Atletas da base do Sport amargam esquecimento no time de Martelotte

Sandrinho virou xodó da torcida, mas acabou perdendo espaço (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press).

Sandrinho, Érico Júnior e Welton chegaram a figurar no time titular, mas perderam espaço após chegada de reforços na Ilha do Retiro.

Na estreia do Sport na Série B, contra o Icasa, o zagueiro Oswaldo teve a oportunidade de iniciar a partida como titular. No mesmo jogo, Sandrinho foi acionado durante o segundo tempo.  No duelo seguinte, contra o ABC, foi a vez do volante Welton ser escalado entre os 11, feito que se repetiu nos dois jogos seguintes, quando Oswaldo e o atacante Érico Júnior também jogaram alguns minutos. Érico Júnior voltaria a entrar contra o Bragantino. O panorama dava a certeza de que a base seria a aposta do Rubro-negro para suprir as carências do elenco.

No entanto, com a chegada dos reforços, o técnico Marcelo Martelotte optou pela experiência. Com um time-base definido, a entrada dos garotos passou a ser algo raro. Alguns atletas, como Érico Júnior e Welton “sumiram” até mesmo do banco. Situação encarada com naturalidade pelo volante.

- Sei que estou começando agora e tenho muito que aprender. Tive oportunidades e acredito que foi bem. Mas sigo trabalhando e sei que minha chance irá chegar – disse, o garoto de 21 anos.

Cria do Grêmio, o atacante Sandrinho ganhou status de xodó da torcida ao ser lançado pelo técnico Waldemar Lemos, ainda em 2012. Rápido e habilidoso, o atleta reconheceu as dificuldades de conquistar uma oportunidade em uma posição onde o clube conta com mais sete atletas. No entanto, o jogador afirmou que ainda não desistiu de desbancar os jogadores mais experientes.

- Quando a gente vem da base, é um pouco complicado. Sabemos que o clube sempre investe em contratações e a isso dificulta, mas temos que apostar na nossa qualidade. Estou sendo relacionado para os jogos e sei que minha hora irá chegar. É só ter paciência e continuar trabalhando.

 

Érico Júnior marcou um gol como profissional
(Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press).

 

Velocidade e habilidade também foram as armas utilizadas por Érico Júnior. Torcedor do Sport, o jovem de origem humilde chamou a atenção do técnico Sérgio Guedes durante o Pernambucano. No entanto, os maus resultados da equipe acabaram limitando a participação do atleta no Brasileiro. Mas as dificuldades parecem não assustar o jogador, que sonha em fazer história no clube.

- A gente começa sabemos que haverá muita pressão. Tive algumas chances e fui bem. Mas sei que o início é difícil mesmo. Agora, nos resta trabalhar e manter o foco. Tenho o objetivo de fazer carreira no clube e tenho confiança que vou conseguir.

Exemplos recentes não desanimam os jogadores

A aparente perda de espaço não desanima as novas promessas do rubro-negro. Nem mesmo os exemplos do atacante Ruan, que chegou a ser considerado “a joia” da base leonina e acabou sendo emprestado ao Fortaleza por não render, e do lateral-esquerdo Renê, que ainda não conseguiu emplacar, desmotivam os jogadores. Confiante, o volante Welton não pensa em insucesso.

- Estou trabalhando e confio no meu futebol. Sei que tenho condições de jogar no Sport e vou buscar isso.

Nova promessa espera sua chance

 

Joelinton ainda espera por oportunidade de estrear
(Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)

 

A dificuldade para os atletas da base que estão entre os profissionais não desencorajam o garoto Joeliton.  Aos 16 anos, o centroavante, que já foi convocado para seleção brasileira Sub-15 não vê a hora de ganhar uma oportunidade entre os profissionais, com quem começou a treinar recentemente. Talentoso, o atleta garante que faz o estilo “matador”.

- Faço o estilo centroavante. Gosto de jogar na área, para fazer gols, que é o meu forte. Mas sei buscar os jogos pelas laterais. Não tenho dificuldade para trabalhar a bola, mas o meu forte é fazer gol. Comecei a trabalhar com os profissionais agora, mas vou tentar ter a minha oportunidade ainda este ano.

Por Elton de Castro Recife - GLOBOESPORTE.