No Sport deste julho de 2012,
o jogador chegou com status de “estrela da companhia”.
Dono de um currículo invejável, foi o principal investimento do clube.
Algo em torno de R$ 220 mil por mês, somando salário, luvas e
gratificações. Valor que foi justificado pela qualidade técnica do
atleta, que fez questão de escrever uma frase extra no contrato enviado
ao então presidente, Gustavo Dubeux.
Quando a bola rolou, as previsões do atleta não se confirmaram. Durante
a competição, foram 24 jogos e oito gols. Mesmo não sendo decisiva, a
participação garantiu o respeito da torcida, apesar do clube terminar
rebaixado para a Série B, ano passado.
A queda gerou uma interrogação na direção de futebol: valeria a pena
manter um atleta caro para a disputa da Série B? Para os dirigentes que
assumiram em dezembro do ano passado, a manutenção de Hugo era
considerada um mau negócio. Principalmente pelo alto salário que o
atleta receberia até junho, quando terminaria seu vínculo com o clube.
Início de temporada foi ruim
Expulsão contra o Serra Talhada revoltou torcida
(Foto: Antônio Carneiro / Pernambuco Press)
Se fora de campo a situação não ia nada bem, dentro de campo a relação
do jogador com a torcida ficou estremecida após um péssimo começo de
temporada. Desatento e sem poder de decisão, Hugo passou de solução a
problema.
Tanto que, dos 16 jogos do Sport na temporada, o atleta atuou em nove,
sendo oito deles como titular, fez apenas dois gols, levou cinco cartões
amarelos e um vermelho. Aproveitamento que, dividido pelo valor pago ao
atleta, daria um custo de cerca de R$ 73 mil, por partida.
Gol de Hugo no clássico selou paz com a torcida
(Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
- Há uma semana, muita gente estava falando que o Sport precisava
colocar Hugo para fora. Outros questionavam a qualidade do jogador.
Agora, que ele sai sem custo algum, perguntam como o clube vai superar
isso. Não tenho dúvidas da qualidade do jogador, que é excelente, mas
temos um planejamento que não será abalado por isso – disse o presidente
Luciano Bivar.
A aparente tranquilidade com relação à saída do jogador pode ser
justificada ao analisar o custo-benefício. Em oito meses no clube, Hugo
disputou 33 jogos, marcou dez gols e custou cerca de R$ 1,8 milhões aos
cofres do Sport.
Por Elton de Castro
Recife - GLOBOESPORTE.
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