Do Globoesporte.comRedação SportNet
domingo, 22 de julho de 2012
Sport é humilhado na Ilha do Retiro
Com direito a belos gols e jogadas de efeito, o Atlético-MG fez valer a
condição de líder do Campeonato Brasileiro e bateu mais uma vítima:
goleou o Sport, na Ilha do Retiro, por 4 a 1. Foi a quinta vitória em
seis jogos fora de casa do time comandado pelo técnico Cuca, que chega
aos 28 pontos. A equipe pernambucana, de Vágner Mancini, está na 12ª
colocação, com 12 pontos.
O próximo adversário do Galo será o
Santos, quinta-feira, às 21h, no Independência. O Sport joga um dia
antes, no Moisés Lucarelli, contra a Ponte Preta.
Com campanha
irregular e precisando da vitória em casa, Vágner Mancini apostou num
esquema ousado contra o Atlético-MG, apesar de a equipe visitante
liderar o Brasileirão e ter a melhor campanha fora de casa. Escondendo a
escalação até o último minuto, o treinador mandou a campo um esquema
parecido com o 4-3-3, com Marquinhos Gabriel, Felipe Azevedo e Gilberto
no ataque, e Felipe Menezes funcionando como meia ofensivo.
Pelo
lado alvinegro, Cuca também fez mistério antes de o jogo começar, mas
resolveu mandar a campo a equipe que vinha sendo titular, com a volta de
Jô ao comando do ataque e com Guilherme perdendo a vaga para Danilinho.
Dessa forma, o Galo jogava no 4-5-1.
Bem definidos taticamente,
Sport e Atlético-MG procuravam espaços para jogadas ofensivas, mas as
marcações encaixadas não permitiam que os ataques criassem chances de
gol. Com os dois times bem armados, a troca de passes rápidas e precisas
foi fundamental para o gol sair. Cicinho, que já vestiu a camisa do
Galo, tocou para Felipe Azevedo na direita, o atacante devolveu já
dentro da área para o lateral que cruzou rasteiro. A bola ia cruzando a
pequena área, mas Gilberto chegou de carrinho para colocar o time da
casa na frente: 1 a 0.
Como vem sendo nos jogos deste
Brasileirão, o Atlético-MG mostrou autocontrole e não sentiu o gol
sofrido. Pelo contrário. Em desvantagem, se organizou melhor e passou a
ser mais presente no ataque. E sete minutos depois veio o empate.
Bernard deu linda arrancada pela esquerda, levou para o meio e deu ótimo
passe para Ronaldinho. O meia dominou, mas deixou a bola escapar, já
dentro da área. Na hora do chute ele foi abafado pelo defensor e também
por Magrão, mas para sorte do Galo, a bola sobrou limpa para Danilinho,
que tocou com categoria para deixar tudo igual.
Ao contrário do
que ocorreu com o rival, o Sport sentiu o gol, juntamente com sua
torcida. Já o time mineiro passou a dominar as ações ofensivas e até
poderia virar. Após boa trama no ataque, Bernard cruzou na cabeça de Jô,
que, livre, perdeu chance incrível.
Bernard comanda a virada
Os
dois times voltaram sem alterações para a etapa final. Mas,
diferentemente dos minutos iniciais da partida, foram com mais ímpeto
para o campo de ataque, mesmo sem grande criatividade. A primeira chance
veio com Danilinho, após ótima troca de passes alvinegra.
Com o
jogo equilibrado, Mancini resolveu mexer. Apesar de ainda não ter
atingido nem um terço da etapa final, resolveu abrir ainda mais a
equipe, que já atuava com três atacantes. Ele sacou Marquinhos Paraná
para a entrada do atacante Gilsinho. Com isso, o Sport ficou apenas com
Tobi como homem de marcação no meio-campo.
Coincidência ou não, o
Galo conseguiu a virada logo depois, aos 14 minutos. A bola estava no
campo de ataque do Sport, quando Marquinhos Gabriel caiu pedindo falta. O
árbitro Paulo César Oliveira mandou seguir. Junior Cesar tocou para
Bernard, que deu lindo passe em profundidade para Ronaldinho Gaúcho. R49
ficou no mano a mano com Edcarlos e só na ginga chegou até a área com o
defensor cercando. Com um toque, ele limpou Edcarlos e bateu no canto
esquerdo, sem defesa para Magrão.
O Gaúcho voltou a marcar com
bola rolando e colocou fim a um jejum que vinha desde o dia 18 de
fevereiro, quando balançou a rede na vitória do Flamengo sobre o Duque
de Caxias. Desde então, Ronaldinho só vinha fazendo gols de pênalti.
Em
desvantagem, Mancini voltou a mexer na equipe. Desta vez ele trocou um
lateral por outro, sacando Cicinho para a entrada de Moacir. Alguns
vaiaram a alteração e muitos aplaudiram o lateral substituído. Mais uma
vez, Mancini mostrou que não estava num dia de sorte, já que o terceiro
gol do Galo saiu em jogada de Bernard em cima de Moacir. O garoto
arrancou, ameaçou o cruzamento duas vezes e deixou o lateral para trás.
Na hora em que cruzou, colocou a bola na cabeça de Jô, quarto gol dele
no Brasileirão. Esta foi a senha para que a torcida do Leão se
revoltasse e chamasse o treinador de burro.
E se o garoto Bernard
já vinha tendo atuação soberba, com participação nos três gols, coroou
sua noite com uma pintura. Ele deu entre as pernas de Reinaldo e tocou
para Danilinho. Magrão saiu para abafar e a bola sobrou para o camisa
11. Na entrada da área ele viu o posicionamento do goleiro que voltava e
mandou por cima. A bola morreu no ângulo direito, golaço na Ilha do
Retiro.
A partir daí, parte dos 18.262 torcedores presentes
começou a deixar o estádio. Quem ficou passou a vaiar e xingar alguns
jogadores, como Edcarlos, além de Mancini. Muitos também gritaram pelo
volante Hamilton, afastado do grupo pelo treinador. Com o placar
consolidado, o Atlético-MG tocou a bola esperando o apito final.
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