Treinador anuncia saída momentos depois da derrota por 3 a 2 para o Santa Cruz na Ilha do Retiro.
- A pressão em cima do presidente foi descomunal e desumana em cima do presidente Gustavo Dubeux, principalmente depois daquele jogo do Paysandu (eliminação do Sport na Copa do Brasil dentro da Ilha do Retiro). Ele me manteve no cargo e acreditou no meu trabalho. Quero isentar o presidente de não ter conseguido os dois objetivos no clube que era classificar o time para as oitavas de final da Copa do Brasil e vencer o Pernambucano. Mas saio com a cabeça erguida, pois fiz o meu melhor. Saio com a cabeça erguida que fiz o meu melhor. Assumo as minhas responsabilidade e espero que as outras pessoas do grupo que não corresponderam também assumam suas responsabilidades. Peço perdão ao torcedor do Sport por não ter conseguido o título e tenho certeza que a torcida vai me perdoar pelo acesso à Série A.
- Agradeço aos diretores de futebol amadores, que sempre estiveram comigo. Agradeço aos jogadores e na grande maioria não tenho nada a reclamar. Apenas a agradecer. A situação do Jael e do Marcelinho Paraíba (o técnico teve atrito com os dois) está resolvida há muito tempo e não vamos achar chifre em cabeça de cachorro. Mas alguns atletas ficaram abaixo das expectivas e houve situações que tivemos que gerir e contornar. Alguns jogadores sentiram o peso da camisa do Sport e isso me frustrou bastante. Coloquei o cargo à disposição para o bem do Sport, do meu presidente e da minha carreira. Não tenho nenhuma proposta. Agora, tudo tem um começo, meio e fim e encerro meu ciclo aqui.
- O resultado é justo. O Santa Cruz foi mais competente na parte defensiva e ofensiva. Agora, torço para que o Sport contrate um bom profissional para fazer uma excelente campanha na Série A.
Sem despedida
Depois de perder o título para o Santa Cruz e entregar o cargo, o ex-técnico do Sport, Mazola Júnior não se despediu dos seus jogadores. Para ele, a saída do Leão é um "até logo" para alguns atletas do elenco rubro-negro.
- Não comuniquei a eles, conversei com a presidência e estou falando na coletiva de imprensa. Esse mundo do futebol é tão cíclico que daqui a pouco volto a trabalhar com alguns deles. Não sou um cara de despedida.
Sobre o aprendizado que teve no período que ficou à frente do comando do Rubro-Negro, Mazola disse que além da melhora no seu relacionamento com a imprensa, outro tipo de relação deve ser estreitada.
- Minha maior lição no Sport é que eu tenho que abrir um leque maior de relacionamento no mercado. Falo de empresários de jogadores, pessoas que tratam de negociações. Se for metodologia de trabalho, não mudo uma vírgula - afirmou, lembrando dos problemas que o Sport sofreu no início de temporada para contratar reforços.
Por GLOBOESPORTE.COM Recife
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