Wesley ataca para o Atlético-GO na Ilha do Retiro (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press).
Placar de 0 a 0 frustra a torcida do Leão, que não vê o
time vencer há quatro rodadas. Goianos seguem na penúltima colocação do
Brasileiro
Não faltou vontade a Sport e Atlético-GO na Ilha do Retiro. Os dois
times esbarraram nas próprias limitações técnicas e não conseguiram
balançar as redes em Recife. O placar de 0 a 0 foi pior para os donos da
casa, que não vencem há quatro partidas e estão na 14ª colocação do
Campeonato Brasileiro, com 14 pontos.
Pelo lado do Dragão, que segue na penúltima posição, agora com nove
pontos, o resultado pode não ter sido o ideal diante da situação crítica
na tabela, mas comprova a evolução da equipe após início trágico na
Série A e dá ao clube o segundo ponto como visitante na competição – o
primeiro havia sido contra o Cruzeiro, na rodada de abertura.
O atacante Gilberto ressaltou a importância de o Sport não ter levado
gols. Segundo o jogador, esta era uma meta para o duelo contra os
goianos. Porém, Gilberto lamentou a falta de sorte no ataque.
- Foi importante não ter sofrido nenhum gol. A gente tinha este
objetivo. Faltou balançar as redes lá na frente. Acho que tivemos azar
no último passe.
Já o lateral Rafael Cruz, do Atlético-GO, destacou o crescimento do
time, que somou duas vitórias, um empate e uma derrota nos últimos
quatro jogos. Entretanto, o jogador afirmou que o Dragão poderia ter
saído com os três pontos.
- O empate foi importante porque mostra que a gente conseguiu reagir em
um momento extremamente delicado. Mas a gente poderia ter vencido.
Tivemos muito espaço para atacar no segundo tempo e não soubemos
aproveitar.
Na próxima rodada, o Sport visita o São Paulo, no Morumbi. O Dragão
recebe o Botafogo, sábado, no Serra Dourada. Antes, o time estreia na
Copa Sul-Americana diante do Figueirense, também em Goiânia.
Precisando de um bom resultado para se afastar da zona de rebaixamento,
o Sport esperava se impor na Ilha do Retiro e acabar com o jejum que
até então era de três partidas sem vitória. Porém, o Leão se mostrou
desorganizado desde o início, teve dificuldades para chegar ao gol
adversário e ainda foi ameaçado pelo Atlético-GO. Moacir era a novidade
na escalação de Vágner Mancini, mas o time se portou de maneira confusa
até criar as primeiras oportunidades.
Quem mais aparecia era Cicinho, que tinha relativa liberdade na ponta
direita, mas sofria com a falta de aproximação dos companheiros para
realizar as jogadas ofensivas. Na primeira descida do ex-jogador da
Seleção Brasileira, o goleiro Márcio foi obrigado a fazer boa
intervenção. Do outro lado, o Sport encontrava um rival bem aplicado
taticamente.
Atlético-GO melhor em campo
A vice-lanterna do Brasileirão não traduzia a postura do Dragão em
campo, que repetia o posicionamento do jogo contra o São Paulo, quando
venceu por 4 a 3 na rodada anterior. Seria difícil mostrar a mesma
eficiência e fazer quatro gols no primeiro tempo, como ocorreu diante do
Tricolor, mas os visitantes pelo menos conseguiram incomodar. Se de um
lado Cicinho era a válvula de escape, do outro, o lateral-direito Marcos
também era muito acionado.
Aos seis minutos, ele já tinha obrigado Magrão a fazer boa defesa e
evitar que a bola chegasse a Patric. As jogadas pelos flancos se
repetiam com certa frequência pelo lado do Atlético-GO, que ainda
contava com a dedicação dos atacantes Wesley, Patric e Ricardo Bueno,
que se revezavam e ajudavam na marcação.
Os dois times não conseguiram balançar as redes
da Ilha (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Uma cena forte marcou a primeira etapa. O zagueiro Bruno Aguiar dividiu
pelo alto com Patric e levou a pior. Após sofrer pancada, o jogador
teve grande sangramento no nariz e foi substituído por Diego Ivo.
Nos minutos finais da primeira etapa, o Sport finalmente conseguiu
levar perigo ao adversário. Aos 35, Marquinhos Gabriel até mandou para o
fundo das redes, mas o impedimento já estava assinalado. Três minutos
depois, Reinaldo cobrou falta, a bola desviou e tirou tinta da trave. No
último lance, Gilberto chutou, Marcio defendeu com dificuldade e, com
os pés, evitou que Cicinho pegasse o rebote.
Sufoco do Leão na etapa complementar
O Sport mudou de lado e também de postura no segundo tempo. Vágner
Mancini sequer fez alterações no intervalo, mas a equipe pernambucana
iniciou grande pressão em cima do Atlético-GO. Márcio virou figurinha
carimbada na partida e participava de forma constante. Logo aos dois
minutos, o goleiro evitou o gol de Moacir após cobrança de escanteio.
Aos seis, Gilberto fez de cabeça, mas estava em posição irregular.
Mas o Leão controlava totalmente a posse de bola e pecava apenas na
hora do último passe. Henrique entrou em campo e deixou o time mais
ofensivo. Porém, a bola não chegava com muita qualidade ao ataque. O
goleiro Magrão já era mero espectador na Ilha. Felipe Menezes, então,
entrou na vaga de Cicinho para tentar melhorar o passe. Contudo, a
alteração não surtiu muito efeito.
Acuado, o Atlético-GO começou a valorizar toda posse de bola que tinha.
O empate fora de casa já não era um resultado tão ruim, embora a
situação da equipe na tabela de classificação ainda fosse crítica. O
primeiro bom chute a gol do time goiano no segundo tempo ocorreu aos 31
minutos, quando Ricardo Bueno limpou para a esquerda e finalizou de fora
da área. Magrão defendeu sem dar rebote. Nos minutos finais, nenhuma
equipe conseguiu chegar perto do gol da vitória.
Por GLOBOESPORTE.COM
Recife.
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