que está próxima do fim).

Sport vence jogo-treino por 1x0

Atacante Ciro
Atacante Ciro

No primeiro jogo-treino da inter-temporada, o Sport venceu a equipe da Universidade de Pernambuco (UPE) pelo “magro” placar de 1x0. O confronto aconteceu na tarde da quinta-feira (24), no Centro de Treinamento do Leão, em Paratibe.

A partida durou 70 minutos e o gol de vitória do Sport foi do atacante Ciro (FOTO). A equipe Rubro-negra entrou em campo com a mesma escalação que encarou o América de Natal no último dia 05 de junho, com exceção do zagueiro Igor, que foi poupado.

Durante toda a movimentação, o técnico Toninho Cerezo realizou oito modificações em sua equipe. A maior novidade dessas alterações foi a entrada do recém-chegado André Leone na vaga de César Lucena. Outras alterações foram as entradas de Jackson, Levi, Mateus, Zé Antônio, Adriano Pimenta, Pedro Júnior e Leandrão nos lugares de Dutra, Tobi, Germano, Moisés e Eduardo Ramos, Ciro e Dairo, respectivamente.

Opinião do treinador

Apesar do resultado apertado sobre uma equipe amadora, Cerezo fez questão de destacar o bom rendimento físico da sua equipe, principalmente porque os trabalhos com bola apenas estão sendo iniciados nessa inter-temporada. O comandante Rubro-negro não pôde contar com alguns atletas: o lateral-direito Eduardo Ratinho, o zagueiro Montoya, o volante Daniel Paulista e os atacantes Wilson e Nadson, todos se recuperando de lesões.

Programação

Na manhã desta sexta-feira (25) o elenco do Sport vai assistir ao jogo entre Brasil x Portugal, válido pela Copa do Mundo. Na parte da tarde todos os atletas vão treinar no CT. No sábado (26) os treinos para os jogadores do Leão serão em dois períodos.

domingo, 27 de junho de 2010

Como em 2006, Argentina bate o México e vai à desforra com a Alemanha nas quartas de final da Copa do Mundo

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Tevez marcou dois na vitória por 3 a 1 da Argentina

Crédito da foto: Reuters

por ESPN.com.br


Exatamente como aconteceu na Copa do Mundo passada, a Argentina venceu o México, dessa vez por 3 a 1, nas oitavas de final do Mundial da África do Sul, e fará duelo com a Alemanha nas quartas. Tevez - duas vezes - e Higuaín marcaram no Estádio Soccer City, em Johanesburgo. Javier Hernandez descontou.

Diferentemente do jogo na Alemanha há quatro anos, desta vez os argentinos tiveram tarefa mais fácil diante dos mexicanos. Enquanto naquele jogo o único gol da partida só saiu na prorrogação dos pés de Maxi Rodríguez, desta vez o time bicampeão do mundo abriu 2 a 0 logo na etapa inicial.

O confronto tampouco estava fácil para a ‘Albiceleste’ desta vez. Mas as falhas da defesa rival e a ajuda da arbitragem levaram a equipe de Diego Maradona ao caminho da vitória. No primeiro gol do jogo, Tevez completou para o gol impedido após Perez soltar bola fácil. No segundo, de Higuaín, Osorio cometeu falha primária e deu ‘assistência’ para o atacante adversário marcar. Tevez ainda faria o terceiro em ‘torpedo’ de fora da área e Hernandez descontaria também em chute forte, tudo na etapa final.

Agora, a Argentina tem a chance de ir à desforra contra os alemães. Em 2006, dentro de casa, os germânicos eliminaram o rival nos pênaltis. E o retrospecto é mesmo favorável para os europeus. Em cinco partidas de Copa, a Alemanha venceu três e a Argentina, apenas uma – houve um empate. O duelo já decidiu dois Mundiais, com título argentino em 1986 e alemão em 1990.

As duas seleções chegam embaladas – a Alemanha goleou a Inglaterra por 4 a 1 ainda hoje pelas oitavas – para o confronto do próximo sábado, às 11h, no Estádio Green Point, Cidade do Cabo. Esta foi a primeira vitória argentina em mata-mata em tempo normal de Copa desde as oitavas de final de 1990, contra o Brasil.

