O Náutico fez por onde merecer os aplausos da torcida ao fim do segundo
tempo. A vitória por 2 a 0 na Arena Pernambuco devolveu o mesmo placar
da Ilha do Retiro e estendeu o duelo contra o Sport até o drama dos
pênaltis. Aí brilhou a estrela de Magrão. O maior ídolo da torcida
rubro-negra defendeu três cobranças, o Leão fez 3 a 1 e classificou-se
às oitavas de final da Copa Sul-Americana.
Perderam Olivera, Tiago Real e Rogério. Do lado rubro-negro, marcaram
Felipe Azevedo, Marcelo Cordeiro e Patric. Nenhum gol foi tão festejado
quanto as defesas de Magrão, herói do clube que defende desde 2005. O
Leão será o representante de Pernambuco na fase internacional do
torneio, e o próximo adversário é o tradicional Libertad, do Paraguai,
que eliminou o Mineros Guayana, da Venezuela, na noite desta
quarta-feira. As datas do confronto ainda serão divulgadas.
Magrão comemora uma de suas defesas salvadoras nos pênaltis (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press).
Superioridade do Timbu
O primeiro tempo mostrou um cenário completamente distinto ao da
primeira partida. Apático na Ilha do Retiro, o Náutico desta vez foi o
time que mais procurou o jogo. Com apenas 17 minutos, Rogério já havia
chutado três vezes a gol. Uma delas exigiu grande defesa de Magrão. No
rebote, Olivera fez o torcedor alvirrubro suspirar. Quase.
O Sport demorou a se soltar. Felipe Azevedo e Roger estiveram muito
aquém da atuação na primeira partida, assim como o lateral-direito
Patric, outro que se destacou uma semana antes. As raras jogadas do Leão
saíram dos pés de Lucas Lima e Camilo. Na realidade, apenas um lance de
real perigo. Aos 38, Camilo recebeu belo lançamento de Roger e acertou
um chute perigoso. Berna fez excelente defesa.
Elicarlos comemora o primeiro gol e é festejado (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press).
Foi a resposta do Sport às investidas do Náutico. Depois de um certo
marasmo, o Timbu voltou a crescer, sob o comando do argentino Diego
Morales. O meia enfim ganhou uma chance. Titular, pela primeira vez,
depois dos nove minutos em campo contra o Bahia. A outra novidade do
técnico Jorginho foi o lateral-direito Oziel, estreante da noite.
Morales entrou na partida aos poucos.
Magrão já havia feito outras duas boas defesas antes dos 40 minutos.
Uma delas em cabeçada de João Filipe, a outra numa finalização do
lateral-esquerdo Bruno Collaço, também de cabeça, após cruzamento de
Morales. Era um prenúncio. O gol estava maduro. Aos 47, Morales cobrou
falta na cabeça de Elicarlos. O desvio, no cantinho, matou Magrão. O
gol, no último minuto, fez explodir o torcedor alvirrubro na Arena
Pernambuco. O Timbu desceu para o vestiário a um gol de acabar com a
vantagem rubro-negra. E garantir ao menos a decisão nos pênaltis.
Mais pressão alvirrubra
No intervalo, Jorginho se viu obrigado a mexer duas vezes. Oziel e João
Filipe sentiram uma indisposição e pediram para sair. Entraram Derley,
na vaga de Oziel, e William Alves. Marcelo Martelotte manteve a
formação, mas não demorou para chamar Marcos Aurélio. Apesar de treinado
normalmente na véspera, recuperado de uma lesão na panturrilha, o
artilheiro do Leão na Série B ficou no banco.
Sua entrada foi um sinal de que o jogo continuava complicado para o
Sport. Aos 12 minutos, Roger deu vez ao camisa 10. Uma boa chance criada
por Tiago Real e Rogério aos 15 mostrou que o Timbu permanecia mais
aceso em campo. Felipe Azevedo se jogou para salvar o chute de Rogério.
Dois minutos depois, não teve jeito.
Olivera corre para a torcida após marcar o segundo do Timbu (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press).
Após tabelinha entre Olivera e Tiago Real, sem deixar a bola cair, o
uruguaio acertou um chute perfeito de fora da área. Nenhum chance de
defesa para Magrão. Golaço. Eram 17 minutos quando o Rubro-negro viu
ruir por completo a vantagem construída na Ilha do Retiro.
O drama rubro-negro aumentou aos 36. Pery acabou expulso depois de
tomar o segundo cartão amarelo por uma falta em Rogério. Na sequência,
Martelotte fechou o time.
Marcelo Cordeiro substituiu Lucas Lima. Aos 39, Olivera cabeceou por
cima uma bola com cara de gol. A torcida do Sport respirou aliviada.
Àquela altura, com um homem a menos, os rubro-negros se viam
ameaçadíssimos. Aos 43, Felipe Azevedo desperdiçou uma excelente chance.
A vaga seria mesmo decidida nos pênaltis. Para a felicidade do torcedor
que tem Magrão debaixo das traves.
Por GLOBOESPORTE.COM
Recife.
Nenhum comentário:
Postar um comentário