Rithlelly e Gilsinho marcaram para os visitantes na primeira etapa. No segundo tempo, na tática do abafa, Cassiano descontou, e Leandro Damião decretou o empate. O centroavante ainda perdeu chance incrível de marcar mais um, mas abusou do preciosismo.
Na saída de campo, os colorados se mostraram chateados com o empate, mesmo com a reação. Com o resultado, o time gaúcho ficou na sétima posição, com 37 pontos – a seis do G-4. No próximo domingo, recebe o Bahia, em casa.
- Infelizmente o resultado não foi justo, pois no segundo tempo, somente nós continuamos atacando. Agora é pensar no Bahia, adversário difícil, mas temos que mostrar que aqui dentro do Beira Rio quem manda é o Inter – avaliou o lateral Edson Ratinho.
Na zona 17ª colocação, o Sport fica em situação cada vez mais preocupante, com 24 pontos. O sentimento entre os pernambucanos foi de derrota, ainda mais pela atuação de gala da primeira etapa.
- Pela circunstância, o ponto não foi muito bom. Tivemos vacilos, eu ainda tive a oportunidade de fazer o gol também, mas não fiz. Agora é bola para frente – comentou Edcarlos.
Aproveitando um início desequilibrado dos donos da casa, o Sport saiu em blitz ao ataque, tentando surpreender o Inter. Logo aos dois minutos, Renê recebeu lançamento entre Guiñazu e Rodrigo Dourado e bateu cruzado, rasteiro. Muriel se lançou no gramado, espichou o braço e conseguiu evitar o gol.
Passados oito minutos, o Inter se ajustou, voltou a acertar os passes e criou a chance cristalina de abrir o placar. Na verdade, o gol somente não saiu graças a uma decisão errada de Leandro Damião. Ao aproveitar um erro de passe defensivo, Diego Forlán entrou na área e rolou para o camisa 9 ter visão frontal da meta adversária, sem marcação. Talvez por preciosismo, o centroavante optou então por um chute de letra, sem força, e o goleiro Saulo defendeu sem grandes dificuldades. Momento digno de "Inacreditável Futebol Clube".
O lance desperdiçado parecia ter acordado o Inter, que seguia a frente, tomando as ações da partida. Aos 11 minutos, Edson Ratinho disparou da intermediária e exigiu grande intervenção de Saulo, desviando com a ponta dos dedos pela linha de fundo. Na cobrança de escanteio, Índio desviou de cabeça para fora.
Só que o fôlego colorado acabou rapidamente, e o Sport passou a atuar como se estivesse na Ilha do Retiro. Aos 19, Rithlelly colocou Muriel para trabalhar, arriscando de fora da área.
O Leão era melhor em campo e conseguiu mexer no placar aos 35. Absolutamente sem marcação, Rithlelly recebeu bola na área e chutou rasteiro, na saída de Muriel, fácil, fácil.
Se as coisas já não iam bem para os donos na casa, com nervos abatidos pelo gol sofrido, só pioraram. Atônitos, os colorados não esboçavam reação. E o segundo gol veio ao natural, com Gilsinho. Aos 41, Moacir aplicou meia-lua em Zé Mário e cruzou na área. Entre dois zagueiros, o atacante se lançou no gramado e desviou no cantinho direito de Muriel, que só pôde observar.
O saldo só não foi maior na primeira etapa porque Edcarlos errou a mira. O zagueiro também ficou na cara de Muriel, aos 43, e tocou por cobertura, pela linha de fundo.
Ao apito final do primeiro tempo, a pequena torcida presente no Beira-Rio vaiou muito os donos da casa. Para a volta do intervalo, o técnico Fernandão pediu mudança de postura e deixou a equipe mais ofensiva ao sacar o volante estreante Rodrigo Dourado, oriundo das categorias de base, para a entrada do atacante Cassiano.
Reação no segundo tempo
A mudança de atitude solicitada por Fernandão veio no segundo tempo. O Inter se lançou no ataque, ainda que sem muita organização, apostando simplesmente em uma das mais antigas táticas do futebol: o abafa. Já o Sport valorizava o resultado, saindo somente nos contragolpes.
Aos 15, o Inter quase descontou na base da técnica. Em cobrança de falta frontal, D’Alessandro caprichou na batida, mas a bola passou raspando o poste direito. Se não foi na técnica, o jeito foi apostar na força. Até que aos 17, Damião surgiu como ponteiro direito e fez cruzamento preciso. Moledo desviou, e Saulo salvou a primeira vez, mas não na segunda, quando Cassiano pegou o rebote.
Preocupado com o crescimento do Inter, Waldemar Lemos colocou Willian Rocha na vaga de Gilsinho, para supervisionar Cassiano, autor do gol. Já Fernandão tirava Forlán para tentar juventude com Lucas Lima.
O panorama seguia inalterado: o Inter atacava com praticamente todos em campo, enquanto o Sport privilegiava a marcação. O gol de empate foi o símbolo do segundo tempo. Aos 30, o zagueiro Rodrigo Moledo avançou pela ponta direita e fez cruzamento para Damião, agora sim posicionado como centroavante, desviar para as redes e se redimir do gol perdido.
O jogo seguiu aberto até o fim. Se Damião teve chance de ampliar de cabeça, o Sport assustou ao rondar a área colorada, quase sem defensores. Nos acréscimos, Índio teve oportunidade derradeira de marcar, mas desviou de cabeça para fora. E o placar não voltou a se mover.
Do Globoesporte.com
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