O ditado popular "a melhor defesa é o ataque" sempre caiu como uma luva para definir a postura da seleção brasileira nas Copas do Mundo. Porém, em 2010, na África do Sul, com Juan e Lúcio no setor, a definição mais apropriada seria "o melhor ataque é a defesa". Os números da dupla comprovam o bom desempenho quando atuam juntos com a camisa amarelinha. Em 49 jogos com os dois em campo, o Brasil sofreu apenas 28 gols (média de 0,57) e obteve 34 vitórias, dez empates e cinco derrotas.
A Copa de 2010 será a segunda dos dois jogadores como titulares do Brasil. Anteriormente, eles defenderam a seleção brasileira em 2006. Ao lado do apoiador Zé Roberto, atualmente no Hamburgo, Juan e Lúcio escaparam das críticas da imprensa após o fracasso na Alemanha. Naquela ocasição, o Brasil foi derrotado pela França por 1 a 0, com um gol de Henry.
- Agora, em 2010, a confiança é grande pelo grupo que nós temos, por tudo o que fizemos nos últimos anos. Em 2006, nós éramos favoritos principalmente pelo que viviam os jogadores do meio para frente. Sempre que o Brasil foi muito favorito em uma Copa do Mundo, as coisas não deram certo. Espero que dessa vez as coisas sejam diferentes - afirmou Juan.
A parceria começou em 2001, na vitória por 2 a 0 sobre o Chile, pelas eliminatórias da Copa de 2002, na Coreia do Sul e no Japão. Mesmo com o bom desempenho, Juan foi preterido da lista de convocados do técnico Luiz Felipe Scolari. Lúcio permaneceu no grupo e foi campeão atuando ao lado de Anderson Polga e Edmilson.
A dupla só voltou a se encontrar em junho de 2003, já sob o comando de Carlos Alberto Parreira. Os dois formaram a zaga da seleção brasileira na vitória sobre a Nigéria por 3 a 0. A partir daí, a parceria começou a se fortalecer até chegar ao Mundial da Alemanha. A eliminação precoce para a França, em 2006, não prejudicou o aproveitamento dos dois jogadores na Era Dunga.
Com o atual treinador, os números só melhoraram e a defesa se tornou o principal trunfo da seleção brasileira. Juntos, Lúcio e Juan conquistaram a Copa América, na Venezuela, em 2007, e a Copa das Confederações, na África do Sul, no ano passado. Resta saber se o bom rendimento da dupla continuará surtindo efeito na terra de Mandela a partir da próxima terça-feira, contra a Coreia do Norte, no Ellis Park.
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