O México se despede do Mundial nas oitavas de final pela quinta vez seguida. A única vez em que ‘El Tri’ chegou às quartas foi em 1970 e 1986, dentro de casa. O duelo no Soccer City ainda confirmou a ‘freguesia’ da equipe diante do adversário de hoje: em 26 partidas, dez terminaram empatadas, a Argentina venceu 12 e o México, apenas quatro.

A partida

Favorita, a Argentina deu mostra de que acuaria os mexicanos nos primeiros instantes de jogo. Messi e Tevez partiam para cima dos marcadores e queriam o jogo. Mas quem arrancou os primeiros suspiros da torcida foi a equipe mexicana.

Primeiro Salcido arriscou de muito longe, mas com um caminho surpreendente a bola bateu no travessão. Em seguida, Guardado recebeu bola na entrada da área e bateu consciente, ‘tirando tinta’ da trave direita de Romero.

A Argentina não conseguia furar o bloqueio rival, pelo menos até os 26 minutos. Messi tocou para Tevez na frente e Perez soltou bola fácil. O goleiro ainda defendeu chute no rebote de Messi, mas na sequência Tevez, claramente impedido, completou de cabeça para a rede. O juiz italiano Alberto Rosetti consultou o auxiliar sobre o lance, mas o erro foi confirmado. As imagens do lance foram mostradas no telão do estádio, revoltando os mexicanos.

O time de Maradona não fazia grande atuação, mas o México ajudava. Aos 32 minutos, o lateral direito Osorio simplesmente tocou a bola nos pés de Higuaín, que teve o trabalho de driblar o goleiro e tocar para a rede, fazendo seu quarto gol no Mundial. Ele é o artilheiro da competição.

Com dois gols de desvantagem, os mexicanos tiveram que sair para o jogo, o que facilitou a vida dos atacantes sul-americanos. Por pouco o terceiro gol não saiu em chute Di María bem defendido por Perez e em cabeçada de Higuaín para fora após cruzamento da direita de Otamendi.

O México ameaçou pressionar a Argentina pelo empate no início do segundo tempo, mas Tevez acabou com qualquer esperança do rival já aos sete minutos. O ex-corintiano acertou uma ‘bomba’ de fora da área, no ângulo esquerdo de Perez.

Maradona feliz: seu time venceu por 3 a 1 e enfrentará a Alemanha nas quartas

Maradona feliz: seu time venceu por 3 a 1 e enfrentará a Alemanha nas quartas

Crédito da foto: AFP

Os bicampeões do mundo relaxaram após o terceiro gol e só o México parecia disposto a jogar no restante da etapa final. Aos 25 minutos, Heinze tirou chute de Giovanni em cima da linha.

No minuto seguinte, boa troca de passes do ataque terminou em Javier Hernandez, que girou e diminuiu com forte arremate no canto direito de Romero. A reação parou ai.

FICHA TÉCNICA:
ARGENTINA 3 X 1 MÉXICO


Local: Soccer City Stadium, em Johanesburgo (África do Sul)
Data: 27 de junho de 2010
Horário: 15h30 (de Brasília)
Árbitro: Roberto Rosetti (Itália)
Assistentes: Paolo Calcagno e Stefano Ayroldi (ambos da Itália)
Cartões amarelos: Rafa Márquez (MEX)
Gols: ARGENTINA: Tevez, aos 26min do 1° tempo e aos 7min do 2° tempo, e Higuaín, aos 32min do 1° tempo
MÉXICO: Hernandez, aos 26min do 2° tempo

ARGENTINA: Romero; Otamendi, Demichelis, Burdisso e Heinze; Mascherano, Maxi Rodríguez (Pastore) e Di María (Gutíerrez); Messi, Tevez (Verón) e Higuaín
Técnico: Diego Maradona

MÉXICO: Óscar Perez; Osorio, Rodríguez, Rafa Márquez e Salcido; Juarez, Torrado e Guardado (Franco); Giovanni dos Santos, Hernandez e Bautista (Barrera)
Técnico: Javier Aguirre

Após 44 anos, bola da Inglatera passa a linha contra a Alemanha, e juiz não vê

Goleiro Neuer observa a bola de Lampard entrar

Goleiro Neuer observa a bola de Lampard entrar
Crédito da imagem: AFP

por ESPN.com.br

Na goleada sofrida para a Alemanha por 4 a 1, a Inglaterra tem do que reclamar: aos 36 minutos do primeiro tempo, neste domingo, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, o meio campista Frank Lampard protagonizou uma coincidência histórica no duelo entre as rivais.

