Timbu não toma conta do desespero do rival, chega a perder pênalti,
Mas Araújo sacramenta o rebaixamento do Leão à Segunda Divisão
O Timbu só marcou depois que o goleiro Saulo deixou o campo lesionado. O camisa 87 pegou um pênalti batido pelo artilheiro Kieza e fez grandes defesas, mas sentiu cãimbras e precisou ser substituído. Aos 16 minutos da etapa final, ele deu lugar a Mateus, terceiro goleiro rubro-negro. O jovem atleta não foi páreo para o chute de Araújo, que esteve na reserva nas últimas rodadas e voltou a ser titular no clássico.
- Fizemos um grande trabalho e conseguimos os nossos objetivos - disse o autor do gol, resumindo a alegria alvirrubra.
- Foi feita a vontade de Deus - disse o lateral do Sport Cicinho, tentando palavras de consolo.
A vitória levou o Náutico a 49 pontos, e o Timbu está na faixa de classificação que permitirá ao clube escolher entre a Taça Sul-Americana e a Copa do Brasil em 2013. Já o Sport, que brigou até o último minuto contra a degola, caiu após aparecer 21 rodadas na zona de rebaixamento. O Leão terminou a competição na 17ª colocação, com 41 pontos, a quatro da Portuguesa (16º).
Náutico e Sport agora só voltam a campo em janeiro. O Timbu estreará no Campeonato Pernambucano no dia 23, contra o Chã Grande, no estádio Barbosão, na cidade de Chã Grande. O Leão está fora do primeiro turno do estadual e joga no dia 20 de janeiro contra o Sousa, na Ilha do Retiro, em partida válida pela primeira rodada da Copa do Nordeste.
O Sport começou o jogo "rebaixado". Com 41 pontos, a equipe abria o Z-4 na 17ª colocação. Precisava vencer e também torcer por derrota de Bahia ou Potuguesa - o Tricolor baiano enfrentava o Atlético-GO, e a Lusa, a Ponte Preta. Pressionado pela tabela de classificação, os rubro-negros iniciaram a partida com três atacantes - Gilberto, Gilsinho e Felipe Azevedo -, mas o primeiro chute a gol foi dos alvirrubros. Com um minuto, o lateral Patric tentou cruzar e mandou as bolas nas mãos do goleiro Saulo.
O Náutico voltou a ter outra boa chance aos nove. Após cobrança de falta de Souza, a bola sobrou na área. Kieza chutou, e Saulo deu rebote para Alemão tentar e isolar a bola no chute. O troco do Sport surgiu aos 11, com Reinaldo. Ele arriscou de fora da área para fora. Um minuto depois o Timbu revidou com Rogério, que se livrou do marcador e chutou rasteiro pela linha de fundo.
Sport quase marca, e Timbu perde pênalti
As ações ofensivas do Náutico reapareceram no fim do primeiro tempo, com Rhayner e Rogério. Aos 43, no entanto, o Sport voltou a assustar. Gilberto desviou cruzamento e só não marcou para os visitantes porque o o lateral-esquerdo Douglas Santos tirou a bola em cima da linha. Na sequência, Rogério foi para o contra-ataque e se chocou com o zagueiro Diego Ivo. O juiz marcou pênalti. Kieza chutou fraco e permitiu a defesa de Saulo, para delírio dos rubro-negros presentes nos Aflitos.
Saulo deixa o campo, e Náutico marca
O segundo tempo começou emocionante. Aos dois minutos, Saulo salvou o Sport ao defender chute de Araújo. O goleiro se esticou todo, e a bola ainda tocou na trave antes de ir para fora. A resposta do Sport veio aos oito, com Gilsinho. Ele invadiu a área e acertou um chute rente à trave do goleiro Felipe.
Aos 11, o drama do Sport começou a se desenhar. Saulo se machuco e ficou caído no gramado. Ele se levantou, tentou jogar, mas não aguentou a dor e pediu para ser substituído. Mateus, terceiro goleiro do Leão, entrou em campo aos 16 e foi castigado três minutos depois.
Mais ofensivo, o Sport tentou atacar, porém foi para cima de maneira desarticulada. Melhor para o Náutico, que passou a cadenciar o jogo e ditar o ritmo do clássico. Aos 36, o Timbu quase ampliou. O lateral Patric tabelou com Rogério, e o atacante perdeu uma chance e tanto. Aos 39, foi a vez de Kieza ficar cara a cara com o goleiro Mateus. Antes do arremate, ele foi desarmado pelo zagueiro Ailson.
O rebaixamento do Sport foi decretado antes mesmo de o juiz terminar o jogo. No Canindé, a Portuguesa empatou sem gols com a Ponte Preta, e no Serra Dourada o Bahia comemorava a vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-GO. Nem mesmo a virada salvaria o Leão, e os minutos finais do clássico nos Aflitos foram de tristeza rubro-negra e alegria alvirrubra.
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