"Não há proposta que me tire do Sport"
São 99 jogos pelo Sport. Soma que pode ser convertida em dias, em títulos, em história. Na próxima quarta-feira, contra a LDU, Nelsinho Batista comandará o Leão pela centésima vez. Neste domingo ele completa 504 dias no clube. Período em que se tornou bicampeão pernambucano, campeão da Copa do Brasil e conduziu o time às oitavas-de-final da Libertadores. Período em que se tornou rubro-negro. Nesta entrevista ao repórter Marcel Tito, do Diario, o treinador fala sobre o seu primeiro dia no clube, o 100º jogo, os planos para a competição continental e garante: não há proposta que o tire da Ilha do Retiro atualmente.
Mesmo para um treinador experiente, é especial atingir a marca de 100 jogos?
É muito especial. Porque não é apenas o fato de chegar aos 100 jogos. Tem o aproveitamento, as conquistas, o tricampeonato e o tetracampeonato, a Copa do Brasil# A gente fica satisfeito de estar fazendo parte da história do Sport.
Nesse período, seu nome chegou a ser especulado em vários clubes do país. Recentemente, oGrêmio demonstrou interesse e você recusou sem sequer ouvir a proposta financeira. Isso deixou os torcedores orgulhosos. O que levou Nelsinho a tal atitude?
Quando você sai de um lugar, é porque muitas coisas não estão bem, você sente que não vai ganhar, não vai acontecer nada. Não é o caso. Não havia motivo para sair. Conversei com Mauro Galvão (diretor do Grêmio) e disse a ele que não havia possibilidade de sair. Gosto daqui, sinto que eu vou ganhar aqui.
Existe hoje alguma proposta capaz de tirar Nelsinho Batista do Sport?
Não. Porque este é o momento que a gente está sentindo que pode ganhar. Não vamos ganhar tudo. Mas existem as vitórias fora de campo. Eu acho que a gente está batalhando por isso também.
Na sua apresentação no Sport, você foi bastante questionado por causa do rebaixamento com o Corinthians. Naquele momento imaginava o que poderia conquistar no Sport?
Confesso que era um profissional abatido quando cheguei. Sabia que a cobrança seria muito grande. Lembro que conversei com o pessoal da comissão técnica, principalmente os que vieram comigo. Disse a eles: 'nós temos que ganhar o Campeonato Pernambucano. É uma maneira da gente ir ganhando a confiança de todos aqui dentro.' Deixamos tudo de lado e nos preocupamos em ganhar o tricampeonato. Tudo que foi necessário, nós fizemos. Não tinha dia, não tinha hora.
Você sempre fala que o Sport entra nas competições para vencer. Foi assim na Copa do Brasil e pouca gente acreditou no início. A história se repete na Libertadores?
Não posso falar que vou ser campeão. O que eu digo é que os dois primeiros objetivos do Sport neste ano eram o tetracampeonato e a classificação para as oitavas-de-final. Conseguimos os dois. Agora vem a batalha de 180 minutos e tudo pode acontecer. Você tem que estar muito bem, tem que se preparar muito bem para esses 180 minutos.
O adversário pode ser o Deportivo Cuenca, do Equador. Caso se confirme, é possível que o Sport fique no Equador, até para se "acostumar" à altitude?
Se for de Cuenca mesmo, é para se estudar. Você tem que colocar na balança os custos, o desgaste da viagem#
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