Além de garantir uma inédita vaga na decisão do torneio contra o vencedor de Brasil e África do Sul, os EUA acabaram com uma invencibilidade de quase três anos da Fúria (35 jogos). A última derrota da equipe de Fernando Torres, Villa, Puyol e companhia foi há 933 dias, quando perdeu um amistoso para a Romênia (1 a 0) em 15 de novembro de 2006.
Com a mesma escalação que goleou a Nova Zelândia na estreia, a Espanha começou a partida em um ritmo completamente oposto ao da primeira partida na Copa das Confederações. Sem ter nada com isso, os Estados Unidos criaram a primeira boa chance da partida aos oito minutos. Da entrada da área, o meia Dempsey chutou rasteiro e abola tirou tinta da trave de Casillas.
A primeira investida da Fúria só veio aos 11 minutos. Após cruzamento de Fábregas, o artilheiro Fernando Torres chegou atrasado e acabou escorando para fora do gol.
Com o passar do tempo, a Espanha foi normalizando a partida, controlando as ações e passando a ter quase o dobro de posse de bola que o rival.
No entanto, em um contra-ataque sem muitas pretensões, foram os americanos que abriram o placar aos 27 minutos. Dempsey deu belo passe para Altidore que girou sobre Capdevilla e, na entrada da área, chutou fraco. Casillas, parecendo que esperava uma finalização mais forte, acabou falhando e permitiu a festa dos EUA.
Assustada, a Fúria quase sofreu o segundo gol aos 35 minutos. Após bola alçada, Dempsey cabeceou rente ao poste direito de Casillas.
Aos 44, Fernando Torres, em jogada individual por pouco não igualou o marcador obrigando o goleiro Howard, que defende o Everton-ING, fazer grande defesa com os pés.
Pressão da Fúria, raça americana
Os Estados Unidos, por sua vez, buscavam de todas as formas conter a pressão espanhola. Além de Howard, que quando não agarrava contava com a sorte (um chute de Sergio Ramos carimbou a trave aos 18 minutos), os zagueiros defendiam com uma energia impressionante, muitas vezes se atirando de encontro aos arremates adversários.
Abalados com o surpreendente segundo gol americano, os espanhóis tentaram buscar o empate, mas em vão. Como verdadeiros guerreiros, os atletas dos Estados Unidos seguraram o placar, mesmo com um jogador a menos (Bradley foi expulso aos 41 minutos) e se garantiram na final do próximo domingo em Joanesburgo.
Ficha técnica:
ESPANHA 0 x 2 EUA | |
Casillas; Sergio Ramos, Puyol, Piqué e Capdevila; Xabi Alonso, Xavi, Fabregas (Cazorla) e Riera (Mata); Torres e Villa. | Howard; Spector, Bocanegra, Onyewu, DeMerit; Dempsey, Bradley, Clark e Donovan; Davies (Feilhaber) e Altidore. |
Técnico: Vicente del Bosque. | Técnico: Bob Bradley. |
Gols: Altidore aos 27 minutos do primeiro tempo. Dempsey aos 29 minutos do segundo tempo. | |
Cartões amarelos: Altidore e Donovan (EUA); Capdevilla, Piqué (Espanha) Cartão vermelho: Bradley (EUA) | |
Estádio: Free Stadium, Bloemfontein (África do Sul). Data: 24/06/2009. Árbitro: Jorge Larrionda (URU). Auxiliares: Mauricio Espinosa (URU) e Pablo Fandino (URU). |
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