José Joaquim comenta as declarações do ex-árbitro Adriano Siebra

Por José Joaquim

O Campeonato estadual se avizinha, e um dos maiores problemas que a competição vem enfrentando nos últimos anos está relacionado a arbitragem, principalmente a falta de preparação adequada para que os jogos sejam dirigidos de maneira uniforme e competente.

Ainda há pouco, o Blog do Torcedor, do JC, publicou uma matéria com o ex-árbitro pernambucano Adriano Siebra, que criticou duramente os procedimentos que são adotados em nosso estado, no tocante à preparação de nossos árbitros.

As afirmações de Siebra são totalmente verdadeiras e fundamentadas, desde que não existe um respaldo àqueles que têm uma responsabilidade enorme de atuarem nos diversos jogos, e por uma falta de orientação, de uma linha de trabalho, poderão incorrer em erros, afetando inclusive os resultados das partidas.

Afirma o ex-arbitro que, na primeira reunião do ano, o Presidente da entidade já ameaça com a vinda de árbitros de fora, o que também é a pura verdade, deixando a arbitragem insegura e, mais grave, sem ter um comando de nível, que possa lhe dar o devido respaldo.

O comando da arbitragem tem que ser um exemplo de seriedade, de honestidade, de organização, de educação, de princípios, que formam o somatório de um bom lider, e que a sua presença seja respeitada quando na orientação aos seus comandados, dando, assim, um suporte legal, um anteparo para as suas atuações.

Por outro lado, as declarações de que os sorteios são dirigidos, isto infelizmente acontece em todo o Brasil, onde o Estatuto do Torcedor não é respeitado, e fazem ¨sorteios¨ direcionados, onde todos já sabem quem são aqueles que irão apitar os seus jogos. Pernambuco não é exceção e sim todo o país, inclusive na CBF, que deu o passo inicial para o descumprimento da Lei.

Sentimos a ausência de Sindicatos fortes, com total independência para participar positivamente na representação dos seus filiados, privando-os muitas vezes de passarem por constrangimentos ilegais e descabidos, que diminuem e descaracterizam as suas profissões.

A única solução para melhorar a arbitragem nacional será a criação de um órgão nacional, com ramificações estaduais, que tomarão as rédeas do comando desse setor, sem influências externas, que tanto o tem prejudicado, e independente das entidades de administração do desporto.

Damos um testemunho pessoal, Pernambuco tem bons árbitros, são honestos, mas falta-lhes um bom preparo.

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