Com a derrota, a seleção italiana fica com três pontos, empatada com o Egito e Estados Unidos. Mas os americanos, que venceram os egípicios, avançam porque fizeram mais gols na primeira fase. Assim, os Estados Unidos vão enfrentar a Espanha na semifinal, quarta-feira, em Bloemfontein.
Contra a Azzurra, a seleção mostrou que não sabe atacar apenas pelo lado direito. Dois gols nasceram pela esquerda e o time demonstrou mais equilíbrio entre os lados. Tanto que Robinho, no segundo tempo, trocou com Ramires e passou a jogar pela direita, confundindo os italianos.
Setor mais famoso da Itália, a defesa colaborou com o Brasil, que soube aproveitar as falhas dos italianos. Aos cinco, Cannavaro errou a saída de bola, Luís Fabiano ficou com ela e tocou para Ramires na área, que acertou a quina do travessão. Em seguida, foi a vez de Chiellini falhar em um cruzamento. Robinho dominou e rolou para Kaká bater em cima de um defensor. A pressão continou. O camisa 11 roubou outra bola pela direita e deu para o novo craque do Real Madrid, que achou Luís Fabiano na área. O Fabuloso, marcado por dois, ainda deu um toquinho na bola, mas Buffon salvou.
Dunga foi obrigado a mudar o time aos 23. Juan, atleta que mais reclamou de cansaço desde o início da concentração em 1o de junho, sentiu dores na coxa esquerda após um carrinho e foi substituído por Luisão. Três minutos depois, a Itália teve a principal chance: Camoranesi arriscou de fora da área e assustou Julio César, pelo alto.
O gol finalmente saiu aos 37. Um gol não, logo três em sequência: aos 37, 43 e 45. No primeiro, Maicon arriscou de longe, a bola foi fraca e ficou nos pés de Luis Fabiano, que virou sozinho na área e bateu sem chances para o goleiro italiano. Seis minutos depois, contra-ataque mortal brasileiro pela esquerda. Robinho arrancou, tocou para Kaká, que tentou devolver para o ex-santista na área, mas a bola passou direto e sobrou para o Fabuloso tocar e marcar o segundo: 2 a 0, o terceiro do atacante na Copa das Confederações, empatando com os espanhóis Fernando Torres e David Villa no topo da artilharia.
O contra-ataque continuou sendo a arma mais perigosa da seleção no segundo tempo. Com 3 a 0 no placar, a Itália começou querendo ir para cima do time de Dunga, mas de forma desordenada. Abriu espaços e viu os brasileiros arrancarem em velocidade. Principalmente Robinho, que não ficou preso só pela esquerda. Aos 10, arrancou pela direita e bateu forte, para fora.
Com medo de ser eliminada, a Azzurra passou a arriscar mais e Julio César começou a trabalhar. Aos 18, Rossi chutou de longe e o goleiro fez grande defesa. Dois minutos depois, Gilardino chutou com perigo, dentro da área, e o camisa 1 defendeu de novo. Mais um minuto, Pepe tabelou com Rossi e tentou de voleio, para o ex-flamenguista voltar a salvar o Brasil.
No contra-ataque, o time de Dunga deu a resposta. Robinho, deslocado para a direita, deu para Kaká no meio, que chutou de longe e a bola saiu perto da trave de Buffon. A Itália teve sua melhor chance de descontar aos 30: Julio César saiu da área para disputar uma bola com Gilardino, perdeu, mas o ataque italiano demorou a chutar e a zaga brasileiro afastou.
Ficha técnica:
BRASIL 3 x 0 ITÁLIA | |
Júlio César, Maicon, Lúcio, Juan (Luisão) e André Santos; Gilberto Silva (Kleberson), Felipe Melo, Ramires (Josué) e Kaká; Robinho e Luís Fabiano. | Buffon; Zambrotta, Cannavaro, Chiellini e Dossena; De Rossi, Montolivo (Pepe) e Pirlo; Camoranesi, Iaquinta (Rossi) e Toni (Gilardino). |
Técnico: Dunga. | Técnico: Marcello Lippi. |
Gols: Luis Fabiano, aos 37 e 43, e Dossena (gol contra) 45 minutos do primeiro tempo. | |
Cartões amarelos: Chiellini (Itália) Cartão vermelho: | |
Estádio: Loftus Versfeld, em Pretória (África do Sul). Data: 21/06/2009. Árbitro: Benito Archundía (MEX). Auxiliares: Marvin Torrentera (MEX) e Hector Vergara (CAN) |
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