A duas rodadas do fim da Série A, Leão está a apenas um ponto de deixar a zona de rebaixamento.
Com a vitória deste domingo o Leão continua vivo na briga pela fuga da zona de rebaixamento
Ao ser informado do segundo gol da Portuguesa, no Canindé, ainda no
início do segundo tempo na Ilha, o técnico Sérgio Guedes olhou para o
banco rubro-negro e chamou Henrique. Depois de uma primeira etapa de
muita correria e poucas chances criadas, a reação de Guedes, imediata,
pareceu um recado: a partir daquele instante, era tudo ou nada. Foi
tudo. Em campo, o time do Sport entendeu o sinal de fumaça. Numa noite
em que Seedorf foi mero espectador, o Sport cresceu na luta contra o
rebaixamento. Gilberto e Henrique marcaram os gols da vitória por 2 a 0
sobre o Botafogo. Com o empate da Portuguesa em 2 a 2 com o Grêmio, o
Sport agora está a apenas um ponto de deixar a degola. Na próxima
rodada, o adversário é o já campeão Fluminense, novamente na Ilha. A
Portuguesa encara o Internacional, no Beira-Rio. Além dos dois, Bahia,
Náutico e Coritiba ainda correm risco.
Jogo -
Mesmo antes da entrada de Henrique, o Leão já começava a chegar com mais
força ao ataque. Aos 6 minutos, Jeferson foi obrigado a fazer uma
grande defesa na falta cobrada por Reinado. Três minutos depois,
Reinaldo lançou em profundidade na direção de Gilberto. O camisa 9
partiu em velocidade e, da entrada da área, bateu por cima do gol de
Jeferson. Após assimilar os gols da Portuguesa, àquela altura já eram
dois, a torcida rubro-negra sentiu o bom momento do Leão. Empurrado
pela energia que vinha das arquibancadas, o Sport se lançou ainda mais à
frente.
Aos
10, Gilberto cabeceu com perigo bola levantada por Cicinho da direita.
Parecia maduro o primeiro rubro-negro. Dois minutos depois, brilhou a
estrela de Sérgio Guedes. Num belo passe, Felipe Azevedo abriu o caminho
do ataque leonino. Henrique, em alta velocidade, saiu cara a cara com
Jeferson. Poderia ter chutado em gol. Poderia ter virado herói. Poderia
ter chutado em cima do goleiro. Ou pra fora. Na iminência de se tornar
herói ou vilão, preferiu ser genesoro. Esqueceu de si. Pensou no time.
Na torcida. Prudente, serviu Gilberto. Sem goleiro, sem marcador, o
companheiro só teve trabalho de empurrar a bola para o fundo da rede.
Gol. Alívio. Festa.
Por um instante, o rubro-negro
esqueceu completamente do Canindé. Àquela altura, com o Sport na frente
do placar, nem mesmo uma vitória da Lusa seria capaz de frear a
empolgação na Ilha do Retiro. Mas, apesar de ser noite, o céu ainda iria
clarear para o torcedor do Sport. Três momentos definem a sequência da
felicidade. O primeiro gol do Grêmio, o segundo gol do Grêmio, e, por
fim, o segundo gol do Leão, já aos 43 minutos. Adivinha de quem. Após
grande jogada de Felipe Menezes, Henrique apareceu oportunista para
incendiar de vez uma Ilha do Retiro em chamas. Como nos velhos tempos.
Sport 2
Saulo;
Cicinho, Ailson, Diego Ivo e Reinaldo; Tobi, Moacir e Hugo; Felipe
Azevedo (Felipe Menezes), Gilsinho (Henrique) e Gilberto (Williams).
Técnico: Sérgio Guedes.
Botafogo 0
Jefferson;
Lucas, Antônio Carlos, Dória e Márcio Azevedo (Elkeson); Gabriel,
Renato (Fellype Gabriel), Seedorf, Andrezinho e Lodeiro (Vitor Júnior);
Bruno Mendes. Técnico: Oswaldo de Oliveira
Local: Ilha do Retiro
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (Fifa/MG)
Assistentes: Roberto Braatz (PR) e Fabiano da Silva Ramires (ES)
Gols: Gilberto (aos 16 do 2º T) e Henrique (aos 43 do 2º T)
Cartões amarelo: Cicinho (S) e Antônio Carlos (B)
Público: 25.126
Renda: R$ 223.500,00.
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