44 anos depois do Mundial de 1966, quando os ingleses venceram os alemães na prorrogação da final por 4 a 2 com um gol de Hurst que não cruzou a linha, mas foi validado, as equipes viram a história se repetir. Mas desta vez contra os ‘súditos da Rainha’.

Rooney reclama com o juiz

Rooney reclama com o juiz
Crédito da imagem: AFP

Os germânicos venciam por 2 a 1 e os britânicos tentavam o empate quando Lampard tentou encobrir o goleiro Neuer. A bola bateu no travessão, passou muito da linha, e o jogador do Chelsea não teve dúvidas: saiu comemorando. Mas o auxiliar uruguaio Mauricio Espinosa não deu gol.

Revolta dos cerca de 25 mil torcedores do 'English Team' presentes no Estádio Free State, em Bloemfontein. Gosto de doce vingança para os torcedores da Alemanha, que deslancharam no segundo tempo e terminaram goleando por 4 a 1, garantido vaga nas quartas de final.

Com contra-ataque mortal e arbitragem, Alemanha tira Inglaterra da Copa

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Thomas Müller fez dois na vitória da Alemanha sobre a Inglaterra, marcada pela polêmica

Crédito da foto: ReutersNa melhor partida da Copa do Mundo da África do Sul até agora, a juventude da Alemanha atropelou a rival Inglaterra e toda a sua experiência, neste domingo, por 4 a 1, no Estádio Free State, em Bloemfontein, e garantiu sua presença nas quartas de final da competição, contra Argentina ou México.

Klose comemora seu gol diante da Inglaterra, o 12º dele na história das Copas
Klose comemora seu gol diante da Inglaterra, o 12º dele na história das Copas

Crédito da imagem: AFP

A equipe bávara só não chegou ao menos às quartas de final dos Mundiais em uma de suas participações, em 1938, na França. Mas os ingleses têm muito a reclamar: aos 38 minutos do primeiro tempo, Frank Lampard fez um gol legítimo, mas a arbitragem entendeu que a bola não havia cruzado a linha e anulou o lance incorretamente. Foi uma espécie de “troco” da final da Copa de 1966, em que a Inglaterra bateu a Alemanha com um gol irregular.

O jogo

Um dos clássicos de maior rivalidade do futebol europeu e mundial começou bem disputado no meio-de-campo, e a primeira grande oportunidade de gol não demorou muito a aparecer. Aos cinco minutos, a Alemanha quase tirou o zero do placar com Özil, que recebeu dentro da área, dominou com categoria e chutou cruzado, para a boa defesa de James.

O primeiro lance de perigo da Inglaterra aconteceu aos 11 minutos, quando Milner fez um cruzamento fechado em busca de Defoe, mas o zagueiro Mertesacker chegou na antecipação e tirou dali. Aos 14, foi a vez de a Alemanha tentar a bola levantada na área, com Lahm, que acionou Klose, mas o goleiro James saiu bem e ficou com a bola.

O English Team teve uma boa chance de sair na frente aos 18 minutos, em cobrança de falta na intermediária. Mas Frank Lampard não foi feliz na cobrança e mandou na barreira alemã. Na sequência do lance, Gerrard dominou pela direita e fez o cruzamento, mas a bola passou por toda a extensão da grande área e saiu em tiro de meta para os bávaros.

Mas a maior consistência da Alemanha no início da partida deu resultado aos 20 minutos da etapa inicial. O goleiro Neuer deu um chutão para frente, Klose ganhou na velocidade de Terry e tocou com precisão na saída de James para fazer 1 a 0 sobre a Inglaterra. Foi o 12º gol do artilheiro na história dos Mundiais e, com ele, o atacante se igualou a Pelé e está a apenas três tentos de Ronaldo, o líder da lista.

O time comandado pelo técnico Fabio Capello ainda tentou responder e teve dois bons momentos aos 24 e aos 26 minutos. Primeiro, foi a vez de Wayne Rooney, discreto neste Mundial, que partiu com a bola dominada pelo meio e arriscou da intermediária, completamente sem direção. Depois, foi Barry quem chutou de longe, mas Neuer pegou.

