Diretoria rubro-negra perdeu muito tempo tentando economizar para encontrar um substituto para Marcelinho Paraíba.
Basta uma olhada rápida no elenco do Sport para se perceber que
dinheiro não faltou na hora da formulação da equipe para a disputa do
Campeonato Brasileiro deste ano. Salários em dia, atletas com currículos
respeitáveis, como Hugo e Cicinho, e folha de pagamento que supera os
R$ 2 milhões. Porém, um dos mais traiçoeiros pecados capitais, a
avareza, fez com que os dirigentes economizassem justamente na posição
mais carente do elenco: meio-campo.
Desde a saída de
Marcelinho Paraíba,
após o término do Campeonato Pernambucano, o clube padeceu com a falta
de uma referência dentro do gramado. Enquanto a torcida clamava pela
contratação, os dirigentes tentavam fazer da formula “bom e barato” a
solução para o setor de criação da equipe.
Saída
de Marcelinho Paraíba, após do Pernambucano, deixou o meio-campo do
Sport órfão de um homem de criação das jogadas (Foto: Wagner
Damasio/Divulgação Sport).
Criatividade e vontade não faltaram na tentativa para encontrar o
reforço. Tentando alternativas no mercado, a cúpula leonina cogitou o
nome de Damián Manso, da LDU, Macnelly Torres, do Atlético Nacional –
COL, até Juninho Pernambucano, do Vasco, e por fim Hugo, que foi
descartado, mas depois acabaria acertado sua vinda em julho. Porém, os
valores envolvendo as negociações fizeram com que a diretoria desistisse
no último momento. Com exceção do vascaíno, que não veio por opção
própria.
Na ocasião, o diretor de futebol do clube, Aluísio Maluf afirmou que o
Sport não poderia ser irresponsável na busca por reforços para não
prejudicar o orçamento.
Hugo só chegou ao Sport no meio de julho
(Foto: Wágner Damásio/ Divulgação Sport)
- A torcida cobrar é normal. Mas não estamos parados. Estamos tentando a
contratação de um bom jogador, mas não podemos comprometer o nosso
orçamento. Temos que contratar alguém que caiba no nosso bolso.
Tentando uma saída menos dispendiosa, os rubro-negros chegaram ao nome
de Felipe Menezes, que veio sobre a expectativa de ter no currículo
passagens por Goiás, Botafogo e Benfica, de Portugal. Mas, a economia
acabou não surtindo efeito. O atleta não emplacou e o clube foi obrigado
a buscar outro nome.
O jeito foi se desapegar do dinheiro e investir na contratação de Hugo.
No entanto, a chegada do meio-campo, que tornou-se em uma peça
fundamental do Sport, acabou sendo tardia. Além do acerto só ter dado
certo em julho, o atleta que estava no futebol do Catar apresentou-se
totalmente fora de ritmo, o que dificultou a sua participação nas
primeiras rodadas.
Após recuperar a boa forma, Hugo ajudou o clube a conquistar pontos
importantíssimos e deixou evidente que a economia do início da
competição foi um dos principais fatores para que o clube abandonasse a
elite do futebol nacional.
Por Elton de Castro
Recife - GLOBOESPORTE.
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