O empate fez com que o Brasil caísse para a terceira colocação das eliminatórias, com 18 pontos. A seleção está a cinco do líder Paraguai e a um da Argentina, que está em segundo. O próximo compromisso do grupo comandado por Dunga será nesta quarta-feira, contra o Peru, no Beira-Rio, em Porto Alegre.
As dificuldades dos brasileiros começaram bem antes de a bola rolar. A Federação Equatoriana de Futebol não reservou lugares para a maior parte da imprensa estrangeira no estádio Olímpico de Atahualpa. Vários jornalistas brasileiros não tiveram condições de trabalhar. O único lugar acessível com visão para o campo era em pé ao lado de torcedores equatorianos.
O estádio de Atahualpa, aliás, está longe, muito longe, de atender as exigências mínimas exigidas pela Fifa para receber jogos internacionais. Mas a Conmebol faz vista grossa para os problemas não só do Atahualpa, mas de vários estádios sul-americanos, e os libera para as partidas das eliminatórias da Copa do Mundo.
O estádio esteve lotado. Todos os 37.200 ingressos foram vendidos. Durante o hino brasileiro, vaias e gritos de Equador foram escutados.
Julio César salva o Brasil de derrota na altitude do Equador
O camisa 7 do Equador, inclusive, dava um baile em Marcelo pela esquerda. Luisão não conseguia marcar Benítez. A sorte brasileira é que o atacante equatoriano parecia ser especialista em perder gols. Desorientado em campo e sentindo os efeitos da altitude de 2.850 metros, o Brasil não conseguia armar as jogadas e ficar com a posse de bola. Elano e Ronaldinho Gaúcho estavam perdidos e, com isso, o ataque ficava isolado. Até os 25 minutos, Luis Fabiano só tocou duas vezes na bola, e Robinho, apenas quatro.
O primeiro chute aconteceu com Marcelo, aos quatro minutos. O segundo com Daniel Alves, apenas aos 38 minutos. O lateral-direito substituiu Maicon, que deixou o campo aos 20 minutos, depois de sentir uma lesão na coxa direita após tentar um cruzamento. À beira do campo, Dunga se mostrava inquieto com a inoperância da seleção.
No intervalo, policiais equatorianos agrediram o repórter do SporTV Victorino Chermont. De forma covarde, ele recebeu uma gravata de um policial e começou a ser arrastado. Robinho, que estava entrando no túnel, viu a cena e voltou correndo já sem a camisa de jogo para defender o brasileiro e começou a pedir aos policiais para pararem, sendo atendido.
Para tentar mudar o panorama da partida, Dunga mexeu duas vezes no segundo tempo. Primeiro, tirou Elano e colocou Josué, mas foi a segunda substituição que acabou sendo decisiva. No primeiro lance que de que participou, aos 27 minutos, depois de entrar no lugar de Ronaldinho Gaúcho, Julio Batista arriscou de fora da área. A bola tocou na trave, nas costas do goleiro Cevallos e entrou. Foi o sétimo gol do jogador do Roma em 37 partidas disputadas com a camisa da seleção.
Ficha técnica:
EQUADOR 1 x 1 BRASIL | |
Cevallos, Reasco, Ivan Hurtado, Espinoza e Ayoví; Castillo, Méndez, Guerrón (Noboa) e Valencia; Benítez e Caicedo (Palacios). | Julio César, Maicon (Daniel Alves), Lúcio, Luisão e Marcelo; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano (Josué) e Ronaldinho Gaúcho (Julio Baptista); Robinho e Luis Fabiano. |
Técnico: Sixto Vizuete. | Técnico: Dunga. |
Gol: Julio Baptista, aos 27, e Noboa, aos 44 minutos do segundo tempo. | |
Cartões amarelos: Ayoví (Equador); Elano, Gilberto Silva, Marcelo e Daniel Alves (Brasil). | |
Estádio: Olímpico de Atahualpa, em Quito (EQU). Data: 29/03/2009. Árbitro: Carlos Chandía (CHI). Auxiliares: Lorenzo Acuña (CHI) e Sergio Román (CHI). |
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