O show da jovem equipe da Alemanha sobre a desorganizada defesa inglesa continuou na sequência do primeiro tempo. Aos 30 minutos, Klose quase marcou seu segundo no jogo ao receber bom passe de Özil, que tabelou com Müller, mas James fez a defesa.

Mas os britânicos não resistiram à pressão aos 31, quando os bávaros fizeram um golaço. Klose tocou para Müller, que virou o jogo na esquerda para Podolski. Mesmo sem ângulo, o jogador chutou no canto esquerdo do goleiro James e fez 2 a 0. Parecia que a partida estava liquidada. Só parecia.

Mesmo sem apresentar um grande futebol, a Inglaterra “achou” o gol aos 36 minutos: Gerrard fez o cruzamento da direita, o goleiro Neuer saiu em vão, e Upson tocou de cabeça e diminuiu para 2 a 1. Mas um momento histórico estaria reservado para os 38 minutos: Lampard chutou de fora da área, a bola encobriu Neuer, tocou no travessão e caiu dentro do gol. Muito dentro do gol. Mas a arbitragem invalidou o lance, no maior erro dos juízes no Mundial até aqui.

O goleiro James, da Inglaterra, tira a bola no lance mais polêmico da Copa do Mundo: árbitro errou
O goleiro Neuer, da Alemanha, tira a bola no lance mais polêmico da Copa do Mundo: árbitro errou
Crédito da imagem: AFP
Foi uma espécie de “troco” à Inglaterra, que conquistou seu único título mundial, em 1966, contra a própria Alemanha, com um gol irregular validado pela arbitragem na grande decisão (vitória inglesa por 4 a 2, na prorrogação). Naquela ocasião, a bola também bateu na trave e não entrou, mas o juiz validou o lance e prejudicou a Alemanha.

Contra-ataque mortal

No início da etapa final, os ingleses quase empataram em cobrança de falta de longe de Lampard, que acertou o travessão de Neuer aos seis minutos. Com maior pressão, o English Team começou a tocar mais vezes na intermediária de ataque, mas deixava alguns espaços na defesa, e Thomas Müller aproveitou um deles para tocar de biquinho da entrada da área, mas foi travado, e a bola saiu à esquerda de James.

Mas um contra-ataque letal da Alemanha, bem ao estilo da equipe comandada pelo técnico Joachim Löw, praticamente liquidou a partida aos 21 minutos. Schweinsteiger, com muita categoria, disparou pela esquerda com a bola dominada e fez o passe preciso para Müller. O jogador só teve o trabalho de dominar rápido e chutar no canto de James: 3 a 1.

O golpe definitivo na equipe de Fabio Capello veio aos 25 minutos. Em mais um contra-ataque certeiro, desta vez puxado por Özil, a bola sobrou limpa para Müller, no meio da área, de frente para o goleiro James, só tocar para as redes. Era o quarto gol alemão na partida, sacramentando a goleada sobre os rivais ingleses e a classificação às quartas de final da Copa do Mundo.

FICHA TÉCNICA
ALEMANHA 4 X 1 INGLATERRA

Local: Estádio Free State, em Bloemfontein (África do Sul)
Data: 27/06/2010 (domingo)
Horário: 11h (de Brasília)
Árbitro: Jorge Larrionda (URU)
Assistentes: Pablo Fandino (URU) e Mauricio Espinosa (URU)
Cartões amarelos: Friederich (Alemanha); Glen Johnson (Inglaterra).
Gols: Klose (Alemanha), aos 20; Podolski (Alemanha), aos 31; Upson (Inglaterra), aos 36 minutos do primeiro tempo; Thomas Müller (Alemanha), aos 21 e 25 minutos do segundo tempo.

ALEMANHA: Neuer; Lahm, Mertesacker, Friederich e Boateng; Khedira, Schweinsteiger, Thomas Müller (Trochowski) e Özil (Kiessling); Podolski e Klose (Mario Gomez).
Técnico: Joachim Löw

INGLATERRA: James; Glen Johnson (Wright-Phillips), Terry, Upson e Ashley Cole; Milner (Joe Cole), Lampard, Gerrard e Barry; Jermaine Defoe (Heskey) e Rooney.
Técnico: Fabio Capello.

