Rithely comemora o primeiro gol do Sport (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press).
Leão reage na Ilha do Retiro, ultrapassa o Palmeiras e fica a três pontos do Coritiba, primeira equipe fora da zona de rebaixamento.
O futebol não foi dos mais empolgantes, mas sobrou disposição em campo.
Foi assim que o Sport derrotou o Cruzeiro por 2 a 1, de virada, na
noite deste domingo, e ganhou novo ânimo na luta para deixar a zona de
rebaixamento. Wallyson abriu o placar para os mineiros, mas Rithely e
Gilberto, que saiu do banco de reservas, asseguraram o triunfo
rubro-negro. Embalado pela torcida que transformou a Ilha do Retiro num
caldeirão, o Leão complicou a vida da Raposa, que perdeu o segundo jogo
consecutivo e desperdiçou a chance de se aproximar do G-4.
A partida também foi marcada pelos gols anulados. No primeiro tempo, a
arbitragem assinalou dois impedimentos, um para cada lado. Para
desespero dos torcedores do Leão, a marcação no gol de Edcarlos foi
equivocada. Já na finalização de Wellington Paulista, o auxiliar
acertou, uma vez que o atacante celeste estava realmente adiantado.
Com o resultado, o Sport chegou aos 22 pontos, na 17ª posição na tabela
de classificação. O Cruzeiro permanece estacionado na oitava colocação,
com 34 pontos, cinco a menos que o Vasco, quarto colocado.
Na próxima rodada, quarta-feira, o Cruzeiro enfrenta o vice-lanterna
Figueirense às 19h30m (de Brasília), na Ressacada, em Florianópolis. O
Sport recebe o Bahia, na Ilha do Retiro, às 20h30m.
Um gol pra cada time; um invalidado pra cada lado.
Empurrado pela torcida, o Sport começou em cima do Cruzeiro. A
investida pernambucana era em cruzamentos na área, mas a maioria parava
nas mãos de Fábio. O Cruzeiro entrou fechado e apostava nos
contra-ataques. Aos oito minutos, a aposta deu certo. O zagueiro Diego
Ivo falhou na saída de bola, e Wellington Paulista fez boa enfiada para
Wallyson marcar: 1 a 0 para os visitantes.
A desvantagem fez o Leão atacar ainda mais. Embora pouco organizado, o
Rubro-Negro acuou a Raposa e levou perigo duas vezes, em cobranças de
escanteio pela esquerda. Quando só os donos da casa atacavam, o
adversário encaixou outro contra-ataque e somente não ampliou porque
Saulo fez grande defesa.
A insistência do anfitrião nas bolas cruzadas na área quase deu certo.
Aos 27, Edcarlos marcou de cabeça, mas o árbitro errou ao assinalar
impedimento. Dois minutos depois, Willian Rocha deu magistral lançamento
para Rithely, que com um toque de cabeça encobriu o goleiro celeste e
empatou o jogo.
Aos 31, foi a vez de a Raposa ter um gol anulado. Everton saiu na cara
do goleiro e tocou para Wellington Paulista empurrar para o fundo do
gol. Acertadamente, não valeu. O time mineiro até que se abriu após o
empate, mas foram do Sport as melhores chances, como no chute cruzado de
Edcarlos, já nos minutos finais. Fábio fez boa defesa e garantiu o
empate no primeiro tempo.
Virada rubro-negra na raça
O Rubro-Negro voltou melhor para o segundo tempo e pressionou. Antes
dos cinco primeiros minutos, o time da casa já havia tido duas boas
chances de gol, após bolas mal rebatidas pelo goleiro Fábio. A pressão
pernambucana era enorme. A zaga celeste batia cabeça, e a bola só ficava
nos pés dos jogadores do Sport.
Os dois times voltaram do intervalo sem alterações, mas, antes dos dez
minutos Celso Roth já havia feito duas mudanças. Diego Renan e Lucas
Silva foram para o jogo nos lugares de Rafael Donato e Tinga,
respectivamente. Waldemar Lemos também mexeu na equipe logo no começo. E
se deu bem. Em sua primeira participação, Gilberto arrancou e tabelou
com Rithely, que devolveu com belo passe de letra para o companheiro
entrar na área e tocar na saída de Fábio, aos 16: 2 a 1.
Os pernambucanos reduziram o ritmo e permitiram que os mineiros
crescessem na partida. Com a desvantagem, a Raposa precisou correr atrás
do placar e acabou expondo o quanto o time estava mal. Bem marcado, o
meia Montillo, que voltava após lesão, estava pouco inspirado, como a
maioria dos colegas. Vitória justa do Sport, na empolgação e na vontade.
Por Tarcísio Badaró
Recife - GLOBOESPORTE.
Nenhum comentário:
Postar um comentário