Apesar de contar com a maioria de reservas, o Atlético-GO não se intimidou e pressionou o Sport em seu campo defensivo nos primeiros minutos. Com uma boa marcação nos volantes, principalmente em Rithelly, os rubro-negros ficaram sem saída de jogo. Os dois homens dos lados - Cicinho e Reinaldo - também não conseguiam evoluir. Pelo ritmo das duas equipes parecia que o Sport é quem estava entregue e mais preocupado com a Sul-Americana e o Atlético alimentava chances de fugir do rebaixamento.
Para piorar, a estratégia do técnico Sérgio Guedes começou a ruir quando Diego Ivo machucou-se e teve que dar lugar a Moacir. Tobi foi recuado para a zaga. Menos de cinco minutos depois, Renan Teixeira saltou de mau jeito e machucou o joelho esquerdo. Bruno Aguiar entrou e lá se foi Tobi de volta para o meio.
No momento em que Renan era atendido e Bruno ainda não entrara, o lateral-esquedo Mahatma Gandhi tabelou com Diogo Campos e entrou na área. Gilsinho o acompanhou e não teve outra alternativa a não ser cometer o pênalti. Patrick foi para a cobrança e chutou forte buscando o canto esquerdo. Saulo caiu bem e fez a defesa. Emocionado pelo feito, o goleiro foi às lágrimas.
Essas nuvens pesadas sobrevoaram o campo leonino num espaço de apenas nove minutos. Mas nem assim os pernambucanos acordaram. Hugo pouco se apresentava. Felipe Azevedo terminou fazendo o papel de meia. Isso quando não partia sozinho e arriscava algum chute.
Além de alguns jogadores em maré baixa, o Sport pecou muito coletivamente. Muito passivo na marcação, só apertava os jogadores goianos a partir da linha central. Laterais e volantes tinham toda liberdade para raciocinar a saída de jogo.
O despertador tocou no intervalo e o Sport entrou em campo no segundo tempo - em corpo e espírito. Marcou e mais adiantado. Foi assim que nasceu o gol. Gilsinho aproveitou a bobeira na saída de bola adversária e invadiu a área. Serviu Felipe Azevedo no lado direito. O camisa 11 cruzou na medida para Hugo fazer 1x0. O gol foi de cabeça, assim como o de Bruno Mineiro que levou o Leão à Série A, e, mais coincidência ainda, na mesma barra.
Apenas três minutos depois, num lance em que ninguém dava nada, Rithelly deu um susto no goleiro Roberto. Arriscou levantar a bola na área e ela bateu no travessão antes de sair. Diferente da etapa anterior, o Sport valorizou a posse de bola, trocou passes e manteve o Dragão longe do gol de Saulo.
Aos 18 minutos, Rithelly apareceu na área atleticana levando perigo novamente. Felipe Azevedo foi à linha de fundo e serviu Gilsinho. Ele apenas ajeitou para Rithelly chegar batendo por cima.
O problema é que as chances de ampliar não chegaram e o tempo passou. Era inevitável que o Atlético fosse para o tudo ou nada e o Sport recuasse perigosamente. O time da Ilha praticamente limitou-se a rebater as bolas cruzadas pelo adversário. Time este que, diga-se de passagem, mostrou limitações dignas da posição que ocupa na competição.
Ficha do jogo:
Atlético-GO: Roberto; Rafael Cruz, Reniê, Gustavo e Mahatma Gandhi; Carlos (Dodó), Marino, Ernandes e Luciano (Danilinho); Patrick (Alexandre) e Diogo Campos. Técnico: Artur Neto.
Sport: Saulo; Cicinho, Diego Ivo (Moacir), Aílson e Reinaldo; Tobi, Renan Teixeira (Bruno Aguiar), Rithelly e Hugo (Hugo); Gilsinho e Felipe Azevedo. Técnico; Sérgio Guedes.
Campeonato Brasileiro da Série A. Local: Serra Dourada, Goiás. Árbitro: Péricles Bassols. Auxiliares: Marrubson Melo Freitas e Carlos Emanuel Manzolillo. Gol: Hugo, aos três minutos do segundo tempo. Cartões amarelos: Gilsinho.
Blog do Torcedor - Do NE10
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