Esperança africana, Gana vence os EUA na prorrogação e enfrenta o Uruguai

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Gyan, autor do gol da vitória de Gana na prorrogação

Crédito da foto: Reuters

por ESPN.com.br

Gana, única remanescente da África na Copa, venceu os Estados Unidos por 2 a 1 neste sábado na prorrogação e honrou o nome dos ‘donos da casa’ na competição classificando-se às quartas de final. Boateng marcou no primeiro tempo, Donovan empatou no segundo, e Gyan fez no tempo complementar. Os ganeses terão pela frente fase seguinte o Uruguai, que mais cedo passou pela Coreia do Sul. O jogo acontece na próxima sexta-feira, às 15h30, em Johanesburgo.

As ‘Estrelas Negras’ já fazem melhor campanha do que no primeiro Mundial que participaram, em 2006, quando foram eliminadas pelo Brasil justamente nas oitavas. Caso vença os uruguaios, o time conquistará dentro da África do Sul o melhor desempenho de um africano na história dos Mundiais. Camarões – em 1990 – e Senegal – em 2002 – já alcançaram as quartas de final anteriormente, mas nunca as semis.

A partida de hoje no Estádio Royal Bafokeng mostrou duas defesas inconsistentes. Ambos os times falharam muito atrás e permitiram que os respectivos ataques marcassem. O ganês Boateng conseguiu aproveitar no primeiro tempo, fazendo o primeiro tento com rolando de seu time no torneio – antes, Gana só havia marcado de pênalti. Donovan fez o mesmo de pênalti na etapa final e levou o duelo para a prorrogação.

No tempo complementar, Gyan aproveitou nova bobeada, desta vez de Bocanegra, para dar números finais ao confronto. Estados Unidos e Gana já tinham se enfrentado em um duelo de Copa do Mundo anteriormente, no Mundial passado. Os ganeses também levaram a melhor daquela vez, vencendo por 2 a 1 na fase de grupos.

Estadunidense Feilhaber chuta com liberdade, mas para em boa defesa de Kingson

Estadunidense Feilhaber chuta com liberdade, mas para em boa defesa de Kingson

Crédito da foto: Reuters

A partida

Logo aos quatro minutos os ganeses abriram o placar no primeiro lance de perigo na partida. O meia Clark perdeu bola no meio campo e permitiu que Boateng fizesse jogada individual. O ganês carregou a bola até à área e chutou rasteiro. Howard não alcançou. Festa para Boateng, alemão de nascimento que, diferentemente de seu irmão, convocado para a seleção germânica, decidiu defender a pátria de seu pai.

As principais jogadas da partida surgiam de erros das respectivas defesas. Como aos 17 minutos, quando Cherundolo fez falta dura atrás, e permitiu que Gyan cobrasse falta perigosa defendida pelo goleiro dos EUA.

Os Estados Unidos tiveram chance de marcar momentos depois. O volante Bradley, filho do treinador do time, recebeu bom passe pela esquerda, cruzou com liberdade, mas foi interceptado pelo goleiro Kingson. No final da primeira etapa as duas equipes estiveram próximas de balançar a rede. Primeiro foi a vez dos EUA. Findley recebeu bola livre cara a cara com Kingson, que defendeu bem com os pés.

Na sequência, Kingson cobrou tiro de meta, Demerits deixou passar, e Asamoah aproveitou. Howard defendeu o arremate e impediu que os africanos fossem para o intervalo com uma vitória mais larga.

Na volta do intervalo, o técnico Bob Bradley colocou trocou um atacante pelo outro ao colocar Feilhaber na vaga de Findley e logo nos primeiros instantes o jogador quase empatou a partida. Altidore fez o pivô e serviu Feilhaber. O chute parou em grande defesa de Kingson.

Kingson escolheu o canto errado e só observou a bola entrar

Kingson escolheu o canto errado e só observou a bola entrar

Crédito da foto: AFP

Os EUA partiram para cima para conquistar a igualdade e deixaram espaços na retaguarda. Gana quase fez mais um quando Ayew jogada em velocidade pela direita e entou encontrar Asamoah do outro lado da área com cruzamento. A zaga estadunidense não deixou

Jonathan 'atropela' Dempsey no lance que causou o pênalti para os EUA

Jonathan 'atropela' Dempsey no lance que causou o pênalti para os EUA

Crédito da foto: AFP

Aos 14 minutos Jonathan acertou rival de forma violenta dentro da área, mas o juiz não marcou nada. No minuto seguinte, Dempsey passou pela marcação com habilidade e foi ‘atropelado’ por Jonathan, que recebeu amarelo e não enfrenta o Uruguai. Desta vez o árbitro assinalou a infração. Líder do time, o meia Landon Donovan cobrou. A bola bateu na trave e entrou.

