A torcida apoiou quando o talento do jovem atacante começou aparecer: marcando gols, ele ficou famoso da noite para o dia e fez a “Ciromania” pegar no Recife, com direito a histeria de fãs por onde passava. Ciro chegou a vestir a camisa da Seleção brasileira sub-20 e defendeu o País no mundial.
O ano que prometia tantas conquistas acabou em frustração. Alguns clubes, inclusive do exterior, demonstraram interesse em Ciro, mas não houve acerto com nenhum deles. No Campeonato Brasileiro, o tão badalado atacante não conseguiu nem segurar uma vaga no time titular do Sport. Assim, a relação com a torcida esfriou. “Ele apagou, não está jogando o futebol que jogava”, resume o estudante Williams da Paz.
Ciro percebeu que o sucesso repentino pode ter um preço alto. “Foi tudo muito rápido e a gente tem que estar preparado. A cobrança foi ficando cada vez maior, foi crescendo cada vez mais. A pressão aumentando e todos esperando mais e mais a cada jogo, gols e mais gols. O que atrapalhou mesmo foi porque eles queriam sempre mais, mais e mais”, desabafa.
E o resultado veio ao contrário: menos gols. O atacante, que marcou 14 vezes no Campeonato Pernambucano e uma vez na Libertadores, não fez nenhum gol no Brasileiro e atuou em apenas 15 jogos na competição.
Neste domingo, em que estará no banco mais uma vez, o jovem atacante prefere não lamentar. Para quem brilhou tão cedo, Ciro acredita que é hora de esperar. “Vamos levantar a cabeça. Coisas melhores virão pela frente”, defende.
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