Antes do jogo, o torcedor recifense (mais de 56 mil presentes) deu um show de animação durante a execução do hino nacional. Ao contrário do que se esperava, os jogadores não repetiram a equipe de 1993, que entrou de mãos dadas no jogo contra a Bolívia (gesto que virou marca registrada na conquista do tetra no ano seguinte).
Aos poucos, o Paraguai se ambientou ao jogo. Marcando a saída de bola da seleção brasileira, os paraguaios dificultaram a criação de jogadas do Brasil. Cabañas, jogando como referência, começou a dar muito trabalho à defesa brasileira.
Aos 10 minutos, o Gordinho recebeu na entrada da área, fez a parede e serviu o lateral Verón, no lado direito da área. A bomba passou raspando a trave direta de Julio César.
Por outro lado, o Paraguai seguiu sem se intimidar. Aos 22 minutos, Cabañas levantou bola na área para seu companheiro de ataque, Martínez (jogou na vaga do suspenso Haedo e do machucado Santa Cruz). O camisa 9 matou no peito, ajeitou e soltou a bomba. Julio César fez grande defesa e mandou para escanteio.
A defesa do goleiro brasileiro foi suficiente para manter o zero no placar mas, aos 25, não teve jeito. Cabañas sofreu falta de Juan na intermediária. O Gordinho mesmo se encarregou da cobrança. A bola foi forte, porém baixa, sem muita direção, mas um desvio no pé direito de Elano matou o goleiro Julio César: 1 a 0 Paraguai.
O gol de empate surgiu aos 40 minutos. Daniel Alves recebeu bola na lateral direita e cruzou para a área. Kleber entrou pelo meio, tentando a cabeçada, mas não alcançou. A bola chegou então a Robinho. O camisa 11 entrou no segundo pau e escorou para a rede.
Na segunda etapa, o panorama da partida seguiu semelhante ao do primeiro. Não houve substituições nas duas equipes.
Em vantagem, a seleção brasileira passou a jogar como mais gosta: explorando contragolpes. O time de Dunga por pouco não ampliou aos 12 minutos, quando Nilmar puxou contra-ataque do campo de defesa brasileiro e, depois de avançar 40 metros, serviu Robinho no lado esquerdo do setor ofensivo. O camisa 11 cortou para o meio e bateu. A bola saiu à esquerda de Villar, com muito perigo.
Dunga aproveitou para lançar Ramires na vaga de Elano, para tentar dar mais movimentação ao setor de meio-campo. O Paraguai manteve seu estilo de jogo e tentou buscar o empate do jeito que pôde. Apesar de se lançar à frente, o time visitante pouco conseguiu incomodar Julio César.
Ainda na base dos contra-ataques, o Brasil acabou por ser bem mais perigoso que o rival. Aos 26, Kaká deu uma arrancada de cinema. Depois de correr mais de 40 metros e de deixar três paraguaios para trás, o novo craque do Real Madrid foi parado com falta por Julio Cáceres. Na cobrança, Daniel Alves quase acertou o ângulo esquerdo de Villar.
Melhor no jogo, o Brasil seguiu criando algumas chances de ampliar. Aos 32, foi a vez de Pato (entrou na vaga de Nilmar) perder na pequena área, após linda jogada individual de Lúcio, que deu uma caneta em seu marcado antes de cruzar para a área.
Aos 36, foi a vez de Robinho entrar livre pelo lado esquerdo, driblar para o meio e perder o gol de forma incrível, chutando por cima.
No fim, o Brasil assegurou mais três pontos e deu um grande passo rumo à classificação para a Copa do Mundo de 2010.
Ficha técnica:
BRASIL 2 x 1 PARAGUAI | |
Julio César, Daniel Alves, Juan, Lúcio e Kleber; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano (Ramires) e Kaká. Robinho (Kleberson) e Nilmar (Pato). | Villar, Verón, Paulo da Silva, Julio Cáceres e Caniza; Bonet (Pedro Benítez), Victor Cáceres, Riveros e Ledesma (Aquino); Martínez (Dante López) e Cabañas. |
Técnico: Dunga. | Técnico: Gerardo Martino. |
Gols: Cabañas, aos 25, e Robinho, aos 40 minutos do primeiro tempo; Nilmar, aos 4 minutos do segundo tempo. | |
Cartões amarelos: Felipe Melo, Lúcio, Ramires (BRA) e Victor Cáceres (PAR). Cartão vermelho: -. | |
Estádio: Arruda, no Recife (PE). Data: 10/06/2009. Árbitro: Óscar Ruiz (COL). Auxiliares: Abraham González (COL) e Wilson Berrío (COL). | |
Renda: R$ 4.322.555,00. Público presente: 56.682 pessoas. Público pagante: 55.252 pessoas. |
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