Os norte-americanos não diminuíram o rítmo e podiam ter virado o marcador. Aos 32 minutos, Bradley invadiu a área e rival, mas chutou muito fraco. Logo depois, Altidore 'brigou' com Jonathan e conseguiu bater para o gol. A bola passou perto da trave esquerda de Kingson. A partida foi para a prorrogação.

Howard não alcançou chute de Gyan

Howard não alcançou chute de Gyan

Crédito da foto: AFP

Assim como nos 90 minutos, Gana marcou no começo da prorrogação. Aos dois minutos, a zaga estadunidense voltou a ‘bater cabeça’. Bocanegra trombou com Gyan e enquanto o zagueiro procurava a bola, o atacante chutava forte para dar a vitória aos africanos. Os EUA ainda se lançaram ao ataque para forçar a disputa por pênaltis. Mas a pressão norte-americana parou na ‘retranca’ ganesa e nas mãos de Kingson.

FICHA TÉCNICA:
ESTADOS UNIDOS (1) 0 X 1 (1) GANA

Local: Estádio Royal Bafokeng, em Rustemburgo (África do Sul)
Data: 26 de junho de 2010 (Sábado)
Horário: 15h30 (de Brasília)
Árbitro: Victor Kassai (Hungria)
Cartões amarelos: Clark, Cherundolo, Bocanegra (EUA) Jonathan (GAN)
Gols: EUA: Donovan, aos 16min do 2° tempo
GANA: Boateng, aos 4min do 1° tempo e Gyan, aos 2min do 1° tempo da prorrogação

ESTADOS UNIDOS: Tim Howard; Steve Cherundolo, Jay DeMerit, Carlos Bocanegra e Jonathan Bornstein; Michael Bradley, Clark (Edu), Clint Dempsey e Landon Donovan; Robbie Findley (Feilhaber) e Josy Altidore (Gomez)
Técnico: Bob Bradley

GANA: Richard Kingson; Inkoom (Muntari), John Pantsil, John Mensah, Jonathan Mensah e Hans Sarpei (Addy); Anthony Annan, Kevin Prince Boateng (Appiah), Kwadwo Asamoah e Andre Ayew; Asamoah Gyan
Técnico: Milovan Rajevac

sábado, 26 de junho de 2010

Com dois gols de Suárez, Uruguai bate a Coreia do Sul e vai às quartas

Luis Suarez comemoração Uruguai jogo Coreia do Sul

Suárez festeja o primeiro gol do Uruguai na vitória contra a Coreia do Sul por 2 a 1 em Porto Elizabeth

O Uruguai fez história neste sábado. Após 40 anos, a Celeste volta a figurar entre as oito melhores seleções do planeta. Com uma vitória sofrida de 2 a 1 sobre a Coreia do Sul, em Porto Elizabeth, o time - com a velha fibra que lhe é característica - chegou às quartas de final da Copa da África do Sul. Os gols que colocaram os sul-americanos na próxima fase do torneio foram marcados pelo atacante Luis Suárez. No primeiro, ele contou com uma senhora ajuda do goleiro Jung Sung Ryong. No segundo, anotou uma pintura sem chances para o arqueiro rival.

Agora, o Uruguai, que não passava das oitavas de final desde o Mundial de 1970, espera o vencedor do duelo entre Estados Unidos e Gana que ainda se enfrentam neste sábado, às 15h30m (20h30m no horário sul-africano).

Coreia assusta, mas goleirão vacila

Apesar de entrar com uma formação um tanto defensiva, com cinco homens no meio de campo e apenas um na frente, a Coreia do Sul começou a partida partindo para cima do Uruguai. Aos três minutos, Maxi Pereira fez falta em Park Ji Sung na entrada da área. Na cobrança, o atacante Park Chu Young, que fora elogiado pelo técnico Oscar Tabárez na véspera do duelo, carimbou a trave direita de Muslera.


