Jogador do Al Gharafa passa férias no Recife
Aos 36 anos, Juninho tem mais seis meses de contrato para cumprir pelo Gharafa. Em 2009, assinou por dois anos com a equipe do Catar após oito temporadas no Lyon, da França. Desde que deixou o futebol francês, o jogador vem sendo o sonho de consumo de muitos clubes, mas dois, em especial, se destacam, pelo significado que têm na carreira dele: Sport, que o revelou, e Vasco, onde fez história conquistando títulos importantes.
Por outro lado, a aposentadoria também se mostrou como uma possibilidade. Na verdade, a ideia ainda passa pela cabeça de Juninho. Mas futuro, neste momento, é algo que o jogador não quer pensar. Ou pelo menos evita falar. As especulações são muitas. A volta para o Vasco é sempre noticiada pela imprensa carioca. Para o torcedor do Sport, seria um sonho vê-lo encerrar a carreira com a camisa rubro-negra.
"Sinceramente, não sei o que vou fazer quando o meu contrato acabar. Nem quero pensar nisso agora. Até o meio do ano (2011), vou me concentrar no Gharafa. Também não vou mais determinar uma data para parar", afirmou Juninho. "A única coisa certa é o que vou fazer depois de parar. Já falei isso outras vezes. Quero continuar no futebol, em outra função."
Fala rápida, mas bem explicada, o sotaque que nunca o deixou. Durante a conversa com o Superesportes, Juninho deu a entender que busca o sossego, o que no mundo do futebol é complicado. Mas foi algo que ele encontrou no futebol do Catar. Mora numa cidade com nível de primeiro mundo, não precisa concentrar ou viajar, treina apenas um período, embora forte, e sempre após os jogos volta para casa.
Bem diferente do que encontraria no Brasil. Sobre uma possível volta, Juninho se mostra um pouco temeroso com certos pontos. Como o físico, por exemplo. Ele ressalta que o futebol brasileiro, há algum tempo, vem deixando de ser técnico para ser mais físico. Além disso, há também a questão da adaptação e ele lembra de jogadores (sem citar nomes) que voltaram ao País e tiveram dificuldade com isso, não conseguindo render o esperado.
"Me preocupa o ritmo, as viagens, concentração, cobrança, que acho normal e não temo. Precisa também de adaptação. Estou há dez anos longe do Brasil e o futebol mudou muito aqui. Seria muito legal (voltar), mas acho melhor deixar uma imagem boa para o torcedor", contou Juninho.
Alexandre Barbosa - Diario de Pernambuco
Nenhum comentário:
Postar um comentário