Jogador do Vila Nova diz que houve ''acordo'' com o Náutico para empatar; alvirrubros negam

Denúncia foi feita pelo volante Adílson (na foto, o primeiro à esquerda)
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

A vitória do Náutico sobre o Vila Nova livrou o time do rebaixamento, mas não de uma polêmica indesejada. O volante Adílson, da equipe goiana, falou, após o jogo, que houve um acerto entre os jogadores dos dois times para haver um empate, que poderia garantir a permanência do Náutico e também ajudar o Vila Nova, que ainda luta contra a queda.

"Não gosto muito de comentar isso aí, mas foi um assunto combinado e infelizmente, eles fizeram trairagem conosco. Não era o resultado que esperávamos. Agora temos de pensar no São Caetano. Temos de deixar esse episódio para lá e só pensar na equipe paulista", afirmou Adílson em entrevista à Rádio 730.

O suposto acordo foi negado pelo técnico Roberto Fernandes e pelos três jogadores do Náutico que conversaram com a imprensa após a partida, Geílson, Walter e Wescley.

O treinador chegou a falar que, se alguém afirmar que ele fez acordo, iria processar. No entanto comentou que, no decorrer do jogo, ele não tem controle sobre o que os jogadores possam conversar entre si. Frisou também que armou o time para vencer e fez substituições para fortalecer o ataque.

O zagueiro Wescley foi curto e grosso: "Jamais, houve acerto nenhum, tanto que a gente fez 4 a 1." Geílson falou que não faria isso porque "seria uma falta de respeito do torcedor".

COMPORTAMENTO ESTRANHO

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Uma coisa é certa. O comportamento dos jogadores ficou estranho no segundo tempo, depois que o Náutico fez o gol da virada. O zagueiro Leandrão, do Vila Nova, chegou a partir para cima de Bruno Meneghel, autor do gol.

Pouco depois, Mimica iniciou uma confusão com Erick Flores (foto ao lado) e ambos foram expulsos. Logo depois, David deu uma entrada violenta em Jeff Silva, que fez a jogada do terceiro gol do Náutico, e foi expulso. Não satisfeito com a expulsão do adversário, Jeff Silva partiu para cima do apoiador da equipe goiana e, pela ponfusão, também foi mandado para o chuveiro.

Confusão também entre Erick Flores (9) e Mimica (à sua frente)

Ao todo, foram três expulsões do Vila Nova e duas do Náutico.

Com a declaração de Adílson, o Vila pode acabar se complicando no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), já que pode se configurar manipulação de resultado e o clube pode sofrer uma punição dura. Até mesmo o Estatuto do Torcedor configura a prática como crime, com pena de prisão para os responsáveis. Logicamente, isso precisaria de uma apuração maior. E não se pode descartar uma possibilidade — mesmo muito remota — de punição ao Náutico, se for comprovado acordo.

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