O único craque presente no Peter Mokaba esteve do lado de fora. Zinedine Zidane, francês descendente de argelinos, assistiu ao jogo das tribunas. O astro viu a seleção africana ficar em situação delicada no grupo, em último lugar, com três pontos. A Eslovênia, lidera, com três, seguida por Inglaterra e Estados Unidos (um ponto), que empataram no sábado por 1 a 1.
Estádio não lota
Dos 41.911 lugares do estádio, apenas 30.325 foram ocupados, em sua maioria por torcedores da Argélia, país que não disputava uma Copa desde 1986. Para a Eslovênia, é o segundo Mundial (jogou também em 2002) e a vitória deste domingo foi a primeira da história do país.
Na tribuna, Zidane, francês descendente de argelinos, assiste à vitória eslovena
As duas equipes entraram em campo com postura muito cautelosa. Ambas optaram por escalar laterais que não avançavam e congestionaram o meio com cinco atletas cada. No ataque, de fato, apenas um homem: Djebbour, pelos argelinos, e Novakovic, pelos eslovenos.
O primeiro tempo foi equilibrado e de poucas emoções. Lances de perigo, apenas três. A Argélia foi responsável por dois deles, sempre de bola parada. Primeiro, Belhadj bateu falta com perigo e obrigou Handanovic a espalmar para escanteio. Depois, em escanteio batido por Ziani, Halliche apareceu livre na área, mas cabeceou para fora.
Trombada: lance comum no jogo
A Eslovênia só deu o ar da graça aos 42 minutos. Birsa recebeu bola na intermediária e soltou a bomba de canhota. O goleiro Chaouchi fez boa defesa.
No início da etapa final, os dois treinadores mexeram no setor ofensivo. Na Eslovênia, o meia-atacante Dedic deu lugar a Ljubijankic, jogador que normalmente seria titular, mas que está recém-recuperado de lesão. Já na Argélia, Djebbour saiu para a entrada de Ghezzal.
As mexidas, entretanto, pouco adiantaram. O jogo seguiu em seu ritmo lento, embolado pelo meio. Chances de gol? Poucas, ou quase nenhuma. Na base do chuveirinho, a Argélia buscou o atacante Ghezzal, que mostrou pouca habilidade no cabeceio.
Dois cartões bobos, e adeus
Para completar a incompetência técnica na partida, Ghezzal foi expulso 15 minutos depois de entrar em campo. O atacante levou o amarelo por conta de um carrinho logo que pisou o gramado. Depois, foi advertido pela segunda vez por tentar dominar uma bola com o braço.
Ghezzal estica o braço para dominar a bola: atacante argelino foi expulso após o lance
Com um a mais, a Eslovênia se animou minimamente para buscar o ataque e, com uma ajudinha do goleiro argelino, conseguiu o gol da vitória. Aos 36 minutos, o capitão Koren bateu de fora da área, sem muita força. Chaouchi tentou encaixar e acabou vendo a bola morrer no fundo da rede. Foi o bastante para assegurar os três pontos.
Chaouchi tenta encaixar e deixa a bola passar ao lado do corpo
Na segunda rodada, a Eslovênia encara os Estados Unidos, em Joanesburgo, enquanto os argelinos medem forças com a Inglaterra, na Cidade do Cabo. As duas partidas acontecem na próxima sexta-feira.
Chaouchi, Yahia, Bougherra, Halliche e Belhadj; Lacen, Ziani, Yebda, Kadir (Guedioura) e Matmour (Saifi); Djebbour (Ghezzal). | Samir Handanovic, Brecko, Suler, Cesar e Jokic; Koren, Radosavljevic (Komac), Kirm, Birsa (Pecnik) e Dedic (Ljubijankic); Novakovic. |
Técnico: Rabah Saadane. | Técnico: Matjaz Kek. |
Gol: Koren, aos 36 minutos do segundo tempo. | |
Cartões amarelos: Yebda, Ghezzal (AGL) e Radosavljevic (ESL). Cartão vermelho: Ghezzal (AGL). | |
Estádio: Peter Mokaba, Polokwane (AFS). Data: 13/06/2010. Árbitro: Carlos Batres (GUA). Assistentes: Leonel Leal (CRC) e Carlos Pastrana (HON). |
Nenhum comentário:
Postar um comentário