Assim que teve a confirmação da escalação do Sport, Geninho tratou de mudar a proposta da Portuguesa, armando a Lusa com apenas um volante de pegada e povoando o meio campo com jogadores de característica mais ofensiva. Quando a bola começou a rolar, a estratégia traduziu-se numa forte pressão da equipe paulista, que antes dos dez minutos já havia chegado na barra de Magrão em pelo menos quatro oportunidades. Em duas delas, a bola explodiu no travessão leonino.
O Sport mostrou estar vivo pouco depois. Depois de cobrança de escanteio, Renê desvia e a bola sobra para Hugo. Sozinho, o meia cabeceou por cima da meta de Dida. A redenção não tardou. No lance seguinte, aos 15 minutos, Cicinho mandou um cruzamento primoroso na cabeça de Hugo, que desta vez não desperdiçou. Em lance semelhante, em subida pela esquerda, Gilsinho mandou a bola na cabeça de Moacir, que escorou para defesa fácil de Dida.
Como de costume, a chance desperdiçada custou caro. Com facilidade para trabalhar nas costas de Renê, a Portuguesa chegou ao empate aos 24 minutos. Em cruzamento de Ananias, Bruno Mineiro antecipou-se à marcação de Edcarlos e escorou para o fundo da barra de Magrão. Ainda que o confronto tenha ficado mais equilibrado, o Sport seguia errando passes insistentemente e cedendo espaço para contra-ataques.
Logo no início do segundo tempo, os rubro-negros sofreram um golpe duríssimo. Em falta cobrada da intermediária por Ananias, aos três minutos, a zaga leonina não subiu para cortar. Na confusão, a bola desviou em um jogador da Portuguesa e foi bater na trave direita. Perdido na jogada, Magrão demorou para reagir ao quique da bola enquanto Bruno Mineiro antecipou-se novamente, para empurrar a bola para o fundo do gol.
Mas a noite de Bruno Mineiro ainda não havia terminado. Aos 21, o agora artilheiro do Brasileiro, recebeu um belo lançamento de Moisés e com liberdade, dominou antes de bater cruzado, de esquerda, marcando o seu terceiro gol. Aos 36, outro ex-rubro-negro deixou sua marca. Numa lambança de Renan Teixeira na saída de bola, Bruno Mineiro roubou a bola, tocou para Moisés, que driblou Magrão e marcou o quarto gol. Curiosamente, o quinto também saiu dos pés de um jogador com passagem pela Ilha do Retiro. Em sua primeira participação na partida, Rodriguinho teve liberdade para conduzir a bola e bater cruzado.
O próximo compromisso do Sport é na quinta-feira, contra o Grêmio, na Ilha do Retiro.
Portuguesa
Dida; Luis Ricardo, Gustavo, Valdomiro e Rogério; Moisés, Léo Silva, Ananias (Diguinho) e Michael (Zé Antônio); Boquita e Bruno Mineiro (Rodriguinho). Técnico: Geninho.
Sport
Magrão; Cicinho, Diego Ivo, Edcarlos (Renan) e Renê; Tobi, Moacir, Rithely e Hugo (Roberson); Gilsinho e Felipe Azevedo (Gilberto). Técnico: Waldemar Lemos.
Local: Canindé (São Paulo).
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (Fifa-MG).
Assistentes: Dibert Pedrosa Moisés (Fifa-RJ) e Celso Luiz da Silva (MG).
Gols: Bruno Mineiro (três vezes), Moisés, Rodriguinho (P), Hugo (S).
Cartões amarelos: Léo Silva, Luis Ricardo (P), Diego Ivo, Rithely e Cicinho (S).
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