Apelidado como o Cruel por marcar muitos gols nos adversários, ele também comentou sobre a fama de Cruel por supostamente ter um comportamento agressivo dentro e fora dos gramados. Ele foi questionado pelo fato de ter aplicado um soco em um diretor do Bahia, quando defendia o clube baiano, mas disse que esse fato não faz parte do seu perfil. “Falam muito do meu histórico no Bahia, mas faz um bom tempo que esse problema aconteceu e mudou a minha vida como pessoa e como atleta, dentro e fora de campo. Já faz tempo que isso aconteceu e não voltará a acontecer nunca mais. Venho mudando a minha mentalidade e comportamento. Dizem que sou indisciplinado dentro de campo, mas há oito ou nove meses que não levo um cartão sequer. Tenho certeza que vou fazer a torcida e a direção do Sport feliz”, afirmou.
O atacante vestiu a camisa nove do Sport na entrevista e vai vesti-la também dentro dos gramados. Ele falou sobre essa responsabilidade que terá pela frente, pois a pressão da torcida é grande e também sabe do fraco desempenho dos últimos que “camisas nove” do clube, até criando uma “maldição”. “Todo mundo fala sobre a pressão da camisa nove do Sport, mas o torcedor tem que entender que não sou Cristiano Ronaldo, Messi ou Neymar, atletas que fazem gol em todas as partidas. Gosto de pressão e espero marcar os meus gols aqui, me tornar ídolo do clube. Tenho certeza que os gols vão sair naturalmente”, disse e complementou: “Quando estou em campo luto muito e procuro sempre melhorar, pois nunca fico satisfeito com as minhas exibições. Sei o que é vestir uma camisa do peso do Sport, que tem uma torcida que cobra resultados. Espero me entrosar rapidamente com os meus companheiros e entrar no time para brigar por títulos”, comentou.
Jael ainda revelou os motivos que o fizeram acertar com o Sport. “Estou vindo para o Sport por causa da seriedade do projeto do clube. O Sport também é um clube grande, de referência no Nordeste, além disso, tem uma grande torcida. No Flamengo eu vinha desgastado desde o final do ano passado. Estava treinando bem, mas não tinha oportunidade. Depois que tive uma ótima pré-temporada e não voltei a ser aproveitado eu me frustrei”, disse e continuou: “Agora é esquecer o passado e pensar no Sport, que é o meu futuro. Se não joguei no Flamengo, fazer o que? O Flamengo é passado”.
O novo matador do Sport tem um Leão tatuado no braço esquerdo e foi apresentado no dia do aniversário de 24 anos do título brasileiro da Série A (de 1987) do clube pernambucano. Ele explicou a tatuagem e garantiu que está pronto para fazer a estreia com a camisa Rubro-negra quando estiver regularizado. “A tatuagem é em homenagem a Tribo de Judá, mas o Sport também é Leão. Sobre o meu condicionamento físico, eu estou bem. Joguei duas partidas este ano pelo Flamengo e estou pronto para jogar aqui quando a regularização sair”, contou e mandou um recado para os dirigentes do Sport. “Eu quero agradecer a todos que estiveram envolvidos em minha negociação, que estão depositando uma confiança muito grande em mim. Espero corresponder a altura”, garantiu.
Pedro Jorge / Redação SportNet
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