A versão que circulou na sala de imprensa foi a de que o técnico temia que, ao falar após o jogo, estaria caracterizado que ele dirigiu o time e, assim, passou por cima da suspensão. Levi Gomes inclusive tentou passar aos jornalistas que não falou com o treinador durante a partida, o que foi confirmado pelo presidente do clube, Silvio Guimarães, ao falar sobre o compostamento de Leão no camarote. "Eu fiquei assistindo ao jogo, tranquilo, enquanto Leão se comunicava com Levi".
O fato é que a ausência do treinador frustrou a todos. Afinal, foi Leão que decidiu que a equipe sairia do esquema 3-5-2, utilizado com freqüência por Nelsinho Batista, para o 4-4-2. O técnico comandou os treinamentos ao longo da semana, dirigiu o time em dois coletivos e, portanto, tinha autoridade para falar sobre o jogo. Sem o novo treinador, sobrou para o 'interino' Levi falar sobre a vitória rubronegra.
O técnico dos juniores só não deixou muito claro quem decidiu fazer com que o esquema da equipe saísse do 4-4-2, após a lesão de Igor, que atuava como volante, para retornar ao 3-5-2. Essa mudança foi apontada como principal fator para que o Sport conquistasse a virada sobre os cariocas.
"O esquema mudou devido ao esquema do Flamengo, que tinha dois atacantes enfiados. Eles não tinham um meia específico, mas volantes que saiam para o jogo. Sobrecarregou um pouco o Sandro (Goiano), mas Luciano Henrique e Fumagalli ajudaram bastante na marcação", explicou, sem revelar quem foi o responsável pela alteração no esquema.
A decisão sobre quem permanecerá à beira do gramado, enquanto Leão não resolver a sua situação com a Justiça Desportiva, não foi passada para a imprensa. Mesmo que não dirija mais a equipe, Levi sairá com o sentimento de dever cumprido. Ele diz que o seu principal trabalho não foi o de estabelecer um novo padrão tático para a equipe, mas o de recuperar a motivação dos atletas.
"Foi difícil. Por conta de todos os problemas que aconteceram. Minha importância, principalmente no jogo contra o Botafogo, foi conversar e fazer com que eles voltassem a se motivar. Mostrei para o Weldon que eu acreditava nele e naquele jogo ele fez gol, deu passe e teve uma participação efetiva. Contra o Flamengo, não tenha dúvida que ele foi especial. O grupo retomou a motivação e voltou a jogar com alegria", analisou.
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