Hamilton está prestes a atingir a marca de 150 jogos pelo Sport

Volante está em sua terceira passagem pelo Leão, time no qual já jogou em 2006 e 2009.

Sério, fechado, cara de mau, vencedor, quieto e raçudo. Adjetivos de uma personalidade introspectiva, que definem bem o volante e ídolo do Sport Hamilton. Domingo, contra o Petrolina, ele está prestes a completar 150 jogos vestindo a camisa rubro-negra. O sergipano, naturalizado togolês (até já atuou pela Seleção de Togo), só perde para Magrão, que tem 365 partidas.

- Essa é uma marca muito importante para mim e para o clube. Por onde passei sempre me doei e me entreguei à camisa que defendo - disse Hamilton, que está na sua terceira passagem pelo Sport (2006, 2009 e desde 2011).

De poucas palavras, Hamilton não é muito de dar entrevista. Mal fala e passa sempre de cara fechada. 

Na coletiva de imprensa, apesar da experiência dos seus 31 anos, o volante teve dificuldade em responder as perguntas, como se fosse um novato.

 

Hamilton é considerado o Lampião do Sport
(Foto: Aldo Carneiro)

 

- Esse é meu jeito. Brinco pouco, procuro focar no trabalho, fazer as coisas certas. Eu só tenho a ganhar com isso, pela minha sinceridade e seriedade - frisou, com poucos sorrisos no rosto.

Sua seriedade também é vista dentro do grupo. Apelidado de Lampião pelo técnico Mazola Júnior, seu jeito fechado faz com que nem todos jogadores tenham a liberdade de o chamar pelo codinome.

- Hamilton é um cara extremamente sério, não é muito de brincar. Mazola o chama de Lampião, mas nem todo mundo se atreve. Dá medo - brincou o goleiro Magrão.

Esse é meu jeito. Brinco pouco, procuro focar no trabalho, fazer as coisas certas. Eu só tenho a ganhar com isso, pela minha sinceridade e seriedade"

Hamilton

O treinador tem Hamilton como um dos pilares do time para 2012, repetindo a parceria do ano passado, quando a equipe conseguiu o acesso para a Série A do Brasileiro.

- É um jogador que todo mundo quer ter em seu time. Com ele não tem ai ai, dodói. Nunca me pediu para ficar de fora de alguma partida. Tem mantindo um alto nivel de atuações e é um atleta que todo treinador queria - elogiou Mazola Júnior

Bem ao estilo volante destruidor, como o italiano Gattuso, Hamilton se espelha em outro marcador casca grossa, o ex-capitão da seleção brasileira, Dunga. E apesar de não serem apontados como craques, ele discorda sobre a linha de pensamento que defende que esse tipo de atleta não tem habilidade para jogar.

- Não concordo, cada um tem a sua função. Tem os jogadores habilidosos que avançam para o ataque, mas cada um tem que fazer o que o professor pede - afirmou Hamilton.

 

Por Lula Moraes Recife - GLOBOESPORTE