A Celeste respondeu logo em seguida com um chute de primeira de Forlán. O goleiro Jung Sung Ryong agarrou firme. No entanto, aos sete minutos, o arqueiro mostrou que não era assim tão confiável e falhou feio em um cruzamento rasteiro e despretensioso de Forlán. Sem ter nada a ver com isso, o artilheiro Luis Suárez, completamente sozinho, abriu o placar no estádio Nelson Mandela Bay.

O erro de Jung Sung abalou os sul-coreanos, que passaram a errar passes fáceis e tentar bolas longas contra a bem postada defesa rival. Os uruguaios, por sua vez, com a vantagem no marcador, atuavam com absoluta tranquilidade.

A prova da segurança sul-americana foi que somente aos 31 minutos a Coreia voltou a chegar com perigo, e mesmo assim em um chute de fora da área. Após jogada iniciada por Park Ji Sung, o atacante Park Chu Young arrematou de canhota em lance que assustou o goleiro Muslera. A dupla de “Parks” era a única que conseguia, um pouco, incomodar a zaga comandada pelo ex-são-paulino Diego Lugano.

Maxi Pereira tenta, mas coreano corta com a mão

Ki Sung-yong bloqueia o chute de Maximiliano Pereira com a mão
Ki Sung Yueng bloqueia o chute de Maximiliano Pereira com a mão. O árbitro não marcou o pênalti

Pouco antes do término do primeiro tempo, Suárez teve chance de ampliar em um dos vários contra-golpes puxados por Forlán. Mas o meia Ki Sung Yueng, usando uma das mãos, chegou a tempo de travar o chute do lateral Maxi Pereira que chegou de surpresa no ataque. O juiz alemão Wolfgang Stark ignorou o toque e não marcou o pênalti.

No segundo tempo, o técnico Oscar Tabárez arrumou dois problemas: Godín, que voltou a sentir problemas estomacais, deu lugar a Victorino. O outro foi o gramado que, criticado pelo treinador uruguaio no dia anterior, dava sinais de desgaste, ainda mais com a chuva que desabou em Porto Elizabeth após o intervalo.

Coreia do Sul pressiona

Nas arquibancadas, os sul-coreanos, mais organizados maioria entre os pouco menos de 30 mil espectadores presentes, tentavam incentivar sua seleção, que ameaçou aos quatro em um bom cruzamento do lateral Lee Young Pyo cortado por Fucile na pequena área. Na sequência, Park Chu Young, sozinho na grande área, desperdiçou uma oportunidade clara de empate.

Empolgados, os sul-coreanos ditavam o ritmo, encurralando a Celeste em seu campo de defesa. Ao contrário do primeiro tempo, Forlán e Suárez não conseguiam organizar contra-ataques nem prender a bola no campo adversário. Ji Sung Park, aos 13, teve nova chance. Mas sua cabeçada acabou sendo defendida por Muslera.

Abafa e empate

Vendo que sua equipe estava com o total controle da partida, o técnico Huh Jong Moo ousou e sacou o meia Kim Jae Sung e colocou mais um atacante: Lee Dong Gook.

Lee Chung-yong gol Coreia do Sul contra Uruguai
Lee Chung-Yong empata, de cabeça, para a Coreia do Sul em falha do goleiro Muslera

E a substituição acabou surtindo efeito. Com um homem mais na frente, a Coreia do Sul, na base do abafa e fazendo jus ao apelido de “Guerreiros Taeguk”, chegou a igualdade aos 23 com Lee Chung Yong, de cabeça, após um lance mal cortado pela, até então, invicta defesa uruguaia que acabou sofrendo seu primeiro gol no Mundial. Um minuto depois, o camisa 17 teve excelente oportunidade de fazer o segundo, mas acabou chutando em cima do arqueiro uruguaio.

A resposta sul-americana veio somente aos 27. Suarez, aproveitando uma linha de impedimento mal executada pela defesa rival, chutou cruzado para boa defesa de Jung Song Ryong.

