Foto: Reprodução / TV Globo
Marcelinho Paraíba, Willians, Bruno Mineiro e Wellington Saci marcaram para os donos da casa, que jogaram diante de uma Ilha lotada
Convocada pelos jogadores, técnico e diretores, durante a toda a semana, a torcida fez a sua parte e lotou a Ilha do Retiro. Com uma arquibancada pronta para apoiar o time, o Sport manteve a invencibilidade do clássico nordestino em seus domínios de forma fulminante, marcando o primeiro gol logo aos 2 minutos de partida.
Com ótima atuação de Marcelinho Paraíba, que dominou o meio de campo no primeiro tempo, e Bruno Mineiro fazendo o pivô e sendo sempre perigoso para a defesa baiana, os pernambucanos desestruturaram o adversário com o gol relâmpago de Paraíba e passaram a atuar nos contra-ataques de um Vitória atordoado. Sempre aproveitando as brechas do rival, o Sport foi construindo o resultado a partir de toques rápidos e do nervosismo do primo nordestino.
“Entramos com raça, com luta. Aproveitamos os espaços do Vitória e, com a força dessa torcida maravilhosa, conseguimos entrar no G-4”, disse, eufórico, o lateral Thiaguinho, ao final da partida.
Após a conquista dos preciosos três pontos, o time viaja neste domingo (25) para Santa Catarina, para pegar o Criciúma na próxima terça-feira (27). O Americana, antiga barreira leonina para entrar no G-4, agora está em quinto, com 41 pontos.
O JOGO
Frénetico, empurrado pela torcida, o Sport poderia ter aberto o placar logo no primeiro minuto do jogo. Numa bela jogada pela direita, Rithely deu um balão no zagueiro e cruzou nos pés de Willians. Na pequena área, de frente para o goleiro Fernando, o atacante chutou de mau jeito e o arqueiro defendeu. No rebote, Marcelinho Paraíba chutou em cima do camisa 1 baiano, que encaixou a bola. Um gol feito, perdido por Willians.
Só que não deu nem tempo para o Vitória respirar. No minuto seguinte, o Sport recuperou a bola no meio de campo, Thiaguinho recebeu e passou voando pela lateral direita para cruzar na cabeça de Bruno Mineiro, que, em velocidade, meteu no travessão. No rebote, sem goleiro, Marcelinho Paraíba completou para as redes, explodindo a Ilha do Retiro. Nono tento do vice-artilheiro leonino.
Desnorteado, o Rubro-Negro baiano não conseguia respirar, enquanto o Sport continuava apostando nas subidas dos seus laterais, Thiaguinho e Wellington Saci. No meio, domínio total do dono da casa. Uma avalanche. Aos poucos, mas sem resultados, o Vitória foi equilibrando a partida, mas, sem marcação fixa em Marcelinho, o meia fez o que quis e ditou o ritmo do jogo.
A liberdade era tanta que, numa bola rifada por ambos os times, ela caiu nos pés do meia, que meteu para Bruno Mineiro. O centroavante rubro-negro fez o pivô e tocou, encobrindo o zagueiro. Era o toque perfeito para Marcelinho chutar cruzado, mas foi marcado impedimento de Willians, que tentou concluir.
Bons chutes de Fernandinho e Nino Paraíba e outras tentativas barradas pela defesa do Sport foram as únicas incisões do visitante. E após uma dessas tentativas, num contra-ataque do Leão, a bola foi lançada para Willians e o zagueiro Uelligton furou, deixando cair nos pés do atacante, que não perdoou. Na saída de Fernando, uma bomba no ângulo direito, com a bola batendo no travessão e caindo para o fundo do gol: 2 a 0, aos 25 minutos do primeiro tempo. Na comemoração, Willians tentou homenagear a filha que está para nascer, puxando uma chupeta, mas Marcelinho Paraíba não deixou, com medo que o companheiro levasse um cartão amarelo. O sétimo tento do atacante ficou sem a prometida homenagem.
Cinco minutos depois, o volante Naldinho, que voltava de contusão, sentiu o tornozelo esquerdo e saiu, para a entrada do estreante Róbston. No primeiro lance do meia, uma cobrança de falta de Marcelinho e o cabeceio do novato, triscando a trave esquerda de Fernando. Logo depois, o volante Uelligton bateu boca com o goleiro, após ter sido questionado pelo arqueiro. O zagueiro Maurício acabou separando. Esse descontrole foi a tônica do Vitória no primeiro tempo.
SEGUNDO TEMPO
Na volta do intervalo, o Vitória tentou tirar o atraso, mas sem muita eficiência. Em compensação, assim como Marcelinho Paraíba na etapa inicial, o meia Geovanni foi o dono da faixa de campo no segundo tempo. Assim, o time baiano se tornou mais perigoso.
Aos 10 minutos, Geovanni puxou pela esquerda e cruzou rasteiro para Fábio Santos. Foi um lance parecido com o de Willians no início do jogo, só que, desta vez, o zagueiro Montoya salvou o time da casa, com um carrinho travando o atacante.
Com o Vitória tentando um gol e o Sport travando a partida, Robston cruzou na cabeça do artilheiro Bruno Mineiro, que, entre dois zagueiros, em velocidade, meteu no lado direito de Fernando. Foi o décimo gol dele, aos 15 minutos, praticamente acabando com as chances do visitante. Três a zero no placar.
Dois minutos depois, outro gol, mas desta vez anulado. Novamente Bruno Mineiro cabeceou, porém Willians, em posição irregular, participou, atrapalhando Fernando. O árbitro marcou o impedimento corretamente.
Com Preto machucado, andando em campo, sem poder ser substituído pelo fato de o técnico Vagner Benazzi já ter feito as três substituições, o Vitória teve seu caixão fechado. Novamente pelos pés de Bruno Mineiro: ele recebeu em velocidade, tirou o zagueiro e foi derrubado pelo arqueiro baino. Pênalti. Saci cobrou, bola de um lado, Fernando do outro. 4 a 0. Quatro de G-4.
FICHA DO JOGO
Sport: Magrão; Thiaguinho, César (Montoya), Tobi e Wellington Saci; Hamilton, Rithely, Naldinho (Robston) e Marcelinho Paraíba; Willians (Danielzinho) e Bruno Mineiro. Técnico: PC Gusmão;
Vitória: Fernando; Nino Paraíba, Alison, Maurício e Felipe (Jean); Uelliton, Preto, Fernandinho e Geovanni; Marquinhos (Arthur Maia) e Neto Baiano (Fábio Santos). Técnico: Vágner Benazzi;
Cartões amarelos: Willians e Montoya (Sport); Alison e Fernando (Vitória);
Local: Ilha do Retiro;
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (Fifa/MG);
Assistentes: Guilherme Dias Camilo (asp.Fifa/MG) e Ivaney Alves Lima (SE);
Público: 26 mil pessoas.
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