Do lado do Vila Nova, a correria imperava. Como o Sport também não marca muito próximo, os garotos do Tigre tinham espaço para evoluir mas corriam demais e jogavam efetivamente de menos. Aos dez minutos, Wellington Saci fez boa jogada e chutou forte, rasteiro. Willians, completamente impedido, completou para o gol, acertadamente anulado.
Após essa jogada, o jogo caiu vertiginosamente em seu nível técnico. Os dois times pareciam competir quem errava mais. O Sport até mostrava mais posse de bola, mas sem fazer nada de útil. A equipe limitava-se às jogadas de bola parada com Marcelinho. Aos 21 ele bateu de longe e Luís Cetin espalmou.
A essa altura, o Leão já perdera o atacante Roberson. Numa dividida, ele levou a pior e deu lugar a Bruno Mineiro. O sistema de criação do Sport estava tão falho que o recém-ingresso só apareceu após os 30 minutos, num chute fraco, para fora; e numa cabeçada em cima do goleiro. A bola parada voltou a ser perigosa aos 35. Marcelinho bateu falta, a bola quicou e bateu no travessão. E nesse tipo de jogar é que o Sport pressionou o oponente. Marcelinho Paraíba bateu falta aos 38 e o goleiro defendeu.
Depois de uma hibernação, o Vila apareceu com muita contundência. Dois minutos depois, Diego Henrique cruzou para Leandro Cearense, pela segunda vez, aparecer com liberdade no meio da defesa pernambucana. Ele completou e a bola quase escapa das mãos de Magrão, que segurou em cima da linha.
O dilúvio que desabou em Goiânia durante quase todo primeiro tempo cobrou seu preço no segundo. O gramado do Serra Dourada estava completamente encharcado, o que dificultou bastante trocas de passes entre os dois times. O jogo ficou num perde-ganha, com mais passes errados do que na primeira etapa e a bola parando nas poças de lama.
As tentativas resumiam-se a chutões para a área. Antes dos 15 minutos, o técnico Mazola Júnior encerrara o ciclo de substituições. Mizael e Júnior Viçosa entraram nos lugares de Willians e Renato, respectivamente. Thiaguinho foi deslocado do meio para a lateral.
No meio dos estouros, faltas e escanteios, o Sport abriu o placar a muito custo. Aos 27, Marcelinho bateu escanteio e Bruno Mineiro cabeceou para baixo. A bola passou entre as pernas do até então intransponível Luís Cetine e sequer chegou a beijar as redes. O gol foi tão chorado que a bola sequer tocou as redes.
Daí em diante o jogo ficou limitado aos jogadores do Sport darem chutões para frente e os do Vila Nova tentando de qualquer forma chegar ao empate. Com exceção de Júnior Viçosa e Magrão, todos os outros jogadores do Sport viraram zagueiros.
Ficha do jogo:
Vila Nova: Luís Cetin; Victor Ferraz, Túlio, Gabriel e Paulo Régis (John Lennon); Thiago Irineu, Geovane, Romário (Antônio Carlos) e Diego Henrique; Leandro Cearense e Ricardinho (Felipe da Maia). Técnico: Roberto Cavalo.
Sport: Magrão; Renato, Tobi, Gabriel e Wellington Saci; Rithely, Robston, Thiaguinho e Marcelinho Paraíba; Willians (Misael) e Roberson (Bruno Mineiro). Técnico: Mazola Júnior.
Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia. Árbitro: Héber Roberto Lopes (Fifa/PR). Assistentes: José Amilton Pontarolo e José Carlos Dias Passos (PR). Gols: Bruno Mineiro, aos 27 do segundo tempo. Cartões amarelos: Paulo Régis, Antônio Carlos, Leandro Cearense, Thhiago Irineu, Romário e Marcelinho Paraíba.
Nenhum comentário:
Postar um comentário