Ofensiva, com trocas de passes envolventes e objetiva, a seleção de Vicente del Bosque não desperdiçou as oportunidades que teve para matar o jogo, ao contrário da partida contra os suíços. Sem Iniesta, sentindo dores na coxa direita, o treinador apostou em Fernando Torres e Navas (no lugar de David Silva) no ataque junto com David Villa, que fez um golaço e foi eleito pela Fifa o melhor em campo.
O resultado deixou a Fúria em segundo lugar da chave, com três pontos (tem saldo de um gol, contra zero dos suíços). O Chile lidera com seis, enquanto Honduras tem zero. Na próxima sexta-feira (às 15h30m de Brasília), a Espanha pega o Chile em Pretória. Para ficar com o primeiro lugar, tem que vencer os chilenos pela mesma diferença de gols que a Suíça fizer em Honduras. Caso os suíços tropecem, um 1 a 0 serve para Villa e cia.
Trio ofensivo leva Espanha à frente
Com três atacantes - Navas aberto pela direita, Villa pela esquerda e Fernando Torres no meio -, a Fúria dominou o primeiro tempo, teve um pênalti não marcado, acertou uma bola no travessão, fez um golaço e impediu que Honduras acertasse uma bola sequer na direção do gol de Casillas.
Alvo de críticas, namorada de Casillas, Sara Carbonero, trabalha de novo atrás do gol
Logo aos três minutos, Fernando Torres tentou dar um chapéu em Izaguirre, que cortou com a mão dentro da área, mas o árbitro japonês Yuichi Nishimura não deu o pênalti. Um minuto depois, a Fúria apresentou a jogada que mais daria certo na partida: lançamento na esquerda para Villa, dessa vez executado por Xabi Alonso. O camisa 7 cruzou, e Fernando Torres furou.
O gol começou a amadurecer e quase pintou aos sei minutos. Xabi Alonso deu belo passe para Villa, que dominou e arriscou de fora da área, acertando o travessão. Em dez minutos, pressão total da Espanha, que ainda perdeu um gol de cabeça com Sergio Ramos, por cima. Aos 13, Xabi Alonso virou novamente o jogo bem para Villa na esquerda. O novo jogador do Barcelona driblou Mendoza, puxou para dentro e bateu cruzado, mas pegou mal, e a bola saiu.
Honduras ainda chegou a ameaçar uma reação, aproximando-se de Casillas por três vezes, mas o dia era de David Villa. O time de Vicente del Bosque viu que a jogada pela esquerda dava certo e apostou mais uma vez: aos 16 minutos, o camisa 7 recebeu lançamento longo, dominou, deu um drible desconcertante em Mendoza e Amado Guevara ao mesmo tempo, entrou na área, passou por Chavez e bateu sem defesa para Valladares. Golaço. O primeiro da Fúria na Copa: 1 a 0.
Villa comemora com Torres seu segundo gol na partida contra Honduras
Com futebol solto e sempre para frente, a Espanha não dava chances para Honduras. Bolas longas para David Suazo eram facilmente dominadas pela zaga. No meio-campo, Busquets e Xabi Alonso controlavam a partida e distribuíam os passes, com Xavi sendo perigo sempre nas cobranças de faltas e jogadas rápidas com os atacantes. Substituto de David Silva, Navas foi também uma boa opção pela direita, fazendo tabelas com Sergio Ramos.
De volta ao time, Fernando Torres era a referência no ataque. Mas demonstrou ainda estar sem ritmo de jogo e perdeu duas boas chances aos 32, uma de cabeça (após quicar, a bola foi por cima) e com chute para fora, dentro da área. O camisa 9 ainda reclamou de pênalti aos 43, quando caiu após dividida com Mendoza.
Logo no primeiro contra-ataque da segunda etapa, a Espanha matou a partida. Xavi arrancou pelo meio aos cinco minutos e deu a bola na direita para Navas, que achou Villa sozinho na entrada da área. Ele dominou e contou com desvio em Figueroa no chute, encobrindo o goleiro Valladares: 2 a 0.
O terceiro quase saiu logo um minuto depois. Sergio Ramos deu uma de atacante, invadiu a zaga pelo meio e chutou, mas a bola saiu raspando a trave direita. A melhor chance para ampliar, porém, veio aos 15: Navas foi derrubado na área por Izaguirre. Pênalti marcado. Villa se preparou para fazer seu terceiro gol no jogo, mas bateu para fora, à esquerda da meta. E desperdiçou, assim, a chance de empatar com o argentino Higuaín na artilharia do Mundial.
Logo em seguida, Del Bosque tirou Xavi para a entrada de Fábregas, o que fez o volume das vuvuzelas chegar ao máximo no Ellis Park. O craque do Arsenal tentou retribuir o carinho da torcida logo em seu primeiro lance: recebeu lançamento, entrou na área, driblou o goleiro e tocou, mas Figueroa salvou quase em cima da linha.
O treinador espanhol ainda fez duas substituições, trocando Fernando Torres - que teve atuação apagada - e Sergio Ramos por Mata e Arbeloa. Sem o mesmo ímpeto ofensivo, a Fúria tocou bola confortavelmente no meio-campo nos últimos 15 minutos e ainda teve outra boa chance de marcar. Villa recebeu passe de Navas, mas foi travado na hora do chute, com um carrinho de Mendoza.
Ficha técnica:
Casillas, Sergio Ramos (Arbeloa), Puyol, Piqué e Capdevila; Busquets, Xabi Alonso, Jesús Navas e Xavi (Fabregas); Torres (Mata) e Villa. | Valladares, Mendoza, Chávez, Figueroa e Izaguirre; Palacios, Guevarra, Turcios (Nuñez), Martinez e Espinoza (Welcome); Suazo (Jerry Palacios). |
Técnico: Vicente del Bosque. | Técnico: Reinaldo Rueda. |
Gols: Villa, aos 16 minutos do primeiro tempo e aos cinco minutos do segundo tempo | |
Cartões amarelos: Turcios, Izaguirre (Honduras) | |
Estádio: Ellis Park (Joanesburgo). Data: 21/06/2010. Árbitro: Yuichi Nishimura (JAP). Assistentes: Toru Sagara e Jeong Hae Sang (COR). Público: 54.386 |
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