A definição dos classificados no Grupo F ocorre na quinta-feira. O Paraguai enfrenta a Nova Zelândia em Polokwane. A Eslováquia, com apenas um ponto, encara a Itália em Joanesburgo. Os dois jogos começam às 11h (de Brasília).
Depois do bom resultado na estreia (1 a 1 com a Itália), o Paraguai foi a campo com uma formação mais ofensiva. O treinador Gerardo Martino decidiu escalar Roque Santa Cruz no lugar de Torres, formando um trio de atacantes (junto com Barrios e Valdez).
E foi exatamente Santa Cruz que teve a primeira grande chance da partida. Com três minutos de jogo, o experiente atacante de 28 anos recebeu na entrada da área e mandou para o gol. A bola desviou em Skrtel e exigiu que o goleiro Mucha voasse para espalmá-la no canto esquerdo.
O treinador Vladimir Weiss, após o decepcionante empate com a Nova Zelândia (1 a 1), também mexeu no time, realizando três alterações: as entradas de Pekarik, Kozak e Salata nos lugares de Cech, Zabavnik e Jendrisek, respectivamente. Mas as mudanças não geraram um melhora no desempenho do time, que apresentava grandes dificuldades de passar do meio-campo, com um alto índice de passes errados (38% na metade inicial da etapa). E sem conseguir dar um chute a gol sequer nos primeiros 35 minutos.
E em um erro na saída de bola, a Eslováquia quase sofreu o primeiro gol aos 18 minutos. Riveros recebeu na meia-lua e chutou forte. Mucha defendeu no centro da meta, com dificuldade. O arqueiro voltou a levar um susto aos 22, quando Barrios deu belo passe de calcanhar para Valdez, recebeu de volta e mandou a bola rente ao travessão.
E o gol que estava maduro saiu aos 28. Após cobrança de lateral pelo Paraguai, Skrtel rebateu mal. A bola sobrou para Lucas Barrios, que deu lindo passe para Vera. A bola passou por entre as pernas de Salata e chegou ao meio-campista, que apesar de marcado por dois adversários, teve rapidez para concluir de pé direito, com categoria, longe do alcance de Mucha.
O gol serviu para acordar os eslovacos. Se continuaram errando muitos passes, a equipe europeia pelo menos passar a demonstrar mais disposição. E conseguiu o primeiro arremate ao gol aos 37, quando, após cobrança de escanteio, Salata subiu mais que os marcadores, mas cabeceou por cima. Mas no minuto seguinte, por muito pouco a Eslováquia não sofreu o segundo. E em uma nova falha na saída de bola. Kozak perdeu a redonda perto da entrada da área para Valdez. O atacante foi desarmado, mas a bola sobrou para Santa Cruz, que invadiu a área e chutou forte. Mucha salvou com o pé direito. A vantagem de um gol na etapa inicial foi até pequena para o time guarani pelo domínio em campo (oito conclusões a gol contra apenas uma do adversário).
Apesar da atuação decepcionante do time, Vladimir Weiss decidiu não mexer na formação para a segunda etapa. A equipe voltou a campo mais ligada, mas o maior problema continuou: o problema para deixar o campo de defesa. Consciente da dificuldade do rival, os paraguaios marcavam a saída de bola, complicando ainda mais a vida dos eslovacos.
Com a vantagem, o Paraguai veio para segundo tempo sem o mesmo ímpeto da etapa inicial, aguardando uma chance de partir no contra-ataque. A Eslováquia passou a ter mais posse de bola e passou a apelar para bolas áreas, lance que originou o gol da equipe diante da Nova Zelândia.
Mas a dificuldade técnica da equipe ficou evidente. Hamsik, artilheiro do Napoli na temporada e principal responsável pela armação de jogadas da Eslováquia, teveram atuação apagada. E foi o Paraguai que esteve mais perto de balançar a rede. Santa Cruz escapou pela esquerda aos 27 e cruzou. Na marca do pênalti, Vera cabeceou e mandou a bola rente à trave direita. Já no momento em que o treinador paraguaio já havia deixado claro que queria manter o resultado, após tirar uma atacante (Valdez) e escalar um volante (Torres).
Na Eslováquia, o treinador finalmente decidiu reforçar o sistema ofensivo aos 38 minutos, colocando o atacante Sotch no lugar do zagueiro Salata. Mas a mudança não melhorou em nada o desempenho do time, um dos piores do Mundial até aqui.
E o sonho eslovaco de chegar às oitavas de final na primeira Copa que disputa como país independente ficou ainda mais difícil aos 41 minutos. Da Silva e Cardozo atrapalharam um ao outro na área adversária, mas a bola chegou até Riveros, que chutou bem, sem defesa para Mucha, marcando o segundo gol paraguaio.
A Eslováquia ainda teve uma oportunidade de diminuir nos acréscimos, quando Vittek chutou forte, e o goleiro Villar espalmou. Mas apresentou muito pouco para uma representante do forte futebol europeu no Mundial. Que agora terá que bater a atual campeã Itália se quiser ficar no Mundial. Já o Paraguai provou que é uma força ascendente no futebol sul-americano, ficando em excelente condição até para ser o primeiro da chave e evitar um indesejado duelo nas oitavas contra a Holanda.
Villar, Bonet, Da Silva, Alcaraz e Morel; Caceres, Vera e Riveros; Valdez (Torres), Santa Cruz e Barrios (Cardozo). | Mucha, Pekarik, Skrtel, Salata (Stoch) e Durica; Streba, Hamsik, Kozak e Weiss; Sestak (Holosko) e Vitek. |
Técnico: Gerardo Martino. | Técnico: Vladimir Weiss. |
Gol: Vera, aos 28 minutos do primeiro tempo, e Riveros, aos 41 do segundo. | |
Cartões amarelos: Durica, Sestak, Weiss (ESL) e Vera (PAR). | |
Estádio: Free State, Bloemfontein (AFS). Data: 20/06/2010. Árbitro: Eddy Maillet (Ilhas Seychelles). Assistentes: Evarist Menkopuande (Camarões) e Bechir Hassani (Tunísia) |
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