Golaço de Suárez

Park Ji-sung Coreia do Sul eliminada
Eliminado, o coreano Park Ji Sung deixa o campo com uma camisa do Uruguai nas mãos

O lance despertou a Celeste que, debaixo de muita água, passou a agredir mais os sul-coreanos em busca da vitória ainda no tempo normal. E a recompensa não demorou a chegar. Aos 30, Luis Suarez fez jogada individual pelo esquerda e bateu com efeito no ângulo oposto de Jung Sung Ryong. O goleiro se esticou todo, mas em vão. 2 a 1 para o Uruguai em um golaço de Suárez, novo artilheiro do Mundial ao lado de David Villa, Vittek e Higuaín com três gols.

Aos 42 minutos, a Coreia assustou os uruguaios com um chute cruzado de Park Chu Young, que passou por baixo do goleiro Muslera. Lugano, bem posicionado, salvou o gol de empate e a vaga uruguaia. Nos minutos finais, com muita garra e aplicação tática, os sul-americanos garantiram presença entre as oito melhores seleções do Mundial da África do Sul.


URUGUAI 2 X 1 COREIA DO SUL
Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Godín (Victorino) e Fucile; Pérez, Arévalo e Alvaro Pereira (Lodeiro); Forlán, Suárez (Ferrnández) e Cavani Jung Sung Ryong; Cha Du Ri, Cho Yong Hyung, Lee Jung Soo e Lee Young Pyo; Ki Sung Yueng (Yeom Ki-Hun), Kim Jung Woo, Park Ji Sung, Lee Chung Yong e Kim Jae Sung (Dong Cook); Park Chu Young
Técnico: Oscar Tabárez Técnico: Huh Jung-moo
Gols: Suárez, aos 8 do primeiro tempo e aos 35 do segundo tempo; Lee Chung Yong, aos 23 do segundo tempo
Cartões amarelos: Kim Jung Woo, Cha Du Ri e Cho Yong Hyung
Estádio: Nelson Mandela Bay (em Porto Elizabeth). Data: 26/6/2010. Horário: 11h. Árbitro: Wolfgang Stark (Alemanha). Assistentes: Mike Pickel (Alemanha) e Jan-Hendrik Salver (Alemanha). Público: 30.597

Oitavas de final

Data/HorárioJogo
Placar
Local
26/06 11:00 (Sab) 49
UruguaiUruguai
- x -
Coreia do SulCoreia do Sul
Nelson Mandela Bay
26/06 15:30 (Sab) 50
Estados UnidosEstados Unidos
- x -
GanaGana
Royal Bafokeng
27/06 11:00 (Dom) 51
AlemanhaAlemanha
- x -
InglaterraInglaterra
Free State
27/06 15:30 (Dom) 52
ArgentinaArgentina
- x -
MéxicoMéxico
Soccer City
28/06 11:00 (Seg) 53
HolandaHolanda
- x -
EslováquiaEslováquia
Durban
28/06 15:30 (Seg) 54
BrasilBrasil
- x -
ChileChile
Ellis Park
29/06 11:00 (Ter) 55
ParaguaiParaguai
- x -
JapãoJapão
Loftus Versfeld
29/06 15:30 (Ter) 56
EspanhaEspanha
- x -
PortugalPortugal
Green Point

Classificação da Copa do Mundo Grupo H

http://contenti1.espn.com.br/foto/grande/0_ce32c432-0c4a-3d56-836a-a9121825d713.jpg

SELEÇÕESPJVEDGPGCSG
1EspanhaEspanha63201422
2ChileChile63201321
3SuíçaSuíça43111110
4HondurasHonduras1301203-3
P Pontos | J Jogos | V Vitórias | E Empates | D Derrotas | GP Gols pró | GC Gols contra | SG Saldo de gols
Data/Horário
Placar
Local
16/06 08:30 (Qua)
HondurasHonduras
0 x 1
ChileChile
Mbombela
16/06 11:00 (Qua)
EspanhaEspanha
0 x 1
SuíçaSuíça
Durban
21/06 11:00 (Seg)
ChileChile
1 x 0
SuíçaSuíça
Nelson Mandela Bay
21/06 15:30 (Seg)
EspanhaEspanha
2 x 0
HondurasHonduras
Ellis Park
25/06 15:30 (Sex)
SuíçaSuíça
0 x 0
HondurasHonduras
Free State
25/06 15:30 (Sex)
ChileChile
1 x 2
EspanhaEspanha
Loftus Versfeld