O Sport voltou a depender do seu artilheiro, Marcos Aurélio. E a
desfrutar de mais uma noite inspirada do meia-atacante nas bolas
paradas. De volta ao time após cumprir suspensão contra o São Caetano,
ele fez novamente a diferença para o Leão diante do Ceará - já tinha
sido assim contra o ASA, duas rodadas antes. De Arapiraca para a Ilha do
Retiro, o camisa 10 meteu mais dois gols de falta e garantiu a vitória
do Rubro-Negro sobre o Vovô por 2 a 1 - Lulinha descontou.
Com o resultado, o Leão assegura a permanência no G-4 da Série B do
Brasileirão 2013, agora com 27 pontos, ainda em terceiro lugar. O Ceará,
com 17, permanece na zona intermediária da classificação.
A vitória traz tranquilidade ao técnico Marcelo Martelotte, que após
uma sequência de quatro vitórias, antes da parada por causa da Copa das
Confederações, viu o seu time amargar três derrotas em quatro jogos. Um
público de 14.8011 torcedores compareceu à Ilha. Sexta-feira, às 21h50m,
o Sport recebe o Atlético-GO na Ilha do Retiro. Os cearenses visitam o
Avaí em Florianópolis, às 19h30m.
A diferença do artilheiro
A combinação perfeita entre Marcos Aurélio e a bola parada fez a
diferença num primeiro tempo equilibrado. Até então apagado do jogo,
precisou de dois lances para definir a vantagem parcial a favor do
Rubro-Negro. Duas cobranças de falta distintas. Aos 30, uma pancada
forte de longa distância que desviou no zagueiro Diego Ivo, ex-Sport, e
matou o goleiro Fernando Henrique.
O segundo gol do Sport compensou o erro do árbitro, que marcou falta
fora da área em Marcos Aurélio, derrubado por Diego Ivo, mas do lado de
dentro. A torcida reclamou o pênalti, mas nem precisava. Daquela
distância, uma falta para Marcos Aurélio é como se fosse o próprio
pênalti. A sequência do lance mostrou um lindo toque por cima da
barreira. Fernando Henrique ficou estático, completamente impotente. O
atacante soma agora 11 gols na competição.
Gols à parte, os dois times mantiveram o equilíbrio na primeira etapa.
Cada um a seu modo. O Sport com o seu já característico estilo de posse
de bola e troca de passes curtos. Desta vez com muitos erros, porém. O
Ceará se lançando ao ataque à base de ligação direta. Assim Léo Gamalho
quase marcou duas vezes. Numa delas acertou a trave de Magrão, após giro
na área sobre Gabriel. O zagueiro rubro-negro, por sinal, esteve perto
de marcar duas vezes antes dos três primeiros minutos de jogo. Duas
cabeçadas em dois lances de bola parada.
Reação do Ceará acaba frustrada
Lulinha festeja o gol no início do segundo tempo
(Foto: Aldo Carneiro/ Pernambuco Press).
No intervalo, Sérgio Guedes decidiu acionar o meia-atacante Lulinha na
vaga do volante Everton. Deu certo. Aos cinco minutos, Richely escapou
pela direita e achou Lulinha no meio da área rubro-negra. O baixinho
pegou firme e de primeira, sem chance de defesa para Magrão. Àquela
altura, o placar de 2 a 1 veio fazer mais justiça ao equilíbrio da
primeira etapa. Minutos depois, foi a vez de Martelotte mexer: Patrik
Silva saiu para a entrada de Camilo. Aos 27, Rithely cometeu falta dura
em Eusébio e acabou expulso depois de tomar o segundo cartão amarelo.
Além de uma falta perigosa, defendida por Magrão, o time pernambucano
teve de se virar com um homem a menos na reta final.
Felipe Azevedo quase amortizou o drama. Uma arrancada no minuto
seguinte terminou com uma finalização no travessão. Foi o último lance
dele, que viu seu jejum de gols subir para 11 jogos - acabou substituído
pelo volante Renan Teixeira. O Sport ainda teve um gol anulado de
Camilo, em impedimento, aos 33, após grande jogada do lateral Patric.
Lucas Lima ainda teria tempo de perder um gol feito aos 41. Uma grande
jogada individual o deixou cara a cara com Fernando Henrique - faltou
tirar do goleiro. Nos acréscimos, Magrão ainda salvou, com boa defesa em
chute de Rogerinho, o Sport de sofrer um empate em última blitz
cearense.
Por GLOBOESPORTE.COM
Recife.
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