Polêmica antes e depois. O clássico adiado e remarcado mais de uma vez
na Justiça enfim aconteceu. Na noite desta quinta-feira, o Náutico
venceu o Sport por 2 a 1, na Arena Pernambuco, com dois gols de Pedro
Carmona. Éwerton Páscoa descontou para o Leão.
Ao fim da partida, o técnico alvirrubro, Lisca, comemorou de forma
efusiva e com certo tom provocativo a Neto Baiano, que partiu para cima
do treinador, mas foi contido. Os dois já tinham sido pivôs de polêmicas
nos dois clássicos anteriores. Chegaram a trocar farpas em declarações à
imprensa.
Foi o terceiro Clássico dos Clássicos realizado em apenas um mês e
quatro dias. Os dois primeiros haviam sido pela Copa do Nordeste: uma
vitória para cada lado.
O resultado valeu a liderança do Hexagonal do Segundo Turno. Até então
em primeiro, com 7 pontos, o Sport viu o rival chegar a 8. Ambos se
igualaram em número jogos aos outros quatro concorrentes: Santa Cruz,
Salgueiro, Porto e Central. Como o clássico desta noite foi referente
ainda à primeira rodada, Náutico e Sport tinham um jogo a menos em
relação aos rivais.
A partida só foi onfirmada na tarde da última terça-feira, dia em que o
Leão jogou contra o CSA, à noite, em Maceió, pela Copa do Nordeste. O
curto intervalo de tempo motivou as ações na Justiça por parte da
diretoria rubro-negra, que se deu por vencida após o Superior Tribunal
de Justiça (STJD) acatar a ação da Federação Pernambucana de Futebol
(FPF), que derrubou uma limina favorável ao Sport concedida pelo
Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJD-PE). Por conta do desgaste, o
técnico Eduardo Baptista ameaçou não colocar os titulares em campo. Só
ameaça.
Alvirrubro sai na frente
No domingo, Marcos Vinícius e Carmona brilharam na vitória alvirrubra
sobre o Porto. Cada um com um gol. Nesta quinta, bastaram oito minutos
para a dupla voltar a fazer diferença em favor do Timbu. Aos 8 minutos,
Marcos Vinícius tirou proveito de sua visão de jogo privilegiada e
enxergou a entrada de Carmona nas costas de Patric. Um belo passe e uma
bela finalização. Cruzada. Sem chances para Magrão. Náutico 1 a 0.
O esquema com três atacantes do Sport se mostrou inoperante. Felipe
Azevedo e Érico Júnior foram peças nulas. Neto Baiano ainda tentou. Uma
cobrança de falta perigosa, um chute de firme da entrada da área, o
papel de pivô num lance perigoso construído em sincronia com Patric.
Ainda assim, como um todo, o time rubro-negro fez muito pouco. Os
volantes Rodrigo Mancha e Éwerton Páscoa, principalmente o meia uruguaio
Robert Flores, estiveram muito tímidos. Já o Náutico diminuiu o ritmo
depois do gol. No fim das contas, o primeiro tempo foi lento, sobretudo a
partir da segunda metade. Nos últimos minutos, os rubro-negros
reclamaram um pênalti de Dê sobre Patric.
Sport reage, mas Náutico responde
Obrigado a mudar de postura, o Sport se lançou ao ataque na segunda
etapa. E com apenas dois minutos chegou ao gol de empate. Após boa
jogada do lateral-esquerdo Renê, Páscoa apareceu como homem surpresa
pelo meio da zaga alvirrubra e bateu na saída do goleiro Alessandro: 1 a
1.
No intervalo, o técnico Eduardo Baptista havia feito duas
substituições: Flores e Érico Júnior deram lugar a Aílton e Ananinas. O
time melhorou. Depois do gol, o Sport comandava as ações quando o Timbu
deu a resposta. Pedro Carmona, de novo, apareceu para decidir. A essa
altura Hugo já tinha sido substituído por Paulo Júnior, o homem que
começou a jogada do segundo gol alvirrubro.
Paulo Júnior passou por Patric e achou Carmona bem colocado na área.
Num lance digno de centroavante, o meia girou, chutou e venceu Magrão
mais uma vez: 2 a 1. Um banho de água fria na reação do Sport. O jogo
seguiu sem maiores emoções até o apito final. Só depois o clima
esquentou.
Por GloboEsporte.com
Recife.
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