A sensação do treino foi mesmo o público. Eles emendavam cânticos com uma coreografia contagiante. Das poucas palavras que se conseguia ouvir com clareza, os nomes de Kaká, Robinho e até mesmo da Fifa se repetiram na cantoria. Foram pelo menos 30 minutos de show, prolongado mesmo depois que os jogadores brasileiros já haviam deixado o campo.
Nos arredores do Seisa Ramabodu, centenas de torcedores sul-africanos não conseguiram o passaporte para entrar no estádio. Os ingressos para acompanhar o treino da Seleção Brasileira foram distribuídos de cortesia por uma empresa local. Mas os que não conseguiram entrar cantaram assim mesmo, fazendo coro aos que conseguiram entrar.
A manifestação dos sul-africanos de Bloemfontein também mexeu com os jogadores do time de Dunga. Sem atravessar a linha de fundo do campo, antes das placas de publicidade, eles agradeceram o carinho recebido. Perceberam que, assim como havia acontecido no Recife, o cidadão comum na África do Sul está do lado da Seleção Brasileira.
Apesar do clima de euforia visto ontem, a CBF optou por uma concentração afastada da cidade. Os jogadores estão no Bloem Spa Lodge, a três quilômetros de Bloemfontein - ali só entra quem for da delegação do Brasil. Além disso, os próximos treinos devem acontecer com portões fechados, para não atrapalhar a preparação para a disputa da Copa das Confederações - os brasileiros estreiam na segunda-feira, contra o Egito. De qualquer maneira, tirando um eventual confronto com os donos da casa, o Brasil já sabe que terá o apoio dos sul-africanos no torneio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário