O primeiro tempo do Clássico das Multidões foi do Sport. O time rubro-negro teve o domínio do jogo, conseguiu criar as melhores chances de gols desde o início e poderia até ter construído um placar mais elástico se não fosse os erros nas finalizações. Mas a equipe leonina conseguiu abrir o placar através do zagueiro Bruno Aguiar. O Santa Cruz foi uma equipe mais previnida, não se lançou ao ataque, apostou nos contra-ataques, mas errou demais no setor ofensivo, não oferecendo tanto perigo ao goleiro Magrão.
Nos primeiros dez minutos o Sport não deu brechas ao adversário. O time leonino sufocou e criou várias chances claras de gols. Mas pecou justamente nas finalizações. Jheimy, Jael e Marcelinho Paraíba poderiam ter aberto o placar se não fossem a falta de pontaria ou as boas intervenções de Tiago Cardoso. O camisa 1 do Tricolo fez, pelo menos, duas defesas importantes.
O Santa Cruz optou por um futebol mais burocrático. Ficou nitidamente fechado na marcação, esperando os avanços do Sport para tentar contragolpear. O problema foi que, no meio de campo, só havia Luciano Henrique com a função de levar o time ao ataque. O meia esteve pouco inspirado. Na frente, Carlinhos Bala e Flávio Recife praticamente não chutaram a gol.
Depois dos 30 minutos, o Sport voltou a ser um time mais impetuoso. A equipe rubro-negra valorizou mais a posse de bola e variou mais às jogadas pelas laterais. Aos 38 minutos, numa cobrança de falta, Marcelinho Paraíba obrigou Tiago Cardoso a fazer grande defesa. Na cobrança de escanteio, Bruno Aguiar desviou para as redes, abrindo o placar. No último lance do primeiro tempo, Jael, sozinho dentro da área, chutou e Tiago Cardoso defendeu com o pé.
No segundo tempo da partida, o Santa Cruz melhorou seu posicionamento dentro de campo e o clássico melhorou bastante. O técnico Zé Teodoro acionou Branquinho e Natan nos lugares de Leandro Souza e Carlinhos Bala. O time coral ficou mais organizado em campo. No entanto, logo aos seis minutos, o time sofreu mais um gol. Marcelinho Paraíba cobrou falta com perfeição e Bruno Aguiar, de cabeça, desviou para as redes.
O gol poderia ter esfriado as pretensões do Santa Cruz. Mas não foi isso o que aconteceu. A equipe coral mostrou um futebol mais consciente, tocando bem a bola e buscando o ataque. Renatinho teve mais liberdade para ir à frente e Natan deu mais ofensividade ao Santa Cruz. O bom futebol do time comandado pelo técnico Zé Teodoro foi premiado com um gol aos 17 minutos. Renatinho cobrou bem a falta e Magrão fez grande defesa. No rebote, Branquinho cruzou para Flávio Recife mandar para as redes.
O Santa Cruz tomou gosto no jogo e foi para cima. Já o Sport optou por reforçar a marcação, tentando os contra-ataques. No entanto, o Tricolor estava bem postado, sendo uma equipe mais perigosa. Por diversas vezes o Santa esteve rondando a área do Leão. Faltou o arremate mais preciso. Num dos lances, Branquinho passou para Jéferson Maranhã, que livre da entrada da grande área chutou para fora. Depois, Branquinho faz uma bela jogada individual, mas se atrapalhou com Flávio Recife e o Santa Cruz perdeu boa chance. No final, o Leão poderia ter ampliado o placar com Ruan. O atacante, que havia entrado no lugar de Jheyme, ficou de cara para Tiago Cardoso, mas chutou para fora.
Ficha do jogo
Sport
Magrão; Moacir, Bruno Aguiar, Edcarlos e Tobi; Moacir, Hamilton, Marquinhos Paraná (Diogo), Marcelinho Paraíba e Renê; Jheimy (Ruan) e Jael(Milton Júnior). Técnico: Mazola Júnior.
Santa Cruz
Tiago Cardoso; Vágner, Leandro Souza (Flávio Recife) e William Alves; Diogo, Memo, Sandro Manoel, Luciano Henrique e Renatinho; Carlinhos Bala (Natan) e Flávio Recife. Técnico: Zé Teodoro.
Local: Ilha do Retiro. Horário: 16h. Árbitro: Neílson Santos.Assistentes: Albert Júnior e Elan Vieira. Gol: Bruno Aguiar, aos 38 minutos do primeiro tempo e aos 6 do segundo tempo. Flávio Recife, aos 17 minutos do segundo tempo. Cartões amarelos: Leandro Souza, Flávio Recife, Marquinhos Paraná, Bruno Aguiar e Jael. Público: 20.008. Renda: R$ 169.240,00.
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