Em 1995, o time do Goiás tinha Hélio dos Anjos como técnico e Zé Teodoro como capitão
O Clássico das Multidões reserva um duelo bem particular na beira do gramado da Ilha do Retiro. Lado a lado, Hélio dos Anjos e Zé Teodoro estarão separados por alguns metros. Rivais dentro de campo, companheiros fora dele. Admiração mútua que vem de muito tempo. Em 1995, os dois foram comandante e comandado. Já no banco de reservas, Hélio tinha como seu capitão, no Goiás, o experiente lateral Zé Teodoro, que se preparava para se despedir do futebol.
Técnico rubro-negro ressalta a capacidade de liderança do ex-capitão, hoje rival Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press Discípulo e mestre. Coube ao próprio Zé Teodoro assumir a alcunha de ´discípulo`, ontem à tarde. ´Conheço muito bem a capacidade e competência dele. A forma como consegue mexer com o grupo, sua motivação. Sou um discípulo de Hélio. Acho que soube tirar muitas coisas positivas daquela época. Aprendi muito com ele`, confessou o técnico do Santa Cruz.
Comandante coral reconheceu a lealdade de Hélio e destacou a amizade dos dois Foto:.Fotos: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press As palavras do outro lado vieram no mesmo sentido. Admiração não só do profissional, mas também pelo homem Zé Teodoro. Desde cedo, o mestre percebia no hoje ´discípulo` a capacidade para ser um grande treinador. ´Zé Teodoro foi meu capitão em 1995. A influência dele no elenco sempre foi grande. O caminho dele era mesmo esse (ser técnico)`, afirmou Hélio dos Anjos.
Zé Teodoro garante que a rivalidade entre ambos se resume ao campo de jogo. ´É um cara que sempre esteve do meu lado, principalmente nos momentos difíceis pelos quais passei na época do Goiás. Já o admirava antes, depois ficou a amizade. A gente costuma trocar informações, sair pra almoçar e bater papo. Mas quando a bola rola não tem essa. Aí cada um defende o seu`, disse.
E por se conhecerem bem, Hélio sabe bem o que esperar do adversário em campo, amanhã. Um time bem postado, que obedece taticamente muito bem ao seu treinador. ´O Zé é um estudioso do futebol. Com certeza vai apostar na equipe dele. Na quarta-feira, contra o São Paulo, ele foi brilhante. E isso não me surpreende. Em novembro, quando voltei ao Brasil, vi a luta dele para formar esse elenco`, contou o técnico rubro-negro que, por isso tudo, foi enfático. ´Esse vai ser o jogo mais difícil da gente desde que cheguei aqui`, completou.
Alexandre Barbosa e Lucas Fitipaldi
Superesportes - DP
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