Em busca da receita para uma sequência positiva

O volante Rithely quer melhorar a qualidade dos passes. Foto: Guga Matos/JC Imagem.

As chances do Sport de permanecer na primeira divisão aumentaram com a vitória diante do Vasco. O rebaixamento que antes tinha 96% de chance de acontecer, agora apresenta uma probabilidade de 80%. A missão, contudo, continua muito difícil e exige dos jogadores a superação de todas as metas. Dos quatro jogos que tem pela frente, o Leão precisa vencer pelo menos três e empatar um, totalizando seis vitórias em oito partidas disputadas em sequência. Mas o que precisa ser repetido e o que deve ser corrigido para atingir essa meta histórica?

"Na reta final, é muito difícil alguém vencer essa quantidade de jogos. Para ser esse clube, o Sport vai precisar fazer algo diferente e foi o que a gente fez diante do Vasco. Acho que o diferente é o que fizemos contra o Vasco. Mudamos o esquema e nesse último jogo ficamos mais na marcação e saímos esporadicamente", defendeu o volante Tobi, capitão da equipe na ausência do goleiro Magrão.

Com o novo esquema de Sérgio Guedes, com três atacantes e Hugo como único meia, os volantes, que vinham atacando, mais foram orientados a só partir para o ataque quando a chance estivesse muito clara, focando mais na marcação. Essa orientação foi atendida por Rithely e Tobi, elogiados pelo técnico por sua disciplina tática.

Para o volante Rithely, o segredo está em acertar mais os passes. "No último jogo nós conseguimos manter uma boa posse de bola, mas ainda estamos errando muitos passes. Espero acertar mais no jogo contra o Figueirense", afirmou.

A situação crítica do próximo adversário - que tem 99% de chance de ser rebaixado, de acordo com o site especializado Chance de Gol - não tranquiliza os jogadores rubro-negros. "Matematicamente eles têm chance, por isso é um jogo em que a gente vai ter mais cautela. Vamos ter que nos impor, atacar o adversário como fizemos com o Vasco. Temos que ditar o ritmo da partida, porque estamos na zona de rebaixamento e pra sair dela a gente tem que partir para cima", defendeu Rithely.

Para isso, é importante ter opções táticas. "Sérgio Guedes tem feito vários treinamentos diferentes para nos dar opções durante o jogo. Nesse jogo contra o Vasco começou com dois apoiadores e depois entrou um terceiro apoiador. Ele escuta muito os jogadores", lembra o volante Tobi.

Já o zagueiro Aílson pontua peso do fator psicológico dos jogadores dentro de campo. "O nosso equilíbrio dentro de campo nos ajudou muito a manter a posse de bola e vencer o jogo contra o Vasco", defendeu o atleta, lembrando que na derrota por 4x1 para o São Paulo, a equipe não apresentou um bom equilíbrio dentro de campo.

A receita das vitórias vai sendo pesquisada e descoberta ao longo dos treinos e dentro de campo. Mas mesmo que consiga a seqüência positiva que espera, o Sport ainda precisa torcer elo tropeço alheio. O Bahia agora divide com a Portuguesa, ambos com 40 pontos, o posto de alvo do Leão. Mas independente de qual será a equipe a ser encarada como principal rival, o clima entre os jogadores é de confiança. "Qual vai sair eu não sei, mas que um vai sair pra a gente entrar, isso vai", garante o volante Rithelly.

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