Agora Assembléia Geral é quem definirá a construção ou não da Arena.
O projeto para a construção da nova arena do Sport deu o primeiro passo, mas para continuar vivo precisará da aprovação dos sócios do clube em dia que tenham pelo menos um ano no quadro associativo Rubro-negro e que são maiores de 18 anos. Os sócios enquadrados no perfil citado serão convocados para uma Assembléia Geral que deve acontecer em 07 de abril e aí vai ficar definido se a Arena Ilha do Retiro (Arena Rubro-negra) vai mesmo ser construída, o que deve acontecer. Sendo aprovado na assembléia, o projeto deverá ser apresentado de uma forma detalhada em um período de quatro meses e a previsão para o início das obras é para o próximo mês de dezembro (por isso a última partida na Ilha seria em novembro). Para as obras serem iniciadas o Leão também precisará quitar todas as suas dívidas tributárias e esse valor será disponibilizado pela Plurisports (através de seu investidor) e será proveniente de antecipações de valores de eventos como shows (com exceção da renda dos jogos no estádio, que será 100% do Sport).
Dentro desse projeto da arena está um parque aquático, quadras poliesportivas, de tênis, um shopping, um centro de convenções, um anfiteatro, torres comerciais e um hotel. Ainda poderá ser construído um museu. As obras estão orçadas em até R$ 500 mi. Como o subsolo da Ilha do Retiro não pode ser aproveitado, a arena (que se for aprovada deverá ter 174 mil metros) poderá ser construída sobre um estacionamento que terá vaga para 1.500 veículos. Essa arena seria construída e a participação do Sport no lucro dela (com exceção do estádio) seria de 7% nos primeiros 10 anos, 15% na segunda década e depois de 20 anos 30%.
Os 45 mil lugares da arena seriam divididos em 15 mil cadeiras especiais, 5,8 mil cadeiras cativas, 2,9 mil suítes e 1,44 mil camarotes, além de 19,8 cadeiras numeradas. O investidor da Plurisports será Engevix, empresa de engenharia consultiva que já tem 45 anos no mercado. Para acompanhar o andamento deste projeto o Sport contratou a empresa de consultoria Deloitte por R$ 40 mil. Esta mesma empresa continuará na segunda etapa do projeto.
Já o escritório de arquitetura escolhido pela Plurisports foi o americano DBB/Aedas, que tem sede em Nova York e unidade em São Paulo. A empresa possui projetos de destaque, como a reforma da biblioteca Pública de Nova York, as estações de metrô de Dubai e a reforma da Universidade Columbia. “Sabemos que temos arquitetos muito competentes aqui no Brasil, mas optamos pelo DBB/Aedas pois estamos precisando de agilidade e a experiência deles no setor de arenas multiuso pode ajudar muito neste sentido", explicou o presidente da Plurisports, Vladmir Rioli.
Lusoarenas
A empresa Lusoarenas também iria apresentar o seu projeto, mas sabendo que não atendia as exigências da Deloitte a empresa pediu um prazo maior para fazer ajustes no seu projeto. O pedido só aconteceu na quinta (17) e o Sport não aceitou a prorrogação. O projeto da Plurisports atendeu as exigências, as demandas, pelo menos foi o que achou o clube e a Deloitte.
Etapas
A reunião teve várias etapas. A primeira foi apresentação. Dela participaram o presidente executivo Rubro-negro, Gustavo Dubeux, além de representantes da Prurisports e a Delloit. Ex-presidentes do Sport também falaram. Depois o DBB/Aedas apresentou seu escritório, seguidos do projeto da Arena (foto) e de fotos de projetos do escritório.
Após questionamentos aconteceram debates e por último a votação. Antes dos debates a imprensa teve que deixar o auditório e isso chateou alguns conselheiros como Fernando Pessoa (ex-presidente do Leão), por isso ele se retirou. Apesar da chateação de Fernando pela saída da imprensa do auditório, o primeiro secretário da comissão pró-arena Adilson Castelo Branco afirmou que ela (a saída) é legal. “Isso acontece. Os conselheiros entendem que os problemas e as discussões internas têm que ser discutidas internamente. O estatuto dá lastro para esse tipo de atitude”, disse citando alguns artigos do estatuto leonino.
Discursos
A reunião contou com vários discursos, mas um dos discursos mais emocionantes foi o do vice-presidente do Conselho Deliberativo Rubro-negro, Luciano Bivar. Ele acabou o seu discurso aplaudido.
Nada de adiamento
Apesar de conselheiros como Homero Lacerda e Arlan Gadelha terem pedido o adiamento dessa reunião, isso não aconteceu. Eles queriam a formação de uma nova comissão pró-arena e mais informações sobre o projeto da Plurisports, além da apresentação da Lusoarenas (que não teve o seu pedido de prorrogação de projeto aceite). O adiamento só não aconteceu porque o conselho não atendeu aos dois companheiros, afinal, o projeto foi aprovado.
Aluguel
Se der tudo certo e a construção da arena for iniciada em dezembro, o Sport deve alugar um clube para poder atender aos seus sócios.
Pedro Jorge / Redação SportNet
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