O Santos ensaiou uma pressão logo no primeiro minuto sem deixar o Sport ultrapassar a linha divisória do gramado. Mas só ensaiou. Na primeira vez que invadiu o campo defensivo do Peixe, o time da casa conseguiu seu gol. Moacir ganhou o escanteio e Cicinho cobrou. Felipe Azevedo pegou o rebote e serviu Cicinho. Ele cruzou novamente. a bola atravessou a pequena área sem ninguém afastar e Hugo cabeceou para baixo. Rafael falhou e viu a bola entrar em seu gol aos três minutos.
Apesar de abrir o placar tão cedo o time da Ilha não era superior ao adversário. A estratégia leonina era marcar do meio de campo para trás. Para isso, os dois atacantes - Felipe Azevedo e Gilsinho marcavam as laterais esquerda e direita, respectivamente, com o meia Hugo centralizado, ocupando o lugar que seria de um centroavante.
Com isso, o Santos conseguia trocar passes com liberdade até o círculo central. A partir daí encontravam uma primeira linha de marcação formada por até cinco jogadores. O Peixe tinha dificuldade para acertar o passe final. Tanto que Magrão não precisou de nenhuma defesa difícil para contribuir com a vitória parcial.
Foi dessa forma que o jogo se arrastou pela maior parte da etapa inicial: o Santos com bem mais posse de bola e o Sport se defendendo com competência. Até que uma escapada deu o segundo gol aos pernambucanos. Hugo rolou para Felipe Azevedo. Ele deu um corte em Bruno Rodrigo e chutou. A bola desviou em Bruno Peres e foi no ângulo direito de Rafael aos 37 minutos.
O Santos sentiu o impacto do segundo gol e diminuiu seu ritmo e o Sport tocou a bola esperando o primeiro tempo acabar.
O time da Vila Belmiro voltou para o segundo tempo com uma alteração ousada. Muricy tirou o lateral Juan para entrar com o atacante Victor Andrade. Gerson Magrão foi deslocado para o lado esquerdo. E foi por esse lado que os visitantes diminuíram o placar.
Durval mandou um chutão e Gerson Magrão dominou antes de cruzar no segundo pau. A bola dava a impressão que iria sair, mas André chegou em tempo de cabecear quase encostado no segundo pau e diminuir o placar. Apesar do gol, o Sport não mudou seu padrão: manteve todo time atrás da linha da bola e apertando a marcação no campo defensivo.
O problema dos rubro-negros era na hora de sair para o jogo. Quando recuperavam a posse da bola não haviam opções para ligar o contra-ataque. O jeito era partir para o chutão. Esse panorama ficou ainda mais claro aos 13 minutos quando Edcarlos tomou o segundo cartão amarelo e foi expulso.
Waldemar Lemos ensaiou acionar Bruno Aguiar. O jogador chegou a ficar à beira do gramado mas o treinador suspendeu a alteração e Tobi recuou para jogar ao lado de Diego Ivo. Onze minutos depois, o treinador mudou de ideia novamente e tirou o atacante Gilsinho para colocar Bruno.
Mas a ordem para o recém-ingresso na partida era reforçar a marcação pelo lado direito, setor onde o Santos vinha incomodando. E deu certo. O Sport se defendeu com seus nove jogadores de linha postados à frente da zaga, abafou as investidas do adversário e não o deixou finalizar para o gol de Magrão.
Numa rara investida, o Sport conseguiu sua primeira finalização aos 41 minutos. Bruno Aguiar sofreu falta na lateral e ele mesmo foi para a cobrança. Soltou uma bomba que explodiu no travessão e saiu. O Santos tentou uma blitz nos minutos finais mas não conseguiu o objetivo.
Ficha do jogo:
Sport: Magrão, Cicinho, Diego Ivo, Edcarlos e Renê; Tóbi, Rithely (Naldinho), Moacir e Hugo; Gilsinho (Bruno Aguiar) e Felipe Azevedo. Técnico: Waldemar Lemos.
Santos: Bruno Peres, Bruno Rodrigo, Durval e Juan (Victor Andrade); Adriano, Arouca, Gerson Magrão (Bill) e Felipe Anderson; Patito Rodriguez e Victor Andrade. Técnico: Muricy Ramalho.
Local: Ilha do Retiro, Recife. Árbitro: Francisco Carlos Nascimento. Assistentes: Lilian da Silva Fernandes e Rodrigo Henrique Corrêa. Gols: Hugo, aos três; Felipe Azevedo, aos 37 do primeiro tempo. André, aos seis do segundo. Cartões amarelos: Rithely, Edcarlos, Naldinho, André e Juan. Público: 22.167, expectadores.
Do NE10
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