segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Fluminense e Sport empatam na Ilha, e Leão fica perto da queda
Rodada é ruim para pernambucanos, que precisam vencer o Náutico na
última rodada para terem chance de escapar. Fred e Felipe Azevedo marcam.
Foi o apogeu da tensão, o cúmulo do drama para o Sport - e justamente
contra um adversário que é sinônimo de paz na reta final do Brasileirão.
O empate por 1 a 1 contra o campeão Fluminense, neste domingo, na Ilha
do Retiro, desesperou a torcida rubro-negra, que viu sua equipe passar
parte da tarde rebaixada. A rodada, de resultados paralelos muito ruins,
acabou não sendo fatal para o Leão, mas o deixou com o pé na cova. Já
os tricolores adiaram para a última rodada a chance de quebrar o recorde
de pontos na Série A desde que ela passou a ter 20 clubes.
Fred colocou o Fluminense na frente no primeiro tempo. Felipe Azevedo,
no último lance da etapa, empatou. O período final foi sobrenatural para
o Sport, com uma sequência de chances perdidas quase sobre a linha. Com
o empate, o Leão foi a 41 pontos. Para não ser rebaixado, precisa
vencer o Náutico nos Aflitos e torcer por uma derrota do Bahia para o
Atlético-GO, em Goiânia, ou da Portuguesa para a Ponte Preta no Canindé.
O Fluminense, por sua vez, foi a 77 pontos. O vencedor do Brasileirão
2012 se despede da competição contra o Vasco, também no domingo, no
Engenhão.
Sport quase cai, mas ainda tem chances de ficar na Série A (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
Tensão
Sport e Fluminense não poderiam ser mais opostos no decorrer do
primeiro tempo. O gramado da Ilha do Retiro reuniu a tranquilidade
absoluta e o desespero supremo - a calmaria de um campeão e a angústia
de um time ameaçado pelo rebaixamento. Já era assim antes de o jogo
começar. E ficou ainda pior para os pernambucanos no decorrer dele.
Por 48 minutos, deu tudo errado para o Leão. Três tragédias unidas: a
derrota parcial em casa, a vitória momentânea da Portuguesa sobre o
Inter no Beira-Rio e o empate do Bahia com o Náutico. A combinação de
resultados rendia uma matemática maldita para o Sport: durante boa parte
do primeiro tempo, ele esteve rebaixado.
O pânico do Sport era palpável. Os jogadores correram o tempo todo -
para lugar nenhum. No início, até tiveram alguma serenidade, trocaram
passes, assumiram o papel de verdadeiros interessados na partida.
Depois, nem isso. Até mais posse de bola o Fluminense teve: 51% contra
49%.
O campeão brasileiro de 2012 soube chegar ao ataque com a paciência que
o Sport jamais teve. A primeira chance do jogo foi de Wallace, em chute
cruzado, torto. A segunda foi de Fred, em cabeceio para fora. E a
terceira foi fatal.
Aconteceu aos 27 minutos, quando a torcida tricolor gritava “olé” na
casa do adversário. A bola ficou viva dentro da área depois de a zaga do
Sport bater cabeça. E acabou sobrando para Fred. Foi uma espécie de
cobrança de pênalti com a bola rolando. Frente a frente com o goleiro, o
artilheiro deslocou Saulo e colocou o Flu na frente.
O desespero invadiu a alma de time e torcida do Sport. Era o pior
pesadelo possível. Na marra, o Leão tinha que dar um jeito, tinha que ir
ao ataque. E foi. Hugo, jogador mais ativo dos mandantes, teve três
chances. E, incrível, todas teimaram em não resultar em gol: uma
conclusão foi cortada por Digão, outra foi por cima, outra foi afastada
por Thiago Neves quase sobre a linha.
A Ilha do Retiro pulsava de tensão. E entrou em convulsão aos 48
minutos do segundo tempo - mas de alegria. Gilberto desviou, e Felipe
Menezes arrancou pela direita, perseguido pela zaga. O chute cruzado
passou por Diego Cavalieri e encontrou a lateral da rede. Gol do Sport! O
Leão estava vivo...
Segue o drama
O segundo tempo manteve o drama do primeiro. Sérgio Guedes resolveu
mexer já no intervalo. Trocou atacante por atacante: saiu Gilberto,
entrou Henrique. Pouco depois, Hugo deu lugar a Willians.
O panorama foi mantido, com a consciência do Fluminense agindo como
contrapartida ao desespero do Sport. Os pernambucanos sabiam que tinham
que vencer, mas não alcançavam a fórmula para fazê-lo. Não por acaso,
foram os cariocas que mais ameaçaram. Rafael Sobis, com 12 minutos,
cabeceou à queima-roupa, e Saulo fez defesaça.
O Sport mais corria do que pensava, ainda mais abalado pelo segundo gol
da Portuguesa sobre o Inter e pelo gol do Bahia contra o Náutico, que
depois empataria. Fred, aos 28, chegou a fazer mais um para o
Fluminense, mas a arbitragem anulou, alegando impedimento.
Chegaram os 30 minutos, e o Sport finalmente conseguiu encaixar
jogadas. Mas perdeu gols inacreditáveis. Felipe Azevedo cabeceou firme e
parou em grande defesa de Diego Cavalieri. Willians, livre, de frente
para o gol, parou em Elivélton. Impressionante. E mais: Valencia, pouco
depois, também cortaria em cima da linha! Era de enlouquecer a torcida
rubro-negra.
O jogo ficou aberto ao extremo nos minutos finais, com o Fluminense
ameaçando nos contra-ataques. Um gol rebaixaria o Sport. Mas não
aconteceu. O Leão segue vivo - em situação dramática, mas vivo.
Por GLOBOESPORTE.
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