Ponte Preta e Sport empatam no Majestoso (Foto: Denny Cesare / Futura Press)
Após duas derrotas consecutivas, Macaca e Leão ficam no 1 a 1 e completam três partidas sem vitória no Brasileirão.
Persiste o jejum de vitórias de Ponte Preta e Sport no Campeonato
Brasileiro. Na noite desta quarta-feira, as equipes presentearam com
belos gols os 4.117 torcedores que compareceram ao Estádio Moisés
Lucarelli, em Campinas, mas não conseguiram a reabilitação. O empate por
1 a 1, pela 12ª rodada, frustra os planos dos times, que vinham de duas
derrotas seguidas.
André Luis, após linda jogada de Rildo, com direito a um passe de
letra, abriu o placar para a Macaca, mas Marquinhos Gabriel, em um chute
preciso de fora da área, deixou tudo igual, ainda no primeiro tempo. Na
etapa final, a Ponte pressionou, mas viu Magrão brilhar, com pelo menos
três defesas difíceis, duas delas consecutivas, à queima-roupa.
- Queríamos os três pontos, mas pelo poder ofensivo da Ponte Preta,
considero um bom resultado. Não foi o ideal, mas considero que ganhamos
um ponto - afirmou o goleiro do Sport.
O resultado deixa a Ponte com 16 pontos, ainda na nona colocação, três
acima do Sport, que tem 13 pontos. A Macaca corre o risco de cair um
posto na quinta, para o Flamengo, que encara a Portuguesa, em casa. O
Sport, por sua vez, pode ser ultrapassado pelo Palmeiras, que recebe o
Bahia.
As equipes voltam a campo domingo. Após duas partidas em casa, a Macaca
joga fora na próxima rodada e enfrenta o Santos, às 18h30, na Vila
Belmiro. Um pouco mais cedo, às 16h, o Sport recebe o Atlético-GO, na
Ilha do Retiro.
Apesar da posição intermediária, distante da zona de rebaixamento, o
meia Marcinho já prevê cobrança da torcida da Macaca devido à sequência
negativa. Principal contratação da Ponte para o Brasileiro, o meia ainda
não se firmou, pouco produziu quando entrou no segundo tempo e chegou a
ser vaiado ao fim do confronto.
- Eu conheço a torcida da Ponte, sei que a cobrança virá. Pressão é
normal, até por tudo o que eu já fiz no futebol - disse o camisa 10
pontepretano.
Belos gols deixam primeiro tempo empatado
Sem Roger, a ausência de um atacante de referência na Ponte Preta foi
compensada no início com a movimentação e velocidade de Rildo,
substituto do camisa 9. Aos cinco minutos, ele partiu pela ponta
esquerda, pedalou para cima de Cicinho, levou à linha de fundo e cruzou
de letra. André Luis se antecipou a Magrão e abriu o placar para os
campineiros.
Rildo era a principal opção ofensiva da Macaca, pela esquerda. Foi após
um passe dele que João Paulo cruzou. A bola passou por todo mundo, e
ninguém completou. Se a Ponte balançou as redes em um bonito lance, com o
Sport não foi diferente. Na primeira vez que chegou efetivamente, o
Leão empatou. E com estilo.
Após troca de passes entre Cicinho e Willians, Marquinhos Gabriel
soltou a bomba da entrada da área e acertou o ângulo de Edson Bastos
para deixar tudo igual, aos 21 minutos. O lance nasceu de uma falha de
João Paulo, semelhante à de Ferron na derrota para o Fluminense. O
lateral-esquerdo foi enganado pelo quique da bola, que o encobriu.
A Ponte tentou manter o ritmo, mas acusou o golpe. O Sport aproveitou e
criou boas chances de virar em contra-ataques perigosos. No primeiro,
Cicinho lançou Felipe Azevedo, que invadiu a área e disparou. Edson
Bastos espalmou. Depois, Felipe Azevedo encontrou Reinaldo livre na
ponta esquerda. Bastos demorou para sair, o lateral chegou antes e
tocou, mas o goleiro da Macaca conseguiu desviar com as pernas e evitar o
segundo gol do Sport.
Passados os sustos, a Ponte voltou a pressionar nos minutos finais do
primeiro tempo. Renê Júnior foi o responsável por assustar Magrão. Aos
33 minutos, ele chutou de longe. Magrão só torceu para a bola não
entrar. Quatro minutos depois, o volante recebeu de Gerônimo dentro da
área em progressão, dominou no peito e finalizou sem deixar a bola cair.
O arremate saiu por cima.
O Sport travava as jogadas ofensivas da Ponte com faltas,
principalmente na intermediária, tanto que teve Willians e Rivaldo
amarelados por seguidas infrações. Em uma delas, Rildo foi derrubado na
entrada da área. Ricardinho bateu, a bola desviou na barreira e passou
perto do gol de Magrão.
Magrão garante empate em Campinas
As equipes voltaram do intervalo sem mudanças. Mas não demorou muito
para Vágner Mancini fazer a primeira alteração. Após uma falta de
Willians, que já estava amarelado, o treinador preferiu prevenir, chamou
Moacir e fez a troca. A exemplo da etapa inicial, a Ponte começou em
cima. Ferron, de cabeça, depois de cobrança de falta, quase marcou.
Apesar do controle da Ponte, as poucas chances criadas fizeram Gilson
Kleina também realizar uma substituição rapidamente. Apagado, Nikão deu
lugar a Caio. Pouco acrescentou à equipe. Aos 18 minutos, Kleina fez
nova aposta ao colocar Marcinho e sacar Ricardinho. O Sport, por sua
vez, mantinha sua estratégia de primeiro marcar e depois buscar o
ataque.
Nesta toada, com o Sport cadenciando o jogo e Ponte sem inspiração, o
tempo passava, sem nenhuma equipe despontar como favorita à vitória.
Eram raros os lances de perigo. De cabeça, Marquinhos Gabriel obrigou
Bastos a se esticar todo, aos 24 minutos. A esta altura, o veterano
Magno Alves já estava em campo. Ele substituiu Cicinho.
Em um segundo tempo truncado, as jogadas áreas pareciam as melhores
alternativas. Foi assim que Rildo fez Magrão praticar um milagre, aos 28
minutos. Após cruzamento da esquerda, o atacante subiu livre e testou
firme. O goleiro do Sport foi buscar no ângulo esquerdo. Magrão voltou a
parar o ataque pontepretano aos 34 minutos, em dois chutes
consecutivos.
Primeiro, ele fechou o ângulo de Marcinho, que saiu na cara do goleiro.
No rebote, Rildo bateu por cobertura, mas o goleiro colocou em
escanteio com a ponta dos dedos. Na cobrança, após bate e rebate dentro
da área, Ferron pegou fraco, e Magrão defendeu sem problemas. Mas o
Sport também teve sua oportunidade.
Em uma bola espichada, Gilberto ganhou de Edson Bastos na corrida,
tirou do goleiro, na ponta esquerda e, mesmo sem ângulo, bateu colocado.
A bola correu a extensão da meta da Macaca e saiu pela linha de fundo.
Depois disso, virou jogo de ataque contra a defesa. Na base do sufoco, a
Ponte encurralou o Sport, mas a pressão não surtiu efeito.
Por GLOBOESPORTE.COM -
Campinas, SP
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