Leão não consegue vencer equipes que estão com a “corda no pescoço”
O empate em 0x0 do Sport com o Vila Nova pelo Campeonato Brasileiro da Série B não foi apenas decepcionante pelo fato do clube pernambucano acumular mais um fracasso numa competição em que o seu objetivo é terminar entre os primeiros, mas também porque “ajudou” o Leão a consolidar uma triste e incômoda tradição: a de não se dar bem contra lanternas ou equipes ameaçadas pelo rebaixamento.Nas campanhas da atual década, o Sport não deu muitas alegrias aos seus torcedores quando os adversários eram esses times com risco de cair de divisão. Fizemos um levantamento sobre o assunto, que pode ser conferido abaixo.
Vamos começar pela Segunda Divisão de 2002, certame que o Sport foi um dos melhores times. Na 21º rodada da competição o clube pernambucano perdeu para o já rebaixado XV de Piracicaba, em Piracicaba, interior de São Paulo, por 1x0. A equipe paulista caiu de divisão na 25ª posição com apenas 19 pontos ganhos.
Em 2003 aconteceu outro vexame para uma agremiação que estava mal das pernas. Desta vez o vexame aconteceu na 10° rodada da Segundona e o algoz da vez foi o União São João, em Araras, interior de São Paulo. Já lanterna na época (posição que concluiu o campeonato) o time paulista derrotou os Rubro-negros pelo placar de 3x2.
Já 2005, ano do centenário do Sport, foi um ano difícil pelas bandas da Praça da Bandeira em todos os sentidos. O clube não conseguiu conquistar nenhum título e a marca negativa de não vencer equipes com a “corda no pescoço” dos Leões ainda persistiu em algumas ocasiões. No Campeonato Pernambucano, na última rodada da competição, a agremiação da Ilha do Retiro (sem chances de título) precisava vencer o lanterna Manchete para ir à Copa do Brasil do ano seguinte, mas acabou empatando em 0x0. O jogo aconteceu no estádio Ademir Cunha em Paulista e o resultado acabou custando o emprego do até então técnico Rubro-negro, Adílson Batista. De acordo com informações de bastidores, naquele jogo os atletas fizeram uma “panelinha” para derrubar o treinador. A “panela” teria sido comandada pelo volante Cleison. Já pela Série B do mesmo ano a sina foi mantida num duelo contra o lanterna da época, o Criciúma. O time leonino ainda tinha chances de classificação para a 2ª Fase da competição, mas acabou a desperdiçando ao perder para a equipe catarinense por 1x0 e em plena Ilha. O resultado não evitou a queda do Criciúma para a Série C.
2006 foi um ano bom para o Leão. O clube conquistou o estadual e conseguiu o acesso à Série A (sendo vice-campeão), mesmo assim nas rodadas finais do Campeonato Brasileiro da Série B, a equipe Rubro-negra somou duas vergonhas históricas, contra Guarani e Portuguesa, respectivamente, por isso não brigou pelo título do certame. O primeiro até antes da partida contra o Sport estava na última posição e venceu por 2x0, em Campinas, São Paulo, mas apesar disso não evitou o descenso. Já o segundo escapou do rebaixamento na Ilha do Retiro quando venceu por 3x2 numa partida que os mandantes tocavam a bola tranquilamente nos últimos minutos da partida, ao invés de estarem correndo para pelo menos conseguir um empate, o que foi muito estranho.
No ano de 2007 o Sport voltou a disputar a Série A, mesmo assim a “desonra” continuou. Neste ano ela foi iniciada no Campeonato Pernambucano. Quando já era bicampeão e estava invicto na competição, o Leão foi derrotado para o Santa Cruz (que andava muito mal das pernas) na última rodada da competição. Já no Brasileirão foi a vez do América-RN ser a “pedra na chuteira do Sport”. O time potiguar (que no ano citado fez a pior campanha da história dos pontos corridos na 1° Divisão) concluiu o certame invicto contra o clube da Ilha do Retiro ao arrancar dois empates (2x2 em Recife e 1x1 em Natal). Também não podemos esquecer que no Brasileirão de 2007 os Leões não terminaram na zona de classificação para a Copa Sul-Americana porque na última rodada não conseguiram vencer o já rebaixado Juventude, que jogou com o time de juniores (apenas três profissionais).
Já na Primeira Divisão de 2008 uma atuação brilhante do atacante Ciro, em sua estreia como profissional, fez o Leão evitar mais uma vergonha em seus domínios, pois o Sport venceu o lanterna Ipatinga por 3x1 no 1º Turno do certame. Porém a triste e incômoda tradição insistiu em continuar existindo e no 2º Turno os Rubro-negros perderam por 3x0 para o Ipatinga no Ipatingão, um resultado considerado ridículo pela imprensa e pelos torcedores leoninos, pois o time mineiro perdeu para quase todos na competição e a concluíram na lanterna.
Outros resultados desonrosos na atual década:
2000 – Ano que o Sport montou um excelente time e foi pentacampeão pernambucano, vice-campeão da Copa dos Campeões e quinto colocado na Copa João Havelange. Mesmo assim o clube levou a pior para um adversário de menor expressão. Isso aconteceu na copa do Brasil do respectivo ano, quando o Leão foi eliminado para o América de Natal em plena Ilha do Retiro. Na ocasião o Sport venceu o jogo de ida em Natal por 1x0 e perdeu por 1x0 em casa, por isso acabou perdendo a vaga nos pênaltis.
2001 – Neste ano o Sport não conseguiu conquistar o hexacampeonato estadual e ainda caiu para a Série B. No Campeonato Pernambucano o Leão praticamente deu adeus ao sonho do título ao empatar com a AGA na Ilha do Retiro por 2x2 depois de estar vencendo por 2x0. O time de Garanhuns ainda podia ter virado o placar, mas desperdiçou um pênalti aos 46 minutos do segundo tempo. Neste mesmo ano o clube Rubro-negro foi eliminado na Copa do Brasil para uma agremiação da Série C: o Flamengo do Piauí em plena Ilha.
2004 – O Sport foi eliminado da Copa do Brasil de 2004 pelo Americano do Rio de Janeiro. O Leão perdeu o primeiro jogo no Rio por 2x1 e no segundo, na Ilha do Retiro, só empatou em 0x0.
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